sábado, 30 de abril de 2011

A Beatificação

      Mais do mesmo. Mais ópio para o povo. Depois do casamento, eis que para este fim-de-semana temos a beatificação um indivíduo religioso morto.
      À cidade-estado do Vaticano estão a chegar milhares de pessoas para a beatificação do cadáver do anterior chefe religioso cristão e esperam-se cerca de 3 a 4 milhões de indivíduos.
      Para além dos crentes, o Vaticano espera 87 delegações oficiais de países, incluindo 16 chefes de Estado, como o da Itália, da Polónia e do Zimbabwe (Robert Mugabe). De Portugal vai o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, acompanhado pelo embaixador de Portugal junto do Vaticano. Também marcam presença, em representação da União Europeia, Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu; Jerzy Buzek, presidente do Parlamento Europeu, e o português Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia. Do mundo lusófono chegam ainda os vice-presidentes de Angola e do Brasil, respetivamente Fernando da Piedade Dias dos Santos e Michel Temer, para além do presidente do Parlamento de Timor-Leste, Fernando de Araújo.
      É óbvia a confusão, a mistura e a não separação da governação dos Estados com a governação dos crédulos. Porquê? Porque os governantes dos Estados anseiam conseguir governar de forma tão perfeita os seus povos como os chefes religiosos governam as mentes atrofiadas dos seus crentes.
      Foi ontem anunciado que um grupo composto por 70 pessoas de nacionalidade belga vão processar nos tribunais o Vaticano e a Igreja Belga, por terem sido abusadas sexualmente por padres. A queixa será formalizada dentro de duas semanas.
      O caso de abusos sexuais de membros da Igreja Católica belga foi conhecido no ano passado quando o bispo de Bruges, Roger Vangheluwe, foi forçado a resignar, após confessar ter abusado do seu jovem sobrinho durante 13 anos. Na sequência desta notícia, centenas de vítimas de abusos sexuais semelhantes vieram a público contar as histórias pessoais, que datam de há décadas.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O Outro Lado do Casamento

      Após dias e dias de bombardeamento opioso pelos meios de comunicação de massas, com os preparativos do casamento na Grã-Bretanha, eis que hoje, por fim, ejacula o ansiado ato de estupidificação massiva. 
      Ao ato compareceu ainda, sem convite algum, um grupo de corajosos e livres companheiros anarquistas com o propósito de se manifestarem contra a tal estupidificação e alertar o povo entorpecido para a existência da sua própria vida, autónoma e livre, sem dependências narcóticas como aquela a que assistiam. 
      O grupo foi, no entanto, detido, quando, na Praça Soho (Londres), se preparavam para a manifestação, após a interpelação, pela polícia, de um companheiro que cantava a célebre canção dos “Beatles” “Yellow Submarine” mas com a letra adaptada e refrão que dizia: “Vivemos todos num regime fascista…” 
      Pelas 12H45, já se encontravam detidos 43 companheiros, cujas detenções foram efetuadas fora do cordão de segurança que rodeava o recinto do ato. Para além destas detenções, já haviam sido efetuadas, pelo menos 21 rusgas “preventivas” às casas okupadas das cidades de Londres e Hove. 
      Ontem à noite a polícia deteve também o companheiro Charlie Veitch, bem conhecido da polícia, detenção que ocorreu sob a alegação de que estaria a organizar uma perturbação da cerimónia. A companheira de Veitch, Silkie Carlo, esclareceu que ele apenas planeava realizar alguns "comentários irónicos" através de um megafone. A polícia realizou em casa de ambos uma busca infrutífera. Carlo comentou que "isto torna-nos [a Grã-Bretanha] iguais à China". 
      Os detidos não foram acusados de nada e, após o vomitivo ato, foram libertados, impondo-lhes apenas uma condição: não voltarem durante o resto do dia de hoje à zona de Westminster. 
      O aparato policial mobilizado para o local incluía 5.000 agentes, dos quais um milhar constituía uma força de reação rápida. As agências noticiosas referem cerca de um milhão de pessoas a assistir à passagem dos noivos num percurso de dois quilómetros, entre ao Palácio de Buckingham e a Abadia de Westminster. 
      Assim, não foi possível concretizar qualquer tipo de ação com segurança em face do grande aparato policial presente que veio perturbar a necessária ordem que se pretendia estabelecer.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A Força do Povo

      As revoltas populares no mundo árabe contra os pesados e antigos governos despóticos não param, pois ao povo submisso um dia esgota-se-lhes a paciência e tomam a revolução nas suas mãos que, embora nuas de armas, têm um outro grande e maior poder: o poder da união; o poder do povo unido e determinado. É com essa poderosa arma de destruição maciça que destroem maciçamente governos e mudam a face dos países com ventos de liberdade, vencendo a força bruta dos poderes musculados com a polícia, os exércitos e a religião, apesar do povo simples só ter como arma a sua voz e vontade e, às vezes, uma pedra arrancada do chão.
      No Iémen, o presidente Ali Abdullah Saleh acaba de afirmar que deixará a presidência daquele país, presidência que ocupa há 32 anos, devido às manifestações populares que ocorrem há 4 (quatro) meses no país.
      Na Síria foi agora revogado o “estado de emergência” que vigorava no país há 48 anos. Atenção que o estado de emergência (ou estado de exceção ou estado de sítio) é um estado excecional decretado pelo governo de um país no qual as liberdades do povo ficam muito reduzidas, com legislação forte que suspende todas as garantias constitucionais dos indivíduos. O estado de emergência perdura por períodos de tempo necessariamente curtos, com vista à proteção do Estado contra alguma concreta agressão do mesmo. Na Síria parece que o Estado estava a ser agredido há 48 anos e que agora, com os protestos do povo na rua, deixou de estar. É o absurdo dos fascistas, pois seria agora que o estado de emergência deveria ser decretado, pois aqueles que o podem decretar estão em risco e estão nesse risco porque o decretaram durante 48 anos, tanto tempo durante o qual cercearam a liberdade daquele povo que tão pacientemente aguentou as bestas fascistas.
      As bestas morrem, lenta ou rapidamente, mas morrem!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ex-Militares Nazis em Documentário

      No próximo dia 2 de maio, será emitido um documentário no canal holandês NCRV, um dos principais canais da televisão pública holandesa, denominado “Os Soldados Negros” (Zwarte Soldaten).
      Neste documentário constam os testemunhos de ex-oficiais nazis holandeses que afirmam não ter qualquer arrependimento relativamente ao seu passado militar nazi.
      O documentário expõe seis testemunhos de seis ex-oficiais que desempenharam funções no segmento holandês das forças de segurança nazis, o NSB. Todos os declarantes têm idade avançada, tendo o mais novo 85 anos de idade, e quiseram deixar o seu depoimento para o futuro. Um dos entrevistados, entretanto já falecido, Klaas Overmars, confessou que «aqueles uniformes tinham um poder de atração enorme, irresistível» e, em relação a Adolf Hitler, o ex-oficial afirma que «logrou fazer uma boa limpeza [em relação aos judeus]» quando aborda a temática dos campos de concentração e a «solução final» idealizada pelo ditador nazi.
      Outro antigo militar nazi, Kris Sol, afirma: «Não sinto nenhum remorso, Hitler fez o correto para manter a pureza da raça».
      Perante as declarações recolhidas a reação do director do documentário, Joost Seelen, começou por referir que os ex-oficiais «não tinham nada a perder» ao prestarem declarações, pois «aperceberam-se que seria a última oportunidade para contar a versão deles e a sua opinião e afirma: «Surpreendeu-me o facto de terem falado de forma tão dura e direta, insensíveis perante o que estavam a explicar».
      A transmissão do documentário está inserida nas comemorações (a 4 de maio) que decorrerão na Holanda em memória das vítimas holandesas da Segunda Guerra Mundial.
      Abaixo podes ver um vídeo com breve extrato do documentário.
      Mais info em: http://www.zwartesoldaten.nl/

terça-feira, 26 de abril de 2011

Primeiro de Maio Terra Livre

      Logo às 20H00 na Praça do Bocage, na cidade portuguesa de Setúbal, decorrerá a assembleia geral de preparação do 1º de Maio de 2011, Manifestação Anticapitalista de Setúbal, iniciativa que o recém-formado coletivo Terra Livre daquela cidade está a preparar, tentando recuperar a tradição combativa e anti-autoritária do dia do trabalhador.

      Este recente coletivo anarquista pretende convocar uma manifestação de indivíduos, grupos, coletivos, espaços ou sindicatos apartidários, anti-autoritários, anti-políticos ou autónomos para o próximo domingo, 1º de Maio de 2011.
      Pretendem fazer desta data um marco de mobilização não controlada por nenhuma força partidária, por nenhuma central sindical, ou qualquer força de repressão e controlo do Estado.
      Desejam recuperar o caráter de mobilização geral de trabalhadores, desempregados, estudantes e de todos quantos anseiam por uma sociedade nova, livre de violência capitalista, jogos partidários e repressão estatal.
      E dizem assim:
      «2011: Estamos Inquietos!
      Há várias posições assumidas, mas dê lá por onde der, um facto é hoje inegável: da Tunísia à China, da Grécia a Portugal, os dias da paz social e apatia inquebrável ficaram para trás. Muitos sabiam que mais tarde ou mais cedo aconteceria, outros foram apanhados de surpresa. Alguns já tinham feito as suas jogadas, antecipando-se, mas muitos mais têm agido com a espontaneidade e criatividade que os tempos exigem.
      O que nos causa hoje em dia uma grande inquietação não é simplesmente o facto de vivermos sob o controlo de um poderoso Estado que nos oferece blindados e policias para resolver a nossa fome. Não é só o facto de termos de apertar tanto o cinto até que o tenhamos de pôr finalmente à volta do pescoço. Nem tão pouco a “crise” desta economia que nos obriga a todos a ser seus fiadores e que no fundo existe desde que o capitalismo é a nossa forma de regime económico. Não é só o facto dos direitos laborais serem sinónimos de uma escravatura com menos chicotes, ou da democracia ser a maior ditadura de que há memória.
      O que nos inquieta é saber que é de todos nós que se alimenta este vírus chamado capitalismo e, portanto, que é também de nós que depende a sua destruição.
      Estamos inquietos e é sem dúvida nenhuma o tempo de sair à rua. Sem líderes nem partidos, sem cúpulas nem dirigentes. Sabendo que assim que levantamos a voz e os braços surgem imediatamente alcateias de instituições, partidos e organizações a quererem controlar os nossos gritos.
      Sabemos também que independentemente da data, todos os dias são um bom dia para recuperarmos a dignidade que o estado e a ganância de alguns nos foram roubando a todos.
      Portanto, movermo-nos coletivamente a partir da base e de forma autónoma no primeiro dia de Maio é fruto do desejo de nos movermos assim todos os dias! E assim deixarmos para trás a corja de abutres e oportunistas que tentaram/ão anunciar-se como “salvadores da pátria”, tão interessados que estão em chupar o nosso sangue de uma forma mais “justa”, mais “democrática” ou mais “nacionalista”. (...)
      Queremos pôr esta proposta em discussão. Levem-na aos vossos grupos, coletivos, companheiros, camaradas ou amigos do café. Planeiem, conspirem, discutam e critiquem.»
      O 1º de Maio Anti-Capitalista de Setúbal começará nesse dia às 13H00 no Largo da Misericórdia dessa cidade.
      Mais info no sítio do Terra Livre de Setúbal, cuja ligação permanente está aqui a lado na coluna dos “Sítios a Visitar” e cujo endereço é o seguinte: http://www.terralivre.net

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A Última Revolução em Portugal

      A última revolução ocorrida em Portugal, foi a Revolução do 25 de Abril de 1974, também conhecida como a Revolução dos Cravos, sendo uma original e calma revolução levada a cabo por um grupo de militares que, num só dia, sem resistência de relevo, derrubaram 50 anos de ditadura, trazendo a liberdade para o povo português e para os povos dos países africanos e asiáticos que na altura eram colónias portuguesas. 
      O 25 de Abril é também chamado de Dia da Liberdade, por ter libertado o povo do peso do regime autoritário fascista. 
      A revolução tem início com a passagem de duas canções em duas emissoras de rádio, canções essas que constituíam o sinal para o início das operações. 
      Rapidamente os militares revoltosos obtiveram a adesão do povo que espontaneamente saiu à rua apoiando o golpe de estado e comemorando até a libertação, antes mesmo dela estar concluída, chegando mesmo a estorvar os militares que pontualmente tiveram que pedir à população entusiasta que se afastasse para os deixar concluir a revolução. 
      Apesar das várias versões para a origem dos cravos na revolução, certo é que, espontaneamente, surgiram cravos na população e nos militares, que os colocaram nos canos das espingardas e nas lapelas dos casacos, assim colorindo de vermelho a revolução sem sangue. 
      Vê o vídeo de reportagem televisiva da revolução em direto nas ruas de Lisboa. O cerco ao Quartel do Carmo.

     

      O vídeo abaixo tem a canção hino da Revolução, a Grândola Vila Morena, de Zeca Afonso.
   

      O vídeo abaixo tem o próprio Zeca Afonso cantando “A Morte Saiu à Rua”.
   

      O vídeo abaixo tem o próprio Zeca Afonso cantando “Os Vampiros”.
   

      No vídeo abaixo Zeca Afonso canta “Venham mais Cinco”.
 

      No vídeo abaixo visualizamos curtas entrevistas a Zeca Afonso, Maria de Medeiros, galegos diversos, Otelo Saraiva de Carvalho e, por fim, Vitorino que canta a canção do Zeca: “Traz Outro Amigo Também”, canção que esteve para ser a escolhida como sinal de arranque das tropas em vez da “Grândola”
 

domingo, 24 de abril de 2011

Otelo Saraiva de Carvalho

      Para o “capitão de Abril” Otelo Saraiva de Carvalho bastam 800 militares para derrubar um governo, mas, acredita que «um novo 25 de Abril» só deverá acontecer com a perda de direitos dos militares.

      Em entrevista, a propósito do livro recém-lançado “O dia inicial”, que conta a revolução do 25 de Abril «hora a hora», Otelo reconhece que, ao contrário da sociedade em geral, os militares não têm demonstrado grande indignação pelo estado do país.
      Justifica: «Os militares pertencem à classe burguesa, estão bem, estão bem instalados, têm o seu vencimento, vão para fora e ganham ajudas de custo, são voluntários e os que estão reformados ainda não viram a sua reforma diminuída». Mas, na perspetiva deste obreiro da “revolução dos cravos”, «a coisa começará a apertar, no dia em que os militares perderem os seus direitos» e «se isso acontecer, é possível que se criem as tais condições necessárias para que haja um novo 25 de Abril».
      Otelo Saraiva de Carvalho lembrou que o movimento dos capitães iniciou-se precisamente por «razões corporativistas», nomeadamente quando «os militares de carreira viram-se de repente ultrapassados nas suas promoções por antigos milicianos que, através de um decreto-lei de um governo desesperado por não ter mais capitães para mandar para a guerra colonial, permite a entrada desses antigos milicianos».
      Otelo lembra que, «quando tocam nos interesses da oficialidade, ela começa a reagir. Há 37 anos, essa reacção foi o movimento de capitães», que culminou no derrube de um regime com 48 anos.


sábado, 23 de abril de 2011

Gás Lacrimogéneo

      Foi também para lutar contra o alto custo de vida nas Honduras que a Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP), convocou um dia de Greve Cívica Nacional, sob o lema “Desculpe o incómodo, estamos lutando para construir a Nova Pátria”.

      A ocupação de estradas, ruas e universidades aconteceram em diversas regiões do país e em todos os pontos houve repressão.
      São tantas as bombas de gás lacrimogéneo lançadas sobre os manifestantes que se criou um pequeno comércio de artefatos que minimizam os efeitos dos gases. Um pano molhado com vinagre custa 50 lempiras (cerca de 2 Euros) e um par de óculos de natação custam 40 lempiras.
      A imprensa anda equipada com máscara anti-gás e capacete, já que os jornalistas também são agredidos durante as manifestações. Um operador de câmara do canal local “Cholusat” teve o nariz quebrado após ser atingido por uma bomba. Muriel Rodríguez, do canal Globo, levou tiros de bala de borracha no pé. “Por sorte não me machuquei muito, mas isso é uma falta de respeito, um atentado à livre expressão” desabafou o jornalista.
      A mesma sorte não teve a estudante Lisa Aguilar que foi atacada com bombas dentro do edifício do Colégio de Professores de Educação Média de Honduras. A estudante explica que a polícia perseguiu os manifestantes após os protestos, gaseificando o prédio onde eles se refugiaram. “Começaram a bombardear o edifício. Havia cerca de 200 pessoas e criou-se automaticamente uma câmara de gás lá dentro. Não tínhamos oxigénio suficiente para respirar. Quando deixaram de atirar as bombas, saímos ao pátio para respirar melhor. Nem sequer tinham saído umas 30 pessoas, começaram a bombardear de novo. Dessa vez, as bombas eram atiradas diretamente no corpo das pessoas. No meu caso, acertaram-me com duas bombas, uma na perna outra no braço. Ao inalar o conteúdo tive uma crise de asma e desmaiei. Quando acordei estava no hospital”, relatou Aguilar, que exibia duas marcas roxas onde foi atingida pelas bombas.
      Carlos Leyes, da ONG de direitos humanos “Comissão de Verdade”, denuncia que a polícia está usando as bombas em quantidades absurdas. “Só em uma ocasião, na mobilização de estudantes na Universidade Autónoma de Honduras, a força repressiva usou mais de 200 bombas de gás lacrimogéneo. Os danos de imediato e a longo prazo podem ser terríveis para as pessoas que receberam os gases, inclusive para a polícia e o exército”.


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Livro de Ficção

      A foto abaixo reproduz um anúncio em livraria no qual se anuncia o livro de ficção cristão: a Bíblia.

      Sem dúvida bem classificado.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Marijuana Manif

      Decorre já amanhã (dia 22 de abril), uma manifestação pela legalização da Cannabis e seus derivados, em frente ao parlamento português (Assembleia da República, em Lisboa).

      A iniciativa pretende a legalização quer para fins terapêuticos quer para fins recreativos, tecendo as considerações que a seguir se reproduzem:
      «1. Considerando que:
    Não existem riscos assinaláveis de saúde pública ou individual;
    As consequências nefastas a nível físico são mínimas, a nível neuro-fisiológico são, mesmo no longo prazo, negligenciáveis e a nível psicológico limitam-se, em casos extremos, a um défice motivacional reversível;
   O consumidor de cannabis não representa um perigo para a sociedade. Ao contrário do álcool, o consumo de cannabis induz a comportamentos pacíficos;
   A adição à cannabis existe estritamente a nível psicológico e é comparável e inferior, respectivamente, às dependências causadas pelo café e tabaco;
    A tolerância à substância desenvolve-se e extingue-se com relativa rapidez (2 a 4 dias);
      2. O proibicionismo é tão ineficaz quanto pernicioso:
   Em qualquer país onde a cannabis seja proibida, continua a ser possível adquiri-la sem dificuldades;
   As redes de narcotráfico enriquecem com a proibição;
   O consumidor fica exposto a riscos e outros tipos de drogas;
   As substâncias comercializadas na rua são, frequentemente, adulteradas sendo um risco para a Saúde Pública.
      3. Através da permissão do auto-cultivo:
    O Estado português estaria a assegurar a dose individual dos utilizadores de cannabis reduzindo os riscos e os lucros de actividades paralelas.
   Garantia, inclusive, alguma qualidade de vida a cidadão que padeçam de doenças terminais, dores crónicas, entre diversos tipos de patologias e sintomatologia, onde a cannabis já se mostrou eficaz.
      4. Se fosse legalizada e regulamentada a produção, venda, consumo e posse de cannabis:
   A produção seria controlada e de acordo com as normas de segurança em vigor, melhorando a qualidade e a segurança;
   Iria conseguir se uma efectiva separação dos mercados de drogas duras e leves não mais passando a mensagem que a cannabis está ao mesmo nível que as restantes drogas;
   Através de um imposto especial sobre o consumo (como acontece com o tabaco), os lucros do tráfico deixariam de ser reinvestidos em actividades criminosas e poderiam ser usados pelo Estado, por exemplo em saúde e educação (políticas de prevenção do consumo de drogas duras, recuperação de toxicodependentes, campanhas de informação ou outras actividades);
   Os recursos aplicados no combate ao consumo e tráfico de cannabis poderiam ser direccionados para o combate às drogas duras, nomeadamente às sintéticas.
      Por tudo isto, os cidadãos e cidadãs abaixo-assinados vêm por este meio requerer a legalização e regulamentação do auto-cultivo para consumo individual; e a venda, produção consumo e posse de drogas leves derivadas da cannabis, quer para efeitos terapêuticos, quer para efeitos recreativos nas seguintes condições:
    A venda de cannabis estará restrita a cidadãos maiores de 18 anos;
    Todos os consumidores, deverão estar identificados e portar um cartão identificativo para o acesso à venda.
   A venda de cannabis será sujeita a impostos semelhantes aos do tabaco e álcool.
   A cannabis será vendida apenas em locais devidamente regulamentados e fiscalizados, sendo os produtos aí comercializados sujeitos a controlo de qualidade;
   Deverá ser proibida a produção de cannabis com um teor de THC superior a 13%;
   A dose individual diária permitida para venda deverá ser de 5 gramas; salvo as exceções em que a conselho médico a dosagem deva ser superior.
   Para garantia de uma maior fiscalização e lucro para o Estado, sugerimos o mesmo como a entidade responsável pelo cultivo, produção e distribuição para os pontos de vendas através de organismos do estado.
      Neste momento estão a ser recolhidas assinaturas, a fim de as entregar na Assembleia da Republica, promovendo assim um debate público sobre a questão.»
      Mais info em: http://www.mgmporto.net ou na ligação permanente na coluna dos Sítios a Visitar sob a designação de “Cannabis MGM”.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Ciclo-Oficina

      Tens uma bicicleta em casa mas não está boa para andar? Gostavas de conhecer malta que gosta tanto de “biclas” como tu? Queres aprender a sujar as mãos e fazer as tuas próprias afinações e reparações?

      A “Cicloficina” é isto tudo e muito mais, um punhado de utilizadores de bicicletas no dia-a-dia que aparece uma vez por mês ou uma vez por semana, em diversas localidades de Portugal, para fazer coisas simples como mudar uma câmara de ar ou remendar um furo, encher os pneus, afinar os travões ou as mudanças, regular a altura do selim ou apertar umas porcas e parafusos.
      Vê todas as localidades, datas e horários na seguinte ligação:
      http://cicloficina.wordpress.com
      ou na ligação permanente “Ciclo-Oficina” na coluna dos “Sítios a Visitar”.
      Amanhã, dia 21 de abril, há a cicloficina mensal na CasaViva, no Porto.

terça-feira, 19 de abril de 2011

A Nova Espanha

      Num dia como o de hoje mas do ano de 1937 saía em França o primeiro número do jornal “L’Espagne Nouvelle”.

      Em subtítulo constava que o “boletim de informação saía todas as segundas-feiras”, tendo mudado este subtítulo em 17 de Setembro desse mesmo ano para “Órgão para a defesa dos militantes, das conquistas e dos princípios da Revolução Espanhola”, passando a quinzenário.
      Este jornal foi o sucessor do “L’Espagne Antifasciste”, uma primeira série de facto do “L’Espagne Nouvelle”.
      No início do ano seguinte (1938) este periódico funde-se com o “Le Semeur”, alternando com o “Terre Libre”.
      O último número sairia em forma de revista na edição de julho-setembro de 1939 com o título de "L'Espagne indomptée".

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Dia Contra as Fronteiras

      Nos próximos dias 16 a 23 de maio, em Varsóvia (Polónia), a ZSP, secção polaca da AIT, irá organizar eventos contra as fronteiras e a favor da solidariedade internacional.

      A ZSP-AIT pretende com este ato espalhar a ideia de que a existência de fronteiras e a lógica do nacionalismo nos mantém divididos. Como trabalhadores, muito é determinado por onde vivemos, ou de onde viemos. O sistema força-nos a competir, ao contrário de nos unirmos na nossa luta.
      Os eventos planeados incluem exibição de filmes, discussões, reuniões, palestras, assembleias de rua e uma manifestação na sede da Frontex; a agência de fronteira da União Europeia.
      A ZSP-AIT planeia organizar diversas discussões e painéis, incluindo os seguintes tópicos: Controlo de Migração e os Mercados de Trabalho na Europa, a Situação dos Trabalhadores Imigrantes na Polónia, Organização do Trabalho Imigrante e a Política de Imigração da UE e a Líbia.
      Os dias estão sendo organizados com o coletivo RAS (Ação de Solidariedade Radical).
      Mais info em: http://zsp.net.pl/

domingo, 17 de abril de 2011

Da Imortalidade da Ideia

      «Não se pode matar a Ideia a tiros de canhão, nem tão pouco é possível acorrentá-la».

      Louise Michel (1830-1905)
      Professora, poetisa, enfermeira e escritora.
      Reconheceu-se anarquista durante a Comuna de Paris, tendo sido a primeira a deflagrar a bandeira negra como símbolo anarquista e dos ideais libertários.


sábado, 16 de abril de 2011

Pizza Hut e a CNT

      A CNT continua a realizar concentrações de protesto em frente da “Pizza Hut”, todas as quartas-feiras em Cáceres e todos os sábados em Badajoz (cidades espanholas).

      Já são sete as concentrações semanais que a CNT realizou em frente da Pizza Hut de Cáceres e cinco em Badajoz.
      As concentrações decorrem entre as 20H30 e as 22H00, tornando-se praticamente impossível comer em paz na Pizza Hut pela força do protesto operário.
      O conflito começa a tomar uma dimensão mediática, já que Canal Estremadura Rádio entrevistou os trabalhadores que sofreram represálias pela empresa, difundindo-se também o protesto pela televisão regional.
      Entretanto, os sócios da empresa que explora os restaurantes da “Pizza Hut” na Estremadura espanhola, “Inversión y Restauración Estremadura, S.A.”, continuam a violar os direitos dos trabalhadores com as suas mentiras e as suas montagens, e mesmo depois de assinar o reconhecimento da Secção Sindical na empresa, pretendem agora impedir o exercício dos direitos sindicais que a “Lei Orgânica de Liberdade Sindical” claramente reconhece, argumentando que a CNT não se apresenta às eleições sindicais, o que mostra que ainda não sabem quem estão enfrentando. Milhares de Secções Sindicais da CNT por todo o território espanhol constituem um precedente incontestável.
      A solução para este conflito passa inevitavelmente pela readmissão dos três trabalhadores demitidos e pelo fim do assédio e da repressão sindical.
      A Secção Sindical da CNT na Pizza Hut pede a solidariedade de todos e o boicote a estes empresários sem escrúpulos.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Cineclube Terra Livre

      A Biblioteca Terra Livre anuncia uma segunda sessão do Cineclube Terra Livre, em parceria com o Centro Cineclubista de São Paulo.

      Conforme ocorrido na primeira sessão, realizada no passado mês de março de 2011, o Cineclube Terra Livre realizará uma sessão de cinema gratuita com temática anarquista seguida de debate.
      Esta nova sessão faz parte do ciclo de filmes intitulado “Películas Negras”: Produção Cinematográfica Anarquista.
      O objetivo central desta mostra é resgatar parte de história do cinema que foi escamoteada por muitos anos. Apresentando e retomando a discussão da produção cinematográfica anarquista, abordando os companheiros anarquistas que se aventuraram a produzir filmes em diferentes países e em diversos períodos históricos, traçando um panorama dessa produção, trazendo o anarquismo não somente como tema dos filmes, mas como ideia que orientou a organização e realização dos filmes, pensando na propaganda e se valendo da autogestão como meio de produção.
      Pretende-se ainda criar um espaço permanente de reflexão e discussão sobre a estética anarquista e como os anarquistas utilizaram a linguagem do cinema para se expressar.
      Esta segunda sessão ocorrerá no próximo dia 17 de abril, com as seguintes duas películas, ambas de Jean Vigo:
      ZERO EM CONDUTA (Zéro de conduite: Jeunes diables au collège)
      França, 1933, 35mm, preto e branco, 41min
      A PROPÓSITO DE NICE (À propos de Nice)
      França, 1930, 35mm, preto e branco, 22min
      A sessão terá início as 18h no Centro Cineclubista de São Paulo, sito na Rua Augusta, 1239, sala 13, em São Paulo, Próximo ao Metro Consolação.
      A Entrada é gratuita.
      Mais info no sítio da Biblioteca Terra Livre: http://bibliotecaterralivre.wordpress.com, também com ligação permanente na coluna dos “Sítios a Visitar” sob a designação de “Terra Livre - Biblioteca”.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Feira do Livro em Houston

      A 1ª Feira do Livro Anarquista de Houston (EUA) tem como objetivo trazer a literatura radical e alternativa, educação e cultura com foco na resistência e na construção de comunidades.

      Este evento foi criado como um veículo para organizar comunidades, criando redes de comunicação no sul dos Estados Unidos.
      A feira do livro terá uma variedade de distribuidoras, infoshops, livros novos e usados, em combinação com workshops, troca de habilidades, palestras e debates, facilitando o diálogo aberto. Por isso, esperam os organizadores criar um espaço de solidariedade com a comunidade anarquista, e instigar a criação de redes regionais, nacionais e internacionais.
      Comparecerão neste evento uma grande variedade de organizações que, juntas, construirão uma comunidade radical no sul do país. Já confirmaram presença com as suas bancas: Betch HTX/ATX (Beautiful Educated ThunderCunts From Hell), Broken Brick Distro from San Antonio, Monkey Wrench Books from Austin, Tumbleweed infoshop from Austin, ATX Mental Health, Sedition Books from Houston, Critical Resistance Houston, SDS Houston, Houston Earth First/Rising Tide, Little Black Cart, AK Press, PM Press, Ambient Transient, Iron Rail Infoshop, Long Haul Infoshop, Slingshot Collective e Arissa Media Collective.
      A Feira do Livro Anarquista de Houston será realizada de 22 a 24 abril de 2011 próximos.
      Mais info na seguinte ligação: http://houstonanarchistbookfair.wordpress.com/, também com ligação permanente na coluna dos Sítios a Visitar, com a designação de “Feira Livro Houston”.


quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Fim do Espaço Impróprio

      Após 8 anos de existência, chega ao fim do Espaço Impróprio; espaço (anti)cultural, autogestionário e anti-hierárquico que começou em junho de 2003 e está localizado no centro de São Paulo (Brasil).

      Durante estes anos, este espaço proporcionou diversos eventos com espetáculos, palestras, debates, oficinas, vídeos, uma biblioteca, estúdio, cozinha vegan e um bar.
      Nos próximos dias 22, 23 e 24 de abril de 2011, decorrerão as atividades de encerramento do Espaço Impróprio, com uma grande festa. Neste último evento juntam-se debates, palestras, espetáculos, oficinas, exposições e performances de grupos independentes, que serão apresentados no próprio espaço, mas desta vez ocupando todos os 3 pisos da casa.
      Serão 3 dias de atividades, das 10 horas da manhã até à meia-noite (hora local), totalizando 42 horas de programação. Durante todo evento serão servidas refeições veganas (sem nenhum produto de origem animal).
      «Foram oito anos de existência. Oito anos tentando, trocando de pessoas, reformando e construindo. Foram anos de muito trabalho, anos de muitas alegrias, tristezas, angústias, tensões, conversas e longas reuniões. Muitas vezes estávamos aqui com o coração batendo a mil por hora, correndo de um lado para o outro, arrumando o som, fazendo comida, trocando ideia, conhecendo as pessoas, nos apaixonando. Muitas coisas boas apareceram por aqui, conhecemos pessoas do mundo todo, gente que com certeza nunca conheceríamos. Aprendemos, ensinamos e trocamos experiências. E sabemos que todos que um dia passaram por aqui sentiram algo desse tipo, ou pelo menos parecido com todos esses sentimentos intensos.
      Mas durante todos esses anos algo muito maior nos aprisionou. Uma cultura que nos engole. O capitalismo que nos cerca por todos os lados. Um estilo de vida que não se sustenta. Falta de estrutura, dívidas, discussões, falta de tempo, desânimo e o que pra gente é a nossa maior contradição: a dura necessidade de fazer o que você não quer para continuar de pé. Anos e anos tentando sobreviver e a impressão que restou é de um futuro condenado a ser a repetição do passado. Há muito tempo estamos sendo sustentados pelo nosso próprio eixo, pelo puro fluxo e rotação dos acontecimentos. Não há um ponto central porque não há questão de vontade, mas apenas obediência de fluxo.»
      O Espaço Impróprio está na Rua Dona Antónia de Queiroz, nº. 40, em Consolação; São Paulo/SP e no sítio da Internet: http://espacoimproprio.wordpress.com, também com ligação permanente aqui ao lado na coluna dos “Sítios a Visitar”.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Concentrações na Galiza

      É já para amanhã, dia 13 de abril, que estão convocadas duas concentrações contra a aprovação da reacionária lei de família pelo parlamento galego.

      As mobilizações serão nas cidades de Vigo (convocada pela Plataforma de Organizaçons Feministas) e em Compostela (convocada pela Rede Feminista Galega). A primeira será às 20 horas em frente do MARCO e a segunda, às 20:30 horas na praça do Toural (hora local da Galiza, Espanha).
      A contestada Lei da Família, sinteticamente, pressupõe mais um ataque patriarcal à independência das mulheres e às suas condições de vida. Esta lei contém dois grandes blocos temáticos, disfarçados de “medidas de apoio à família” e outro dedicado à infância e adolescência.
      A dita lei aporta uma visão de família como uma unidade homogénea dividida em duas partes: progenitores e descendência, contendo toda uma panóplia de declarações ideológicas como quando afirma que na Galiza existe um "apreço arraigado às suas tradiçons e valores familiares mas que estamos assistindo a umha crise do modelo tradicional de família".
      Está claro que o modelo ao qual faz referência esta lei como desejável é o modelo tradicional, ou seja, a família nuclear heterossexual, com ampla descendência e apegada aos valores tradicionais que a própria lei define como positivos. Estes valores tradicionais aos que faz referência são, ainda que não o explicitem, a autoridade do homem, o pater famílias, sobre a mulher e as crianças sob o princípio da obediência, e os papéis de género tradicionalmente apreendidos para mulheres e homens; pois são os únicos valores tradicionais que existem de forma maioritária na nossa sociedade nos dias de hoje.
      Em toda a lei nega-se a denominação de família a qualquer outro modelo de convivência que não seja a heterossexual, empregando constantemente a dicotomia entre a instituição familiar e o que denominam eufemísticamente como "grupos de convivência" ou "núcleos de convivência".
      Se quiseres saber mais sobre este assunto vai à “Rede Feminista Galega” que fica no sítio que a seguir se indica: http://redefeministagalega.blogaliza.org e/ou também na ligação permanente na coluna dos “Sítios a Visitar” com a designação de “Feminismos Gz”.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

      Foi aos gritos de "Nenhum racista na rua; nenhum fascista na rua." e "São racistas, são fascistas, são sexistas; fora de nossa cidade!", entre outros, que cerca de duas mil pessoas se reunirão este sábado passado (dia 9), na cidade francesa de Lyon, em protesto contra a extrema-direita, o fascismo e o recrudescimento da ideologia e violência nazi. 
      Partindo da Praça Bellecour, por volta das 14h30, e percorrendo várias ruas do centro de Lyon, os manifestantes marcharam sob um sol forte com um carro de som, faixas, bandeiras, cartazes e gritando palavras de ordem. Um forte contingente policial acompanhou a marcha. Não houve prisões nem incidentes.
      Lyon é uma das cidades francesas onde a ascensão de grupos neonazis é mais visível. Nos últimos dois anos tem havido um aumento nas agressões e atos nazis na cidade. 
      Os neonazis da organização “Blood & Honour” abriram no município um local, através do grupo “Bunker Korps Lyon” e a associação “Lyon Dissidente”, onde organizam eventos e espetáculos regularmente com total impunidade. 
      Nos últimos dois anos os neonazi perpetraram dezenas de agressões na cidade, algumas com gravidade. A última violência ocorreu na quarta-feira passada (6 de abril), neste caso, três nazis atacaram com bastões de madeira, pistolas de balas de borracha e gás lacrimogéneo vários ativistas que estavam distribuindo panfletos em um instituto escolar para a manifestação deste sábado. 
      A presença fascista na cidade conta, de alguma forma, com a cumplicidade das autoridades e dos meios de comunicação da cidade, que se esforçam em retratar o problema simplesmente como uma questão de gangues. Para além disso, os grupos neonazi aproveitam-se da atual crise e aumento das ideias e partidos de extrema-direita para agir. 
      Uma pesquisa recente de opinião surpreendeu a França ao indicar que a líder da extrema-direita Marine Le Pen, filha do anterior líder da Frente Nacionalista, Jean-Marie Le Pen, apareceu na frente de todos os demais candidatos para as eleições previstas para o ano que vem. Marine, de 42 anos, lidera a Frente Nacional desde janeiro e aparece como sucessora de seu pai. 
      Mais info em: http://www.voraces.net/ 
      Vê o vídeo da manifestação.



domingo, 10 de abril de 2011

A Mudança

      «Às vezes cuido em mim se a novidade e a estranheza das cousas, coa mudança, poderia mudar ua vontade.»

      Luís Vaz de Camões
      Poeta português do século XVI
      Nascido provavelmente no ano de 1524 e falecido a 10-06-1580.
      Para aqueles que não conseguem mesmo perceber o português arcaico, aqui fica uma atualização interpretativa: “Às vezes penso para mim se a novidade e o desconhecimento das coisas, como a mudança, poderia mudar uma vontade.”


sábado, 9 de abril de 2011

Repressão na Itália

      Na passada quarta-feira, 6 de abril, o Ministério Público de Bolonha (Itália) mandou invadir 60 casas em diferentes cidades italianas.

      26 companheiros foram investigados, 5 deles detidos e agora estão na prisão de Bolonha, enquanto outros 7 receberam medidas cautelares. Os detidos são: Martino Trevisan, Robert Ferro, Nicusor Roman, Stefania Carolei e Pistolesi Anna Maria.
      A acusação é a de sempre: "associação para delinquir com finalidades subversivas”, ou seja, associação ilícita.
      A direção dos presos é:
      Casa Circondariale
      Via del Gomito 2
      40127 Bologna – Itália


sexta-feira, 8 de abril de 2011

Semente de Fogo # 1

      Está disponível o nº. 1 do boletim “Semente de Fogo”, com referência a março/abril deste ano.

      Este boletim é mais um órgão de divulgação do Sindivários SP (FOSP/COB-ACAT/AIT).
      Este primeiro número aborda os seguintes assuntos:
      – Análise da conjuntura,
      – Mais um golpe na classe operária,
      – 239 operários do setor elétrico morrem,
      – Alerta anti-fascista,
      – Perseguição AIT-IWA continua e
      – IV Congresso operário brasileiro.
      Mais info em:
      http://fosp.anarkio.net/pdf/asf_01.pdf
      Ou na ligação permanente da coluna dos “Sítios a Visitar”, sob a designação de “FOSP – Fed. Operária SP”.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Os Neonazis em Itália

      No passado dia 23 de março, em Palermo (Itália) estava prevista a realização de um ato nazi na biblioteca central La Mondadori, daquela cidade. O ato consistia na apresentação de um livro sobre “Casapound” (uma estrutura italiana que agrupa os centros sociais fascistas italianos).
      Depois de uma semana de informações e de boicote à biblioteca, os antifascistas locais organizaram uma manifestação com o intuito de impedir o ato. As centenas de fascistas que participaram do evento tiveram que ser protegidos pela polícia. Houve incidentes entre os antifascistas e a polícia, não há relatos de detenções, havendo notícia de 4 neonazis que tiveram que receber tratamento hospitalar.
      Já no dia 30 de março, na cidade de Parma (Itália) foi realizada uma outra ação espontânea para pedir o fim dos mesmos centros sociais fascistas. Os residentes do bairro de Montanara, onde se encontra um desses centros nazis, tomaram novamente as ruas para mostrar sua oposição à presença nazi na área.
      Cerca de 50 neonazis tentaram atacar a concentração antifascista, mas não houve ferimentos graves.
      Há notícia ainda de que também na semana passada, na Sicília, um centro fascista foi atacado por antifascistas.
      Vê o vídeo abaixo que mostra a ação de Palermo, com o ataque direto inicial dos antifascistas com a polícia e depois a carga destes contra os manifestantes.