quarta-feira, 31 de agosto de 2011

I.F.A.

      Num dia como o de hoje (31 de agosto) do ano de 1968, em Carrara tinha início o congresso constitutivo da Internacional das Federações Anarquistas (IFA).
      Carrara é uma comuna italiana da região da Toscana, província de Massa-Carrara, com cerca de 65 mil habitantes.
      Este congresso correu num clima muito especial (após maio de 1968), por um lado estavam os velhos militantes garantes do ideal libertário e por outro os jovens de maio de 68, como Daniel Cohn-Bendit.
      O congresso terminaria a 5 de setembro depois de estabelecer as bases de uma organização internacional.
      O segundo congresso realizar-se-ia em Paris, em 1971, voltando em 1978 a Carrara.
      A I.F.A. declarava:
      «A negação da autoridade e de todo o tipo de poder é o princípio essencial e o signo distintivo do anarquismo e do movimento anarquista. Os outros princípios libertários resultam daquela negação da autoridade e do poder.»
      E ainda:
      «A I.F.A. proclama, para todos os anarquistas, a liberdade de escolher todos os meios de ação que não estejam em contradição com os princípios libertários e os objetivos perseguidos pelo movimento. Quer seja individualmente, minoritariamente ou em massa, violenta ou pacificamente, de forma reivindicativa ou revolucionária, legal ou clandestina; a ação anarquista deve refletir o alto valor moral dos princípios fundamentais do anarquismo.»
      Mais info em: http://i-f-a.org/

terça-feira, 30 de agosto de 2011

F.A.R.J.

      Num dia assim como o de hoje mas do ano de 2003, no Rio de Janeiro (Brasil), era criada a Federação Anarquista do Rio de Janeiro (FARJ), como concretização das lutas levadas a cabo durante dezenas de anos no Rio.
      O objetivo era o de fazer renascer o movimento social anarquista que existiu nos anos 30 do século XX no Brasil.
      No seu “Manifesto Fundacional”, a FARJ afirma que faz parte da sua vontade a criação de uma organização de luta anarquista e na sua “Carta de Princípios” define as linhas da sua ação futura, como sendo a liberdade, a ética e valores, o federalismo, o internacionalismo, a autogestão, a ação direta, a luta de classes, o combate político, a participação nas lutas sociais e a solidariedade.
      Mais info em: http://www.farj.org/

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Edward Carpenter

      Num dia como o de hoje (29 de agosto) do ano de 1844 nascia Edward Carpenter, poeta inglês, socialista libertário, antologista e um dos primeiros ativistas políticos homossexuais.
      Foi figura destacada no Reino Unido nos finais do século XIX. Poeta e escritor, foi amigo de Walt Whitman e Rabindranath Tagore, tendo-se correspondido com muitas personalidades famosas como Annie Besant, Isadora Duncan, Havelock Ellis, Roger Fry, Mahatma Gandhi, James Keir Hardie, J K Kinney, Jack London, George Merrill, Edmund Dene Morel, William Morris, Edward R. Pease, John Ruskin e Olive Schreiner.
      Como filósofo foi especialmente conhecido pela publicação de “Civilisation, its Cause and Cure” (Civilização, a sua Causa e Cura), em que defende que a civilização é uma forma de doença que as sociedades humanas atravessam. As civilizações, segundo Carpenter, raramente sobrevivem mais do que mil anos, antes de se desmoronarem, e nenhuma sociedade conseguiu ultrapassar com sucesso uma civilização. A "cura" é uma aproximação mais forte à terra e um maior desenvolvimento da nossa natureza interna.
      Embora Carpenter se tenha inspirado na sua experiência com o misticismo hindu, e se refira a um "socialismo mítico", o seu pensamento está alinhado com o de diversos escritores nos campos da psicologia e sociologia do princípio do século XX, como Boris Sidis, Sigmund Freud e Wilfred Trotter, que reconheciam que a sociedade coloca cada vez mais pressão nos indíviduos o que resulta em doenças mentais e físicas como neurose e neurastenia.
      Convicto defensor da liberdade sexual, Carpenter vivia numa comunidade homossexual perto de Sheffield e teve profunda influência sobre D. H. Lawrence e E. M. Forster.
      Progressivamente atraído por uma vida mais próxima da natureza. Carpenter foi viver para uma quinta em Bradway com o agricultor Albert Fearnehough e a sua família. Foi nessa altura que Carpenter começou a conceber as suas ideias políticas socialistas. Influenciado por John Ruskin, imaginou um futuro de comunismo primitivo, rejeitando rotundamente a revolução industrial da era vitoriana. Na sua comunidade utópica haveria "a ajuda mútua e a combinação de vontades tornar-se-ão espontâneas e instintivas".
      Carpenter escreveu, numa espécie de cabana de madeira da sua horta, os poemas que constituiriam o seu livro de poesia, “Towards Democracy” (A Caminho da Democracia), que foi fortemente influenciado pela espiritualidade oriental e pela leitura aprofundada dos poemas de Withman.
      Os últimos vinte anos da vida de Carpenter foram preenchidos por um radicalismo político constante, marcado pelo seu envolvimento persistente em temas progressistas, incluindo a proteção ambiental, os direitos dos animais, a liberdade sexual, movimento feminista e o vegetarianismo. Escreveu sobre o horror do sistema capitalista, contra a aristocracia rural e sobre a sua visão do socialismo – uma nova era da democracia, camaradagem, cooperação e liberdade sexual.
      Apoiou Fred Charles, do grupo de Anarquistas de Walsall, em 1892. No ano seguinte tornou-se membro fundador do “Independent Labour Party” (Partido Trabalhista Independente) em conjunto com, entre outros, George Bernard Shaw.
      Um verdadeiro radical da sua época, muito daquilo em que Carpenter acreditava foi rejeitado e mesmo ridicularizado pela Esquerda. Prosseguiu o seu trabalho no início do século XX, produzindo textos sobre a "Homogenic question" (questão homogénica). A publicação em 1902 da sua inovadora antologia de poesia, “Ioläus: An Anthology of Friendship” (Iolaus: uma Antologia da Amizade), foi um enorme sucesso subterrâneo, promovendo o avanço do conhecimento sobre a cultura homoerótica. Em Abril de 1914, Carpenter e o seu amigo Laurence Houseman fundaram a “British Society for the Study of Sex Psychology” (Sociedade Britânica para o Estudo da Psicologia Sexual). De entre os tópicos apresentados em conferências e publicações da Sociedade, destacam-se: a promoção do estudo científico do sexo; a promoção de uma atitude mais racional para com o estudo da conduta sexual e dos problemas e questões relacionados com a psicologia sexual, de um ponto de vista médico, jurídico e sociológico, com o controlo de natalidade, com o aborto, esterilização e doenças venéreas, e com todos os aspectos da prostituição.
      A curiosidade de Carpenter não se limitava ao que os seus detratores chamavam temas políticos menores, mas incluía importantes questões internacionais da época. O seu pacifismo de esquerda tornou-o num dos oponentes ruidosos da Segunda Guerra dos Bôeres e depois da Primeira Guerra Mundial. Em 1919, publicou “The Healing of Nations and the Hidden Sources of Their Strife” (A Cura das Nações e as Fontes Secretas dos seus Conflitos), onde argumentava apaixonadamente que a fonte da guerra e do descontentamento nas sociedades ocidentais era a existência de classes e a desigualdade social. Chamou a esta injustiça social "doença de classe", onde cada classe apenas atua no seu próprio interesse. Para Carpenter, uma reestruturação social e económica radical era indispensável para acabar com a fragmentação social. Nos seus anos finais comentou que:
      «Apenas posso antever uma saída para o lodaçal em que estamos atolados. O atual sistema comercial terá que desaparecer, e deveremos regressar aos sistemas mais simples de cooperação de épocas passadas. Estou convencido que teremos que regressar a essa condição, ou a outra similar, se queremos que a nossa sociedade sobreviva. Afirmo isto após uma longa e detalhada observação da vida nas suas diferentes fases. Foi isto que os mineiros, de forma subconsciente, já perceberam, pois retiveram nas suas mentes muito da primitiva mentalidade das eras pré-civilizacionais."
      Mais info em: http://www.edwardcarpenter.net/

domingo, 28 de agosto de 2011

"I Have a Dream"

      Num dia como o de hoje (28 de agosto) mas de 1963 (há 48 anos), terminava em Washington (EUA) a grande marcha pela igualdade dos direitos cívicos, com cerca de 200 mil pessoas, onde Martin Luther King profere o seu famoso discurso intitulado: “I Have a Dream” (Eu tenho um sonho).
      «A liberdade nunca é voluntariamente cedida pelo opressor; deve ser exigida pelo oprimido.»
      Martin Luther King (1929-1968)

sábado, 27 de agosto de 2011

A Caveira

      Num dia como o de hoje mas do ano de 1885, saía na Suiça o primeiro número do jornal "La Tête de Mort" (A Caveira), com o subtítulo de “Journal communiste, anarchiste et révolutionnaire”.
      Este primeiro número é também o único conhecido desta publicação que clamava pela violência e pela luta armada.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

F.O.R.A.

      Num dia como o de hoje (26 de agosto) do ano de 1905, em Buenos Aires (Argentina) ocorria o quinto congresso da F.O.R.A. (Federación Obrera Regional Argentina), num difícil clima de repressão governamental e policial contra a classe trabalhadora, com a declaração de estado de sítio, prisões, greves e manifestações duramente reprimidas.
      Este congresso aprovou e recomendou a todos os participantes que divulgassem os seus conhecimentos adquiridos, dos princípios económicos e filosóficos do comunismo anarquistas, e os ensinassem aos trabalhadores.
      A F.O.R.A. nasce cerca de 4 anos antes com a designação inicial de F.O.A. (Federación Obrera Argentina) com a participação de 50 delegados trabalhadores, socialistas e anarquistas, representando cerca de trinta associações de trabalhadores da capital argentina e do interior do país. No entanto, no congresso do ano seguinte as divergências de pontos de vista entre socialistas e anarquistas revelaram-se inconciliáveis separando-se, vindo então a corrente anarquista a constituir a F.O.R.A. no seu quinto congresso de 1905, num dia como o de hoje, mantendo a sua visão comunista-anarquista.
      A F.O.R.A. chegou a ter 250 mil membros. Em 1909 dá-se uma nova cisão de acordo com as duas distintas visões nascidas, passando a existir a FORA do 9º congresso (reformista) e a FORA do 5º Congresso (fiel ao ideal libertário).
      Abaixo podes ver uma imagem do 5º congresso e um carimbo da Federação.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

F. Nietzsche

      Num dia como o de hoje (25 de agosto) do ano de 1900, isto é, há 111 anos, morria Friedrich Nietzsche, um dos maiores e controversos filósofos do século XIX.
      Crítico da cultura ocidental, das suas religiões e, consequentemente, da moral judaico-cristã, Nietzsche é, juntamente com Marx e Freud, um dos autores mais controversos na história da filosofia moderna.
      Nietzsche considera o Cristianismo e o Budismo como "as duas religiões da decadência", embora afirme haver uma grande diferença nessas duas concepções. O budismo para Nietzsche "é cem vezes mais realista que o cristianismo".
      Até cerca de onze anos antes da sua morte, Nietzsche não cessa de escrever a um ritmo sempre crescente, terminando de forma abrupta em Janeiro de 1889 com uma “crise de loucura” com a qual passou, inicialmente, a considerar-se, alternativamente, figuras míticas: Dionísio e Cristo, expressando-se em bizarras cartas, afundando-se depois num silêncio quase total até à sua morte.
      Após a sua morte, a sua irmã Elizabeth falseou alguns escritos com o propósito de apoiar a causa anti-semita e o nacional socialismo (Nazismo) de Hitler, aproveitando-se este de alguns aspetos e interpretações para a sua ideologia e propaganda nazi, colagem esta que fez com que o cidadão comum viesse a considerar Nietzsche como mais um nazi, rejeitando os seus escritos sem sequer os ponderar. A irmã veio a ser bem tratada pelo regime fascista, morrendo confortavelmente.
      Friedrich Nietzsche quis ser o grande "desmascarador" de todos os preconceitos e ilusões do género humano, aquele que ousa olhar, sem temor, aquilo que se esconde por trás de valores universalmente aceites; por trás das grandes e pequenas verdades melhor assentadas, por trás dos ideais que serviram de base para a civilização e nortearam o rumo dos acontecimentos históricos, designadamente, a moral tradicional, a religião e a política não são para ele nada mais que máscaras que escondem uma realidade inquietante e ameaçadora, cuja visão é difícil de suportar.
      Nietzsche golpeou violentamente essa moral que impede a revolta dos indivíduos inferiores, das classes subalternas e escravas contra a classe superior e aristocrática que, por um lado, pelo influxo dessa mesma moral, sofre de má consciência e cria a ilusão de que mandar é por si mesmo uma forma de obediência. Essa traição ao "mundo da vida" é a moral que reduz a uma ilusão a realidade humana e tende asceticamente a uma fictícia racionalidade pura.
      Com efeito, Nietzsche procurou arrancar e rasgar as mais idolatradas máscaras.
      A vida só se pode conservar e manter-se através de imbricações incessantes entre os seres vivos, através da luta entre vencidos que gostariam de sair vencedores e vencedores que podem a cada instante ser vencidos e por vezes já se consideram como tais. Neste sentido a vida é vontade de poder ou de domínio ou de potência, vontade essa que não conhece pausas, e por isso está sempre criando novas máscaras para se esconder do apelo constante e sempre renovado da vida; pois, para Nietzsche, a vida é tudo e tudo se esvai diante da vida humana. Porém as máscaras, segundo ele, tornam a vida mais suportável, ao mesmo tempo em que a deformam, mortificando-a à base de cicuta e, finalmente, ameaçam destruí-la.
      Não existe via média, segundo Nietzsche, entre aceitação da vida e renúncia. Para salvá-la, é mister arrancar-lhe as máscaras e reconhecê-la tal como é: não para sofrê-la ou aceitá-la com resignação, mas para restituir-lhe o seu ritmo exaltante, o seu merismático júbilo.

      Na sua obra “O Anticristo” afirmava:
      «O cristianismo tomou o partido de tudo o que é fraco, baixo, incapaz, e transformou em um ideal a oposição aos instintos de conservação da vida saudável; e até corrompeu a faculdade daquelas naturezas intelectualmente poderosas, ensinando que os valores superiores do intelecto não passam de pecados, desvios 'tentações'. O mais lamentável exemplo: a concepção de Pascal, que julgava estar a sua razão corrompida pelo pecado original; estava corrompida sim, mas apenas pelo seu cristianismo!»

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Francisco Quintal

      Num dia como o de hoje (24 de agosto) mas do ano de 1898 (há113 anos), nascia no Funchal (ilha da Madeira, Portugal) Francisco Quintal.
      Quintal foi um importante militante e propagandista anarquista e anarco-sindicalista português.
      Filho de uma família burguesa, faz os seus estudos na escola náutica de Lisboa e descobre o anarquismo aos 15 anos, com os escritos de Jean Grave, começando a frequentar as “Juventudes Sindicalistas”.
      A partir de 1921 começa a colaborar com alguns grupos anarquistas, como “Novos Horizontes” ou “Grupo Anarquista Claridade”, vindo a representar a União Anarquista Portuguesa (UAP) no Congresso Anarquista de Alenquer em 18 de março de 1923.
      A U.A.P. lança em 1925 o seu órgão de imprensa, o jornal “O Anarquista”, que Francisco passa a coordenar.
      Em julho de 1927 é de novo delegado da U.A.P. ao congresso de Valencia (Espanha) onde se decide a criação da Federação Anarquista Ibérica.
      A polícia fascista acaba por o considerar o chefe dos anarquistas portugueses e prende-o e deporta-o para Angola, na altura uma colónia portuguesa, até 1929, regressando a Portugal onde milita clandestinamente na F.A.R.P. (Federação Anarquista da Região Portuguesa) e colabora ativamente com as publicações anarquistas da época, como: “O Argonauta”, “A Batalha”, “A Comuna” e outras e dedica-se ainda à tradução, de forma clandestina, de inúmeras obras anarquistas como "Les Syndicats et la Révolution Sociale" de Pierre Besnard.
      Durante os anos da ditadura mantém, juntamente com a militante Miquelina Sardinha, sua companheira, uma atividade política possível, mantendo a sua atividade de capitão da marinha mercante, que lhe proporcionou novos contactos com muitos companheiros de diversos países.
      Com a queda da ditadura (25 de Abril de 1974), funda em Almada, com outros anarquistas, como Adriano Botelho, o Centro de Cultura Libertária e edita o jornal “Voz Anarquista”.
      Veio a falecer de um enfarte, em Lisboa, a 4 de fevereiro de 1987.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Sacco e Vanzetti

      Num dia como o de hoje (23 de agosto) do ano de 1927, Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti, anarquistas italo-americanos, são executados, pouco depois da meia-noite, na cadeira elétrica da prisão de Charleston (estado de Massachusetts, EUA).
      Abaixo está o título do jornal da I.W.W., publicado 10 dias antes, no qual se anunciava a execução. A novidade desta execução reside no facto de que pela primeira vez este ato (pena de morte) gerou uma grande mobilização de reprovação internacional sem precedentes, até com inúmeros atos de cólera e violência contra o governo americano que, no entanto, não impediu a execução.
      Em 1977, 50 anos após a execução, o estado de Massachusetts considerou que a pena de morte pela acusação de homicídio não devia ter sido aplicada, reabilitando os nomes dos executados.
      Abaixo está ainda a reprodução de um selo de correio da Micronésia em homenagem a Sacco e a Vanzetti.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Cartier-Bresson

      Num dia como o de hoje mas do ano de 1908 (há 103 anos), nascia em França Henri Cartier-Bresson, um dos maiores fotógrafos do século XX e também um grande anarquista que não cessava de referir a grande admiração que nutria por Bakunine.
      Para além de fotógrafo iniciou-se no cinema, tendo sido assistente do realizador Jean Renoir, tendo vindo a realizar um documentário, durante a Revolução Espanhola (em 1937) sobre os hospitais republicanos que intitulou “Victoire de la Vie” (Vitória da Vida).
      Quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, Bresson serviu o exército francês e durante a invasão alemã, Bresson foi capturado e levado para um campo de prisioneiros de guerra. Tentou por duas vezes escapar e somente na terceira obteve sucesso. Juntou-se à Resistência Francesa em sua guerrilha pela liberdade. Quando se restabeleceu a paz, Cartier-Bresson, em 1947, fundou a famosa agência fotográfica “Magnum” juntamente com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour "Chim".
      Revistas como a Life, Vogue e Harper's Bazaar contrataram-no para viajar pelo Mundo e registrar imagens únicas. Da Europa aos Estados Unidos da América, da Índia à China, Bresson dava sempre o seu ponto de vista especialíssimo. Tornou-se também o primeiro fotógrafo da Europa Ocidental a registar a vida na União Soviética de maneira livre. Fotografou os últimos dias de Gandhi e os eunucos imperiais chineses, logo após a Revolução Cultural.
      Em 1974, abandona as reportagens fotográficas e dedica-se ao desenho.
      No primeiro de maio de 2000, participa numa exposição de fotografia com o tema "Vers un autre futur, un regard libertaire" (Sobre um Outro Futuro, Um Olhar Libertário), assim se aliando às manifestações da CNT francesa.
      Cartier-Bresson viria a morrer também em Agosto, no ano de 2004, aos 96 anos.
      Dizia: "L'anarchie c'est une éthique avant tout. Une éthique d'homme libre.” (O Anarquismo é uma ética subjacente a tudo. Uma ética de Homem livre)
      Em baixo está uma fotografia de Bresson realizada em 1975 na prisão modelo de Leesbury (EUA).

domingo, 21 de agosto de 2011

Roubo

      Foi num dia assim como o de hoje mas do ano de 1911 (há 100 anos) que o quadro de Leonardo da Vinci (1452-1519), a “Mona Lisa” era roubado do museu Louvre, em Paris, tendo sido recuperado 2 anos mais tarde.
      Por altura do roubo, a polícia prendeu e interrogou muitas pessoas, chegando mesmo a prender o poeta francês Guillaume Apollinaire e o pintor espanhol Pablo Picasso, acreditando-se que a pintura estava perdida para sempre. Afinal tinha sido um antigo funcionário do museu que vivia em Itália.
      A “Mona Lisa” (também conhecida por Gioconda) adquiriu o estatuto de quadro mais famoso do Mundo, sendo um ícone cultural com inúmeras reproduções e utilizações, até em graffitis de rua como o da foto abaixo, numa rua do Porto (Portugal).

      Foi nesta obra, pintada durante 4 anos, que Leonardo da Vinci melhor concebeu a técnica do “sfumato”. Em baixo, no pormenor da face, podes apreciar o efeito subtil do “sfumato”, particularmente nas sombras em torno dos olhos.

sábado, 20 de agosto de 2011

Angiolillo

      Num dia como o de hoje, do ano de 1897 (há 114 anos), foi executado com o garrote o anarquista italiano Michele Angiolillo Lombardi, com 26 anos de idade (1871-1897), na prisão de Vergara (Guipúzcoa) (Pais Basco) (Espanha).
      A sua condenação à morte foi motivada pelo atentado que cometeu contra o presidente do conselho espanhol (António Cánovas del Castillo).
      Angiolillo era adepto da propaganda pelos atos, tendo escrito diversos artigos que, considerados subversivos, lhe valeram condenação a 18 meses de prisão pela publicação.
      Depois de Itália, viveu em Marselha, Barcelona, Bruxelas, Lisboa, Paris e Madrid.
      A sua execução ocorreu 12 dias após o atentado. Angiolillo foi até à estação balnear de Santa Agueda, no País Basco, onde, com quatro tiros de revólver, mata o político reacionário presidente do conselho espanhol, responsável pela tortura e pela execução de anarquistas em maio desse ano em Montjuich (Barcelona), bem como contra a guerra colonial que a Espanha mantinha nessa altura em Cuba. Uma fez concretizado o atentado deixou-se prender.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A Solidariedade

      Num dia como o de hoje (19 de agosto), do ano de 1888, saia à luz em Sevilha (Espanha) o jornal “La Solidaridad”.
      Este quinzenário sairá durante 59 números até 1889.
      No número de 12 de janeiro de 1889 é publicado o artigo de Mella “La Anarquia no admite adjetivos” (O Anarquismo não admite/necessita adjetivos).

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Apartheid

      Num dia como o de hoje mas do ano de 1964 (há 47 anos), o Comité Olímpico Internacional bania a África do Sul dos Jogos Olímpicos, por não renunciar ao regime de segregação racial conhecido por “apartheid”.
      O regime de segregação racial determinava, por lei, que os brancos detinham o poder total e os demais cidadãos não brancos deveriam viver separados dos brancos com regras próprias que lhes impunham, não lhes permitindo qualquer direito de cidadania.
      A segregação ia ao pormenor de distinguir os transportes públicos, havendo transportes próprios para brancos e outros, piores, para negros, com as suas respetivas e distintas paragens. Segregava-se tudo: lojas, praias, piscinas, bibliotecas, até os bancos nos jardins tinham indicações de “só para brancos” ou “só para europeus”.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Federação Ibérica da Juventude Libertária

      Num dia como o de hoje (17 de agosto) do ano de 1963 (há 48 anos), em Madrid, eram executados, pelo garrote, dois jovens ativistas das Juventudes Libertárias (F.I.J.L.): Joaquín Delgado Martinez e Francisco Granado Gata.
      Presos e torturados depois do atentado do dia 29 de julho desse mesmo ano, isto é, 19 dias antes, foram julgados no dia 13 de agosto por um conselho de guerra que os condenou à morte, sem provas, considerando-os culpados do atentado que de facto não cometeram ainda que com ele pudessem concordar.
      O atentado consistiu na explosão de duas bombas contra a sede da Direção Geral de Segurança que causou cerca de vinte feridos ligeiros, por ter deflagrado prematuramente. Este acontecimento veio justificar todas as ações seguintes levadas a cabo pela polícia espanhol detendo todos os antifranquistas (Franco, o general ditador).
      Em baixo podes ver um fragmento de um folheto em que se apela à juventude para que esteja preparada e ingresse nas Juventudes Libertárias, bem como as fotos dos companheiros executados.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Coragem Companheiros

      Num dia como o de hoje (16 de agosto) do ano de 1894 (há 117 anos), pelas 04H55 da manhã, em frente à cadeia de Saint-Paul, ocorria a execução pela guilhotina do jovem anarquista Sante Geronimo Caserio, aos 22 anos de idade (1873-1894).
      Caserio foi um anarquista italiano que se celebrizou por ter apunhalado e morto o presidente francês, com um único golpe.
      Caserio mandou fazer um punhal de propósito para o ato, com cabo em cobre e listras intercaladas de veludo negro e vermelho.
      Em junho, após um banquete, dirigindo-se o presidente francês, em carruagem aberta, a um baile de gala, Caserio saltou para a carruagem e, de um só golpe, apunhalou o presidente, cravando o punhal entre o pescoço e o peito.
      No julgamento, Caserio veio a ser condenado à pena de morte, por guilhotina, tendo recebido o veredicto com um grito de “Viva a Revolução”.
      As suas últimas palavras no tribunal foram:
      «Se os governantes podem usar contra nós espingardas, correntes e prisões, nós devemos – nós os anarquistas, para defendermos nossas vidas – devemos ater-nos às nossas premissas? Não. Pelo contrário, a nossa resposta aos governantes será a dinamite, a bomba, o estilete, o punhal. Em uma palavra, temos que fazer tudo o possível para destruir a burguesia e o governo.»
      No cadafalso, segundos antes de morrer, Caserio gritou à multidão que assistia:
      «Coraggio compagni e viva l’Anarchia.» (Coragem Companheiros e viva a Anarquia [o Anarquismo]).
      A memória de Caserio, bem como do seu corajoso maior ato não foi apagada com a sua execução, tendo sido sempre recordado ao longo dos anos seguintes. Um ano depois, assinalando a data da sua execução, em Itália, uma bomba explodia no consulado de França e em 1896 surgiria até uma revista publicada em castelhano, em Buenos Aires, intitulada “Caserio”.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Woodstock

      Faz hoje 42 anos que, nos E.U.A., tinha início aquele que foi o primeiro grande festival de música do Mundo.




      O fim de semana de 15 a 17 de Agosto de 1969, em Woodstock, acolheria cerca de 30 artistas e mais de meio milhão de espetadores, tornando o evento num acontecimento ímpar, irrepetível (mesmo após várias tentativas) e lendário.


      Inicialmente previsto para cerca de 200 mil pessoas e com 180 mil bilhetes previamente vendidos (a cerca de uns atuais 50 Euros), acabaram por comparecer mais de 500 mil pesoas e, não podendo entrar, derrubaram a cerca, entrando e também aumentando o recinto, obrigando a organização a considerar o festival como livre e gratuito.


domingo, 14 de agosto de 2011

Morrer de Pé

      «É melhor morrer de pé do que viver de joelhos.»
      Emiliano Zapata (1879-1919)
      Líder da Revolução Mexicana de 1910 contra a ditadura mexicana. É considerado um dos heróis nacionais mexicanos, sendo ainda inspirador, entre outros, do movimento Zapatista iniciado no estado mexicano de Chiapas.

sábado, 13 de agosto de 2011

A Estátua de Proudhon

      Faz agora precisamente 101 anos (13-08-1910) que se inaugurava a estátua de bronze de Pierre-Joseph Proudhon, realizada pelo escultor Georges Laethier e erigida na sua localidade natal (Besançon, França).
      Por ironia da história, a inauguração da estátua coincidiu com umas festas presidenciais, pelo que se assistiu a uma guarda militar e a discursos de políticos, todos rendendo homenagem àquele que é considerado o pai do anarquismo.
      A estátua foi, no entanto, retirada pelos Nazis, durante a ocupação da França e fundida, tal como muitas outras, para a realização de armamento.
      Em baixo está um postal da época com retrato da inauguração.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A Chuva das Perseidas

      Todos os anos, por volta desta data (12 de agosto), é possível observar inúmeros meteoros. No dia de hoje, será atingido o pico máximo de intensidade, sendo visíveis até 100 meteoros por hora quando a média ronda os 60 por hora.
      Trata-se da famosa e assim chamada: “Chuva de Meteoros das Perseidas”, fenómeno assim denominado pelo seu radiante na constelação de Perseus, isto é, pela ilusão ótica que faz com que nos pareça que o fenómeno provém daquela constelação.
      Entram na nossa atmosfera pequenos pedaços rochosos, a maioria menores que uma ervilha, que se tornam luminosos devido à sua elevada velocidade (cerca de 212 mil Km/h) e o atrito na atmosfera faz aumentar a temperatura dos corpos até ficarem incandescentes. As pequenas rochas vêm na cauda do cometa “Swift-tuttle”, cuja cauda se cruza com a órbita terrreste.
      O fenómeno pode ser visto em qualquer lugar e à vista desarmada mas será sempre preferível a observação em locais sem iluminação, longe dos aglomerados urbanos. Embora depois do dia de hoje a média de impactos desça, é sempre possível ver muitos meteoros até ao final do mês de agosto.
 

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Encontro do Livro Anarquista

      Começa amanhã, sexta 12 e durará até domingo 14, a 4ª edição do Encontro Anual do Livro Anarquista de Salamanca (Espanha).
      Entre as diversas atividades programadas, destacam-se, também entre outras, as seguintes apresentações de livros:
      - “Rebeldia, Subversión y Prisión Política. Crimen y castigo en la transición chilena 1990- 2004" de Pedro Rosas, apresentado pela Editorial Septiembre Negro.
      - “Ejércitos En Las Calles", por Bardo ediciones.
      - "Catastrofismo: Administración del desastre y sumisión responsable" y "Chernoblues. De la servidumbre voluntaria a la necesidad de servidumbre", apresentado pelo seu tradutor Emilio Ayllón.
      - "Agitación Anarcosindicalista. Reflexiones en torno a la alternativa anarcosindicalista en el siglo XXI", apresentado pelo autor David Ordóñez.
      - "Anarquismo Hoy. Una reflexión sobre las alternativas libertarias", apresentação a cargo do seu autor, o português Jorge E. Silva.
      Todos os dias haverá uma feira do livro com livrarias e distribuidoras de toda a península ibérica (Portugal e Espanha).
      Mais info em: http://encuentrosalamanca.blogspot.com/

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Publicidade Libertária

      O carro de guerra clássico torna-se libertário e é puxado por dois leões com o apoio efusivo dos trabalhadores. Era esta a imagem, que abaixo podes ver, que continha ainda o texto “Les ouvriers réclament leurs droits", isto é, “Os trabalhadores reclamam os seus direitos”.
      Esta imagem era uma etiqueta de uma marca comercial assim mesmo denominada “Char Libertaire” cujo produto que vendia se desconhece, supondo-se que podia ser uma marca de chocolate que assim chegava aos trabalhadores recuperando o ideal libertário com fins publicitários.
 

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O Fresco da Criação

      Foi num dia assim como o de hoje (9 de agosto) mas do ano de 1483 (há 528 anos) que se inaugurava a Capela Sistina (no Vaticano), com o famoso fresco de Michelangelo no teto: “A Criação de Adão”.
      Michelangelo (Miguel Ângelo) foi um genial escultor, pintor, arquiteto e poeta italiano (1475-1564).
      Os frescos do teto da Capela Sistina são um dos maiores tesouros artísticos da humanidade.
      A técnica dos frescos consiste na pintura diretamente numa base de gesso ou argamassa ainda fresca, isto é, ainda húmida, sem ter ainda secado, aplicando-se rapidamente a pintura sobre essa base, antes que seque. A pintura impregna o gesso ou argamassa e seca em conjunto com a base, passando a integrar a superfície e não estando apenas à superfície.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Ahora

      Por esta altura, em agosto de 1924, saía à luz o número cinco (de que há registo, supondo-se que o primeiro número tenha saído em Abril desse ano), em Montevideu (Uruguai) da revista "Ahora" (Agora).
      Esta publicação libertária mensal centrava-se na Crítica, Sociologia, Literatura e Ciência.
      A revista era editada pelo Centro de Estudos Sociais "Reformarse es Vivir" (Renovar-se é Viver), sendo conhecidos 9 números.
      De realçar neste número cinco o artigo do anarquista belga G. Thonar intitulado "Lo que quieren los anarquistas" (O que querem os anarquistas).
 

domingo, 7 de agosto de 2011

Os Erros

      «Os erros são os portais da descoberta.»
      James Joyce
      Escritor Irlandês (1882-1941)

sábado, 6 de agosto de 2011

Hiroshima

      Num dia assim, como o de hoje (6 de agosto), mas do ano de 1945 (há 66 anos), pelas 8 horas da manhã, os E.U.A. lançam a primeira bomba atómica sobre a cidade japonesa de Hiroshima.
      No Memorial da Paz daquela cidade, dezenas de milhares de pessoas cumpriram hoje como habitualmente o fazem, um minuto de silêncio, apenas quebrado pelo som do pêndulo de um sino de bronze aí instalado. Depois, seguiu-se a tradicional oferta de água e flores em memória das centenas de milhares de mortos.
      Um dos nomes que sempre se recorda é o de hibakusha (literalmente vítima e sobrevivente da bomba) Tsutomu Yamaguchi, o único japonês que sobreviveu às explosões de Hiroshima, onde se encontrava em negócios, e de Nagasaki, a cidade onde então habitava. Yamaguchi morreu em 4 de janeiro de 2010, com quase 94 anos – Vê a imagem abaixo com fotos deste único sobrevivente.
      Após a Bomba, Hiroshima continuou a ser habitada, foi reconstruída e floresceu. Ao contrário da região em torno de Chernobil, na ex-república soviética da Ucrânia, onde se registou em 1986 o pior acidente da história da energia nuclear. Dois fenómenos distintos, e com consequências diversas.
      A bomba de urânio despejada pelo bombardeiro B-29 Enola Gay matou no imediato entre 60 a 80 mil pessoas. Muitos dos feridos acabaram por não resistir nos meses e anos seguintes, sobretudo devido aos efeitos das radiações. O balanço oficial mais recente das autoridades de Hiroshima aponta para 242437 mortos, numa cidade então com 350 mil habitantes. Após o 6 de agosto de 1945, o mundo mudou de vez.
      O inferno de Hiroshima e de Nagasaki, o segundo ataque nuclear registado três dias depois com uma bomba de plutónio e que levou à rendição formal do Império japonês em 15 de agosto de 1945, continuam a suscitar acesa polémica.
      Para os defensores do ataque, foi a única forma de evitar o prolongamento de uma guerra que estava a provocar pesadas baixas nas forças norte-americanas.
      O Japão já tinha começado a sugerir iniciativas de paz, sobretudo após a conquista da ilha japonesa de Okinawa pelos “marines”. Mas o recém-empossado Presidente Harry Truman, insistiu no ataque e depois definiu Hiroshima como “a melhor coisa da história”.
      Para outros, tratou-se da concretização de uma experiência num gigante laboratório humano, e um aviso às ambições expansionistas da União Soviética na Ásia.
      Durante a Guerra Fria a corrida aos armamentos nucleares intensificou-se e as forças norte-americanas, entre outras, continuam a utilizar munições de urânio empobrecido nas suas operações militares.
      Hiroshima alberga hoje o Museu Memorial da Paz, construído na zona de impacto. Simbolicamente, uma esperança para o fim da existência de todas as armas nucleares.
 

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Apoio a Magon

      Num dia como o de hoje, 5 de agosto do ano de 1912, no México, o anarquista colombiano Juan Francisco Moncaleano sai a público dando o seu apoio a Ricardo Florès Magon, que estava preso, publicando um artigo no jornal libertário mexicano “Luz”. Esta postura de apoio valeu-lhe, um mês mais tarde, a expulsão do país. 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O Noso Dever

      Abaixo podes ver um selo de correio da CNT-FAI, no qual consta a mensagem: “Nosso dever? Esmagar o Fascismo”.
      A CNT (Confederação Nacional do Trabalho) foi fundada em congresso realizado em Barcelona entre os dias 30 de outubro e o 1º de novembro de 1910, tendo tido um papel fulcral na Guerra Civil Espanhola de 1936. 

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A Nova Humanidade

      Em agosto de 1895, saia em Paris o primeiro número do jornal mensal "La Nouvelle Humanité".
      Esta publicação de caráter naturista foi sendo publicada de forma irregular até 1898, após 20 publicações, então se fundindo com o jornal "Le Naturien".

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A Conferência de Postdam

      Foi num dia como o de hoje (2 de agosto) mas do ano de 1945 que terminava a Conferência de Potsdam, na qual os países vencedores da 2ª Grande Guerra (as principais potências: URSS, RU e EUA) decidiram o destino da Alemanha Nazi vencida.
      A conferência decorreu por mais de 15 dias, decidindo o destino e a administração da Alemanha que se havia rendido incondicionalmente cerca de 9 semanas antes, decidindo-se sobre inúmeros aspetos como a desmilitarização, a desnazificação, democratização, julgamento dos criminosos de guerra nazis, divisão da Alemanha e da Áustria, fixação de indemnizações de guerra, etc.
      Durante a Conferência, o presidente americano confidenciou ao presidente da União Soviética que detinha uma nova arma muito potente e ambos acordaram em apresentar ao Japão um ultimato para que se rendesse sob pena de uma “rápida e total destruição” mas sem mencionar a nova arma. O Japão recusou render-se. No dia 6 e 9 de Agosto, os EUA lançaram bombas atómicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Em face da destruição, o Japão rendeu-se de imediato.
Em baixo está um cartaz da 2ª guerra relativo às nações aliadas contra os fascistas. 

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Grupo de Iniciativas Informativas Diárias

      Este artigo que lês está publicado numa das várias iniciativas informativas que compõem o Grupo Info-Dia, um grupo dedicado à informação alternativa, global, não massificada, gratuita e diária.
      Esta iniciativa divulgativa nasceu em Janeiro de 2007 (há 4 anos), inicialmente sob a forma de mensagens curtas (SMS) para um determinado grupo restrito de beneficiários, tendo, ao longo do tempo saltado para um blogue e outro e outro e mais outro, contando hoje com assíduas visitas diárias, em todas as plataformas, vindas de todo o planeta onde haja um falante de Língua Portuguesa, tendo ainda leitores assíduos de falantes em Língua Castelhana (espanhol).
      Todos os dias são publicados novos artigos em mais do que um blogue e noutras plataformas de forma a alcançar um maior número de leitores e poder assim transmitir conhecimento que não está disponível nos normalizados e embrutecedores meios de comunicação social.
      Os artigos não são publicados de forma massiva, isto é, não são publicados em quantidade nem pretendem alcançar o grande público consumidor de estereótipos e estereóestúpidos.
      Todos os dias são selecionados os melhores acontecimentos, as notícias menos divulgadas, aqueles factos que deveras interessam e podem aportar algo mais ao nosso conhecimento geral do Mundo e de nós próprios, enquanto seres divinos que somos e todo-poderosos.
      O Mundo, a Vida e a Liberdade podem ser melhores do que isto. Esforça-te para o conseguires, cada segundo, cada vez que respires. Liberta-te a ti mesmo pelo conhecimento, não acreditando nas mentiras das religiões, dos poderes, dos Estados...
      A sabedoria é o único poder maior. Aprende, para saberes mais do que eles. O conhecimento é a tua arma de guerra mais poderosa e destruidora. Usa-a, ataca, mata, destrói.
      A seguir estão os endereços de todos os sítios do grupo até ao presente:
      1 – INFO-DIA:
           http://info-dia.blog.pt
              (informação diária diversificada no Blog.pt)
      2 – INFODIASMS:
           http://infodiasms.blogspot.com
              (informação diária diversificada no BlogSpot)
      3 – SABEMAIS:
           http://sabemais.wordpress.com
              (informação diária diversificada no Wordpress)
      4 – TWITTER:
           http://twitter.com/sabemais
              (informação diária breve no Twitter)
      5 – FACEBOOK:
           http://www.facebook.com [InfoDia Sms]
              (informação diária diversificada no Facebook)
      6 – ANARQUINFO:
           http://anarquinfo.blogspot.com
              (informação diária específica do mundo anarquista)
      7 – INFODIA VOZ:
           http://pt.blaving.com/infodia
              (a informação em voz para ouvir)
      8 – SMS:
             (para todas as redes móveis a operar em Portugal)