quarta-feira, 30 de novembro de 2011

F. Pessoa # 77

      «I know not what tomorrow will bring.»
      Nota escrita, em inglês, por Fernando Pessoa no dia anterior à sua morte (Tradução: “Não sei o que o futuro me reserva ou o que o amanhã me trará.”)
      Foi num dia assim, como o de hoje, corria o ano de 1935 (há 77 anos) que morria aquele que é considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa.
      Fernando Pessoa (13-06-1888 – 30-11-1935)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Intoxicação Mediática

      No dia de Greve Geral em Portugal (24NOV), houve, na manifestação de Lisboa, alguns momentos de excessos policiais com grande difusão mediática nos quais surgiram acusações formuladas contra os manifestantes, como sendo estes os responsáveis pelos necessários excessos, passando assim a imagem da necessidade do uso da força contra os manifestantes, revoltosos, violentos, anti-sociais, extremistas, enfim, anarquistas a eliminar.

      A seguir está um extrato do comunicado ontem publicado pelo recém-constituído “Grupo de Apoio Legal ao 24N”.
      «Acreditamos, por aquilo que vemos, ouvimos e lemos todos os dias, que a televisão e os jornais são poderosos meios de intoxicação, de controlo social e de propagação da ideologia e do imaginário capitalista. A maioria das vezes recusamo-nos a participar no jogo mediático. Desta vez a natureza e gravidade das acusações impele alguns de nós a escrever este comunicado. A leitura que fazemos da realidade e daquilo que é dito sobre os acontecimentos do dia da greve geral tornam evidente que:
      I. Está em curso acelerado a mais violenta banalização de um estado policial com recurso a agentes infiltrados, detenções arbitrárias, espancamentos, perseguições, bem como a justificação política de detenções e a construção de processos judiciais delirantes sustentados em mentiras.
      II. Sobe de escala a montagem jornalístico-policial que visa incriminar, perseguir e reprimir violentamente – veremos mesmo se não aprisionar – pessoas que partilham um determinado ideário político, pelo simples facto de partilharem esse ideário. A colaboração entre jornalistas e polícias na construção de um contexto criminalizante tem o seu expoente máximo nas narrativas delirantes da admirável Valentina Marcelino do Diário de Notícias e das suas fontes, como José Manuel Anes do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo.
      III. A participação na construção deste discurso por parte de inúmeras instâncias de poder, desde sindicatos e partidos até ao mais irrelevante comentador de serviço, cria o clima ideal para que o anátema lançado sobre os “anarquistas” ou os “extremistas de esquerda” ajude a legitimar a montagem de processos judiciais, a invasão de casas, as detenções sumárias. Ao contrário do que a maioria pensa, são realidades com as quais convivemos há já algum tempo.
      Por isso mesmo, vimos deste modo dar a nossa versão do que aconteceu no dia 24 de Novembro. Sendo que acreditamos que estamos especialmente bem colocados para falar do que aconteceu porque criámos um “Grupo de Apoio Legal”, que acompanhou a manifestação e está a procurar defender judicial e publicamente os detidos nesse dia por forças da ordem pública.
      Fazemo-lo não por se tratar de companheiros “anarquistas”. Aliás, não só nenhum deles se conhecia entre si antes de ser detido, como nenhum de nós conhecia previamente nenhum dos detidos; a própria polícia será testemunha de que nem sabíamos os seus nomes.
      Fazemo-lo porque – ao contrário dos sindicatos – consideramos que é nossa responsabilidade, enquanto indivíduos lúcidos, ativos e organizados, apoiar e mostrar solidariedade com todas as pessoas que se juntam a uma greve que nós também convocámos. Sobretudo para com aqueles que foram vítimas de repressão e perseguição na sequência desse dia.
      Temos por isso acesso aos processos e estamos neste momento a reunir provas e testemunhos que possam repor a “verdade legal” que, sabemos já, chegará tarde de mais para ser atendida pelos ritmos e critérios jornalísticos. Sobre o que aconteceu no dia 24 Novembro em São Bento temos testemunhos, vídeos e fotos que documentam o seguinte:
      Não sabemos exatamente o que aconteceu nos segundos de agitação em que as grades de contenção foram derrubadas. Infelizmente não estávamos no local e não pudemos participar. Sabemos apenas que, na sequência dessa confusão, um grupo de três polícias infiltrados apontou um alvo, num canto oposto a onde se deu o derrube (na rampa junto à Calçada da Estrela). Esse alvo era um rapaz de 17 anos, estudante no Liceu Camões. Poucos minutos depois, já fora da manifestação e em plena Calçada da Estrela, os três homens não identificados abordaram o rapaz e enfiaram-no num carro sem anúncio prévio de detenção. Várias pessoas, entre elas alguns colegas e professores, manifestaram-se contra essa detenção, aparentemente injustificada. Mais tarde, outro homem com cerca de 30 anos é detido de forma idêntica.
      Pode-se ainda observar claramente em vários vídeos que as três detenções que tiveram lugar no local onde as barreiras policiais foram derrubadas foram levadas a cabo por agentes não identificados que entraram no corpo da manifestação para deter, arrastar e algemar sem qualquer aviso os manifestantes. Segundo as leis que os próprios dizem defender, qualquer detenção com estas características tem um nome: sequestro.
      Já no fundo da Calçada da Estrela, três jovens dirigiam-se ao Minipreço da Rua de S. Bento quando um grupo de quatro homens que não se identificaram como agentes policiais, agarrou um deles e o encostou à parede. Enquanto um dos agentes à paisana afastava os outros dois, um rapaz com 21 anos de origem alemã era agredido brutalmente, como foi testemunhado por várias pessoas e registado em vídeo. Tudo indica que o agente que a polícia diz ter sido ferido se magoou na sequência desta detenção ilegal no momento em que o rapaz alemão procurava resistir a uma agressão sem sequer perceber ainda o que lhe estava a acontecer. A polícia veio mais tarde justificar a sua ação pelo facto de o rapaz ser perigoso e procurado pela Interpol.
      Parece-nos da ordem do fantástico que todos os jornalistas e comentadores que se pronunciaram sobre o sucedido pareçam acreditar que um juiz de instrução possa libertar imediatamente alguém procurado pela Interpol.
      O que para nós fica claro, após os acontecimentos descritos, é que se preparam novos métodos de contenção social e se assiste a uma escalada na repressão de qualquer gesto de contestação.
      Neste contexto, o anúncio de que o ataque às montras de repartições de finanças foi obra de “anarquistas extremistas” é o corolário de uma operação que visa marginalizar e criminalizar toda a dissidência e toda a oposição ativa ao regime que se procura impor. Não é apresentada nenhuma prova, nenhum indício que sustente sequer uma suspeita, quanto mais uma acusação.
      Tornou-se uma evidência nestes anos de crise que os Estados e os seus gabinetes de finanças, têm em curso um roubo organizado das populações, através de impostos que servem em grande medida para cobrir os grandes roubos nas altas esferas do poder e da economia. Neste sentido, a criminalização dos anarquistas, e a sua identificação como o inimigo interno, serve sobretudo para isolar esses acontecimentos do crescente sentimento de revolta e da tomada de consciência social que atravessa a sociedade no seu todo.
      Dito isto, é preciso salientar que um “anarquista” é, antes de tudo, um defensor da liberdade individual, da autonomia e da organização horizontal e igualitária; Que, não existindo nenhum partido ou organização central que emita uma posição correspondente àquilo que “todos os anarquistas” pensam, este comunicado é apenas uma visão parcial de alguns indivíduos que partilham um património filosófico e social que são as ideias anarquistas. Uma versão naturalmente sujeita a críticas e discussão por parte dos nossos amigos e companheiros.
      Por fim, gostávamos apenas de recordar a todas as pessoas que lutam para manter a sua lucidez, que o regime implantado no dia 28 de Maio de 1926 começou precisamente por se justificar com a necessidade de combater a anarquia e de reprimir os anarquistas, que nessa altura se organizavam em torno da Confederação Geral do Trabalho. Hoje é fácil perceber a natureza desse regime, nessa altura não o era.
      Ontem como hoje, cada um de nós tem que decidir individualmente se toma posição ativa contra o que está a acontecer ou se, com a sua passividade, colabora com o estado de coisas.»
      "Grupo de Apoio Legal para o 24N" / Lisboa, 28 de Novembro de 2011
      Obtém o comunicado em ficheiro pdf na seguinte ligação:
http://pt.indymedia.org/sites/pt.indymedia.org/files/documentos/newswire/comunicado_24n_grupo_apoio_legal.pdf

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Fatum Património da Humanidade

      No dia de ontem (27 de novembro de 2011), a UNESCO (ONU) declarou o Fado como sendo uma canção que, embora tipicamente portuguesa, deve ser considerada Património Imaterial da Humanidade.
      Este reconhecimento significa que a Língua Portuguesa é responsável por uma sua produção com valor mundial e que deve ser preservada por ser uma mais valia para a Humanidade.
      A palavra latina “fatum” significa “destino” e é desta que derivou a palavra “fado” na língua portuguesa, significando esta palavra nos nossos dias também “destino” ou “sina” mas um tipo de destino de certa forma sofrido como a canção com a qual normalmente se identifica e assim é conhecida a expressão.
      Enquanto tipo de canção, existem várias explicações para a origem do fado. Uma explicação popular remete a origem do fado para os cânticos dos Mouros (árabes), que permaneceram no bairro da Mouraria, na cidade de Lisboa, após a reconquista Cristã. A dolência e a melancolia, tão comuns no Fado, teriam sido herdadas daqueles cantos. No entanto, tal explicação é ingénua de uma perspectiva etnomusicológica. Não existem registos do fado até ao início do século XIX, nem era conhecido no Algarve, último reduto dos árabes em Portugal, nem na Andaluzia onde os árabes permaneceram até aos finais do século XV.
      Numa outra teoria, a origem do fado parece despontar da imensa popularidade nos séculos XVIII e XIX da Modinha, e da sua síntese popular com outros géneros afins, como o Lundu, no então rico caldo de culturas presentes em Lisboa, tendo como resultado a extraordinária canção urbana conhecida como "fado".
      No entanto, o fado só passou a ser conhecido depois de 1840, nas ruas de Lisboa. Nessa época só o fado do marinheiro era conhecido, e era, tal como as cantigas de levantar ferro as cantigas das fainas, ou a cantiga do degredado, cantado pelos marinheiros na proa do navio.
      O fado mais antigo é o referido fado do marinheiro, e é este fado que vai se tornar o modelo de todos os outros géneros de fado que mais tarde surgiriam como o fado corrido que surgiu a seguir e depois deste o fado da cotovia. E com o fado surgiram os fadistas, com os seus modos característicos de se vestirem, as suas atitudes não convencionais, desafiadoras por vezes.


      Na primeira metade do século XX, já em Portugal, o fado foi adquirindo grande riqueza melódica e complexidade rítmica, tornando-se mais literário e mais artístico. Os versos populares são substituídos por versos elaborados e começam a ouvir-se as décimas, as quintilhas, as sextilhas, os alexandrinos e os decassílabos.
      Durante as décadas de 30 e 40 do passado século, o cinema, o teatro e a rádio vão projetar esta canção para o grande público, tornando-a de alguma forma mais comercial. A figura do fadista nasce como artista. Esta foi a época de ouro do fado onde os tocadores, cantadores saem das vielas e recantos escondidos para brilharem nos palcos do teatro, nas luzes do cinema, para serem ouvidos na rádio ou em discos. Surgem então as Casas de Fado e com elas o lançamento do artista de fado profissional. Para se poder cantar nestas Casas era necessário carteira profissional e um repertório visado pela Comissão de Censura, bem como, um estilo próprio e boa aparência. As casas proporcionavam também um ambiente de convívio e o aparecimento de letristas, compositores e intérpretes.
      Já em meados do século XX o fado iniciou a sua conquista pelo mundo, tornando-se muito famoso também fora de Portugal.
      Os artistas que cantam o fado trajavam de negro. É no silêncio da noite, com o mistério que a envolve, que se deve ouvir, com uma "alma que sabe escutar", esta canção, que nos fala de sentimentos profundos da alma portuguesa. É este o fado que faz chorar as guitarras…
      O fadista canta o sofrimento, a saudade de tempos passados, a saudade de um amor perdido, a tragédia, a desgraça, a sina e o destino, a dor, amor e ciúme, a noite, as sombras, os amores, a cidade, as misérias da vida, critica a sociedade…
      Do Fado conhecem-se hoje diversas distintas categorias e são elas:
      O Fado Alcântara, Fado Aristocrata, Fado Bailado, Fado Batê, Fado-canção, Fado Castiço, Fado tradicional dos bairros típicos de Lisboa, Fado Corrido, Fado experimental, Fado do Milénio, Fado Em Concerto, Fado Lopes, Fado Marcha Alfredo Marceneiro, Fado da Meia-noite, Fado Menor, Fado Mouraria, Fado Pintadinho, Fado Tango, Fado Tamanquinhas, Fado Vadio, Fado não-profissional, Rapsódia de fados e o Fado Marialva.


      Em baixo podes ouvir um fado há muito cantado por Alfredo Marceneiro e depois um fado mais recente, cantado por Mariza.

      «É meu e vosso este fado
      Destino que nos amarra
      Por mais que seja negado
      Às cordas de uma guitarra

      Sempre que se ouve o gemido
      De uma guitarra a cantar
      Fica-se logo perdido
      Com vontade de chorar

      Ó gente da minha terra
      Agora é que eu percebi
      Esta Tristeza que trago
      Foi de vós que recebi»


domingo, 27 de novembro de 2011

A Verdadeira Nacionalidade

      «A nossa verdadeira nacionalidade é a humanidade. »
      H. G. Wells
      Escritor inglês (1866-1946)

sábado, 26 de novembro de 2011

O Melhor Guitarrista

      A revista “Rolling Stone”, acabada de publicar, nomeia Jimi Hendrix como o melhor guitarrista da história.
      Jimi Hendrix (1942-1970) foi selecionado de uma lista cheia de grandes nomes do “rock 'n' roll”. N alista seguem-se nomes como Eric Clapton, Jimmy Page e Keith Richards.
      «Jimi Hendrix preenche os requisitos daquilo que achamos que uma estrela rock deve ser: manipula a guitarra e domina tanto o estúdio como o palco», disse o Rase Against The Machine Tom Morello, apontando “Purple Haze” e “The Star-Spangled Banner” como as suas obras-primas.
      Abaixo podes ver e ouvir uma dessas obras primas no vídeo com a interpretação ao vivo de “Purple Haze”.
      Do painel do júri faziam parte vários “especialistas” de música, onde se destacam Lenny Kravitz, Eddie Van Halen, Brian May, que se juntaram a um leque de escritores e editores especialistas da própria revista “Rolling Stone”.



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Inversões e Perversões

      «Hoje, o cidadão europeu vive refém (mas não está sozinho nessa condição) de uma quase-Idade Média: pairam sobre ele as trevas densas de um futuro incerto ao mesmo tempo que aceita passivo a imposição de uma escolástica arquitetada por governantes medíocres e coadjuvada por um séquito de académicos e de “opinion makers” adestrados, unidos no esforço conjunto de legitimação de um novo paradigma de governação: a Governação Reativa.
      A escolástica desta governação reativa é perigosa, na exata medida em que consegue conciliar a tacanhez das respostas governativas com a magnitude do futuro que nos espera, através do argumento falacioso de que é esse tipo de governação que pode antecipar e prevenir os males do futuro. Desta perversa dialéctica, resulta o estranho feito daquilo que é tacanho e reativo surgir afinal como arauto de visão.
      Do mesmo modo, quem ousa contestar, surge agora como egoísta (anti-patriótico, incapaz de solidariedade geracional; anti-europeu, anti-comunidade, enfim), inculto (desconhecedor da nova linguagem aristotélica de descodificação do universo: a economia) e, pasme-se, retrógrado (agarrado a ideários do passado de uma esquerda social ruinosa).
      A greve, por exemplo, direito político tradutor da democratização da própria democracia pela sua abertura à voz dos trabalhadores, emerge hoje aos olhos do cidadão incauto mas que se esforça por parecer sério, já não como símbolo de progresso democrático, mas como a última arma de velhos do Restelo agarrados ao seu “status” de conforto. De repente, fazer greve é uma vergonha, é coisa de pseudo-indignados com contas pagas pelos pais, de gente instrumentalizada por sindicatos e partidos de esquerda radical.
      O que outrora era ativo, tornou-se reativo neste discurso político de inversões e perversões da linguagem democrática. Na mesma linha, também a legitimidade da ação pública já não deriva do político mas do económico, ou seja, já não emana da vontade expressa dos cidadãos, mas de opiniões especulativas e subjectivas dos agentes de mercado. Veja-se o caso de Espanha: a legitimidade do governo de Mariano Rajoy está como que em suspenso, esperando a chancela, o aval final, dos mercados. A vontade popular está assim reduzida ao estatuto da menoridade.
      Igualmente, o debate, exercício nobre da vivência democrática, surge transfigurado, ora confundindo-se com o simples somatório de múltiplas opiniões individuais de “opinion-makers” que se replicam e repetem até à náusea nos media, ora confundindo-se com a ideia da discussão destrutiva, geradora apenas de impasses bloqueadores do suposto caminho certo a ser ordeiramente percorrido.
      Também os direitos sociais acusam o peso desta inversão da linguagem democrática. De árduas conquistas de gerações e gerações de cidadãos, aparecem como que a alcova de todas as preguiças, de todas as mordomias impunes de um funcionalismo público que, para todos os efeitos, passa a ser sinónimo apenas de ineficiência, incompetência e inutilidade.
      Eis-nos assim chegados ao estádio supremo do triunfo do poder suave do capitalismo. De facto, António Gramsci poderia hoje ver como estamos coletivamente empenhados na salvação do capitalismo por não sabermos já viver sem o conforto e bem-estar que este também nos proporciona. Lutamos assim pela manutenção do seu lado encantador, nem que isso implique acomodar-nos a uma nova linguagem do Político que em última instância põe em causa a própria democracia, e mesmo que em resultado apenas tenhamos, irónica e ingloriamente, o esvaziamento irremediável dos direitos que o capitalismo possibilitou por via das políticas sociais do Estado.
      Esta reflexão não se aplica a quem faz hoje greve no nosso País, mas precisamente a todos quantos em Portugal e na Europa insistem neste discurso deslegitimador das formas de luta tradicionais, e que do alto da sua suposta maturidade cívica e até intelectual, exasperam perante facto de as suas certezas sobre o nosso caminho não serem afinal unânimes evidências.»
      Acabas de ler a transcrição integral do artigo de opinião publicado ontem, dia 24-11-2011, dia de Greve Geral em Portugal, no jornal português com sede na cidade de Braga “O Correio do Minho”, com o título de “Inversões e perversões na nova linguagem do Político”, subscrito por Isabel Estrada Carvalhais, Professora de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade do Minho, da mesma citada cidade.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Blogue em Greve

      Como forma de solidariedade com a Greve Geral que hoje ocorre em Portugal, este blogue está hoje também em greve.
      Volta amanhã.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

13 Perguntas Frequentes Sobre Greve

      Está marcada para amanhã, dia 24 de novembro (quinta-feira), uma Greve Geral em Portugal, pelo que, de forma a esclarecer eventuais dúvidas dos trabalhadores portugueses, a seguir se respondem às 13 perguntas mais frequentes sobre esta greve.
      1 – Quem pode aderir à Greve Geral?
      Todos os trabalhadores, sindicalizados ou não, membros ou não dos sindicatos que declaram greve, podem aderir à greve geral. O pré-aviso de Greve Geral abrange todos os trabalhadores do país.
      2 – Os que trabalham no setor privado, também podem fazer Greve?
      Todos os trabalhadores, independentemente da relação de emprego que tenham (Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas, CAP, Contrato a Termo, Contrato Sem Termo/Tempo Indeterminado), seja numa instituição pública ou numa empresa privada, podem aderir à Greve Geral.
      3 – Os não sindicalizados também podem fazer greve?
      Podem pois. O direito à greve é um direito de todos os trabalhadores, sindicalizados ou não. Os trabalhadores não sindicalizados estão legalmente protegidos para fazer greve, com a única diferença de não estarem integrados numa organização sindical.
      4 – O trabalhador com um contrato a termo (vínculo precário), também pode fazer greve? Podem cessar-lhe o contrato?
      Pode fazer greve e, legalmente, o contrato não pode ser cessado em virtude disso. “É nulo e de nenhum efeito todo o ato que implique coação, prejuízo ou discriminação sobre qualquer trabalhador por motivo de adesão ou não à greve” (artº. 404º/RCTFP).
      5 – A pressão para não se aderir à Greve é legal?
      Nos termos do artº 404º/RCTFP, tal não é permitido. Mais, quem exerce a pressão/coação é suscetível de ser punido: constitui contra-ordenação muito grave o ato do empregador que implique coação do trabalhador no sentido de não aderir a greve, ou que o prejudique ou discrimine por aderir (artº. 540.º/CT).
      6 – Antes da greve, está o trabalhador obrigado a informar se adere ou não?
      Em termos legais, nenhum trabalhador está obrigado a informar previamente a sua decisão de aderir ou não à Greve.
      7 – Está o trabalhador legalmente obrigado a comparecer no seu serviço?
      Nos serviços sem obrigatoriedade de prestação de serviços/cuidados mínimos, nos termos do pré-aviso, o trabalhador não está legalmente obrigado a comparecer. Nos serviços onde têm que ser garantidos serviços/cuidados mínimos deve comparecer para os prestar (se for o caso) ou integrar o piquete de greve.
      8 – O que é o Pré-Aviso de Greve?
      Nos termos da Constituição e da Lei (artº. 396º/RCTFP) os sindicatos são obrigados a emitir Pré-Aviso de Greve, publicitado num órgão de comunicação social de expansão nacional. Este Pré-Aviso visa no essencial duas coisas: que as partes em conflito tentem ainda acordar soluções antes de efectivar a Greve; que os Serviços alvo da Greve se reorganizem (com as limitações decorrentes da Lei) para minimizar o impacto junto dos seus destinatários.
      9 – O que faz e quem constitui o Piquete de Greve?
      Piquete de Greve é constituído por todos os grevistas. O Piquete é constituído pelos grevistas que permanecem nos serviços a assegurar cuidados mínimos, pelos grevistas sediados na sala do piquete e pelos grevistas ausentes da entidade.
      O piquete visa, para além do levantamento rigoroso dos dados (escalados/aderentes), informar e esclarecer os grevistas sobre os motivos da greve e mesmo os não grevistas no sentido de aderirem à greve. Intervém junto das administrações para resolver problemas e presta informação e esclarecimento aos utentes através de ações planeadas para esse efeito.
      10 – Enquanto grevista, qual a subordinação hierárquica?
      Os grevistas estão desvinculados dos deveres de subordinação e assiduidade durante o período de Greve. A representação dos trabalhadores em greve é delegada, aos diversos níveis, nas associações sindicais, nas comissões sindicais e intersindicais, nos delegados sindicais e nos piquetes de greve.
      “A greve suspende, no que respeita aos trabalhadores que a ela aderirem, as relações emergentes do contrato, […] em consequência, desvincula-os dos deveres de subordinação e assiduidade” (artº. 398º/RCTFP) e os trabalhadores em greve são representados pelo Sindicato (artº. 394º/RCTFP).
      11 – A Administração pode substituir os grevistas?
      Não pode. “A entidade empregadora pública não pode, durante a greve, substituir os grevistas por pessoas que à data do aviso prévio não trabalhavam no respectivo órgão ou serviço, nem pode, desde aquela data, admitir novos trabalhadores para aquele efeito.” “A concreta tarefa desempenhada pelo trabalhador em greve não pode, durante esse período, ser realizada por empresa especialmente contratada para o efeito…” (artº. 397º/RCTFP).
      12 – Durante a Greve a Administração pode colher dados pessoais dos aderentes?
      Não pode. A Comissão Nacional de Proteção de Dados deliberou proibir, ao abrigo da alínea b) do nº. 3 do artº. 22º da Lei 67/98, qualquer tratamento autónomo de dados – recolha de tipo de vínculo/nome/n.º mecanográfico/outros dados similares – relativos aos aderentes à greve por constituir violação do disposto no art.º 13º e n.º 3 do 35º da CRP e nos n.ºs 1 e 2 do art.º 7º da Lei de Protecção de Dados Pessoais (Deliberação n.º 225/2007 de 28 de Maio).
      13 – Trabalhadores em Greve “rendem” trabalhadores não aderentes?
      Trabalhadores grevistas não rendem trabalhadores não grevistas. Os grevistas não têm o dever legal de render os não aderentes à greve.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

SOU Movimento e Arte

      SOU é uma Associação Cultural sem fins lucrativos cuja atividade se centra na formação, criação e programação artística. Tem como principais objectivos: oferecer formação nas áreas das artes performativas; promover e dinamizar atividades culturais; acolher criadores de várias áreas artísticas, com o intuito de enriquecer o tecido cultural artístico nacional e local.

      Uma das principais premissas do espaço SOU é a abertura das atividades a todos. Como tal, os horários e as condições de participação (a maioria das atividades são de entrada livre) têm sido adaptados, de acordo, com uma estratégia de criação e educação de públicos.
      As atividades do dia de hoje:
      9h00/10h00 – Tai-Chi
      11h00/16h30 – Curso de Artes Performativas
      17h30/18h30– Oficina de Artes Plásticas (3-6 anos)
      12h00/13h30 e das 18h30 às 20h – Alongamento e Consciência Corporal
      18h30 às 20h e das 20h15 às 21h45 – Voz e Canto
      20h00/22h00 – Dança Contemporânea


      Hoje às 22H00, haverá ainda cinema, com a película “Shane Acker” de 2009, inserida no ciclo de cinema de animação. Vê mais no programa abaixo.
      SOU fica na Rua Maria nº. 73 (à Forno do Tijolo) em Lisboa (Telef. 211547790 e 934808869) (Transportes: Metro: Linha Verde: Anjos / Bus: 12, 30, 726 / Elétrico: 28)

      Mais info no sítio cuja ligação permanente está na coluna dos “Sítios a Visitar”.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Autonomia e Conhecimento Livre

      A Biblioteca Terra Livre e o Grupo de Estudos da educação e Anarquismo levam a cabo depois de amanhã, dia 25 de novembro, um debate, o quinto, inserido na sua agenda de eventos deste mês de novembro denominada “Novembro Negro”, debate este subordinado ao seguinte tema: Autonomia e Conhecimento Livre.

      O debate versará sobre a experiência dos grupos de estudos e a importância da autonomia para a construção de um conhecimento livre e libertador. A intenção deste debate é partilhar a experiência de educação libertária que já vem ocorrendo há um ano na sede da Biblioteca, quinzenalmente.
      As leituras do grupo já passaram por textos clássicos do pensamento anarquista bem como pelas experiências de escolas anarquistas realizadas no Brasil e no mundo.
      O debate será aberto a todos e terá início pelas 19:30 horas, na Sala 124 da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (Brasil), no campus Butantã (pegar qualquer ônibus para a USP e descer no 1º ponto da Cidade Universitária).
      Mais info no sítio da Biblioteca Terra Livre com ligação permanente na coluna dos “Sítios a Visitar”.


domingo, 20 de novembro de 2011

Loucos e Cegos

      «É o mal destes tempos: os loucos guiam os cegos.»
      in “O Rei Lear” por William Shakespeare (1564-1616)
      Poeta e dramaturgo inglês considerado como o maior escritor da língua inglesa.

sábado, 19 de novembro de 2011

O Tempo do Medo

       A democracia tem medo de recordar,
         E a linguagem tem medo de dizer.
         Os civis têm medo dos militares.
         Os militares têm medo da falta de armas.
         As armas têm medo da falta de guerras.
         É o tempo do medo.

      “El Tiempo del Miedo” (O Tempo do Medo), é o tema inserido no álbum “Mejor que el silencio” de Nach (antes conhecido como Nach Scratch) (Ignacio Fornés Olmo), um MC espanhol que vive na cidade de Alicante, cidade onde também nasceu, em 1974, e ainda se licenciou, em sociologia, na universiade da mesma cidade. Atualmente é um dos “rapers” mais veteranos e populares da cena espanhola.

   A seguir fica a letra do tema, em castelhano (espanhol), cuja primeira estrofe acima ficou traduzida e a afinal podes ouvir o tema no vídeo aqui também publicado.

La democracia tiene miedo de recordar,
y el lenguaje tiene miedo de decir.
Los civiles tienen miedo a los militares.
Los militares tienen miedo a la falta de armas.
Las armas tienen miedo a la falta de guerras.
Es el tiempo del miedo.


Es el tiempo del miedo, lo guía gris desdes el suelo
miedo de otros hombres por su raza, por su credo.
Tenemos miedo a triunfar, miedo del fracaso,
de andar entre callejones donde se oyen pasos.
Miedo a lo desconocido, miedo a vernos deprimidos,
a darnos por vencidos, perder los seres queridos.


Miedo a que nos quiten algo, miedo a caer mal,
a ver cada vez más cerca el día del funeral.

Miedo a que una bomba nuclear nos queme en el acto,
a que cerca del hogar pueda explotar un artefacto.

Miedo a perder el trabajo, miedo a coger un atajo,
a que nuestros hijos reciban un navajazo.

Miedo intermitente cuando el ambiente es urgente,
cuando vez que alguien se gira y te mira fíjamente.

Miedo a estar eternamente en paro,
miedo a aquel que va en el autobús, sentado a tu lado, vistiendo raro.

Miedo, que nos atrapa y nos convierte en víctimas,
así amenaca a nuestra propia identidad,
tan asustados queriendo apartar,
lo que pueda dar nuestro bienestar.
Vivimos en un mundo rápido, hicimos del temor un hábito,
intenso pálpito, presos de un esquizo vértigo.
El miedo es el veneno que nos matará.

Tenemos miedo al cambio, y a la inseguridad,
miedo al infarto del miocardio, miedo a la soledad.

Tenemos miedo a la muerte, tenemos miedo a la vida,
miedo a ser inferiores, no cumplir la expectativa.

Miedo a nuestros pensamientos, a espacios abiertos,
miedo a tener algo que esconder y ser descubiertos.

Tenemos miedo al recordar el pasado,
miedo del futuro si el presente nos tiene cansados.

Miedo a no ser aceptados por el resto, miedo a nuestro estrés,
miedo a ser víctimas de un secuestro exprés.

Miedo a que llegue la noche, miedo a dejar de ser joven,
miedo a comprar un buen coche y que nos lo roben.

Miedo a que el CO2 provoque cancer en el globo,
miedo a que un tsunami arrase con todo.

Miedo al apagón que nos entierre como larvas,
miedo a perder la calma, miedo a las casas sin alarma.

Quién quiere conocer el miedo.
El miedo mata a la mente.
El miedo es la pequeña muerte que crece
hasta llevarnos a la destrucción total.
Afrontaré mi miedo.
Permitiré que pase sobre mí y a través de mí.
Y cuando haya pasado, seguiré firme mi camino.

Miedo a que nos diagnostiquen enfermedad terminal,
miedo a tener que dormir sin Valium ni Lorazepam.

A trasar un plan que luego falle,
miedo a de que aquellos que no tienen miedo vengan y nos callen.

Miedo a tener sueños sin saber a dónde irán,
miedo al qué dirán, miedo al radical talibán de Irán.

Miedo a ser un Don Nadie, miedo a ser un líder,
a que un virus se propague por el aire y nos liquide.

Miedo a hablar en público, a hacer el ridículo,
miedo al querer madurar y ver que solo andas en círculo.

A ser típico y mediocre,
miedo al ver pasar el tiempo y ver que siempre serás pobre.

Presos porque ese miedo nos convierte en inestables,
marionetas inquietas manipulables..

Culpables por caer en esa fobia destructiva,
prefiero vivir sin miedo y ser libre de por vida.






sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Occupy Wall Street

      Na noite de ontem (17NOV) milhares de pessoas participaram numa manifestação de ocupação da ponte de Brooklyn (Nova Iorque) que marcou o segundo mês de existência do movimento "Ocupar Wall Street".
      Durante a tarde, os ativistas tentaram bloquear o acesso à Bolsa de Nova Iorque, impedindo o seu funcionamento. A polícia prendeu cerca de 250 manifestantes para evitar a ação e permitir pelo menos a passagem dos funcionários. Pelo menos 7 polícias ficaram feridos. O chefe da polícia de Nova Iorque informou que 5 agentes foram atingidos com "um líquido na cara", e que outro teve de ser cosido numa mão devido a um corte provocado por uma garrafa partida.
      A jornada de protestos contra a ganância do sistema financeiro foi marcada também por manifestações em cidades como Los Angeles, Las Vegas, Boston, Washington, Dallas, e Portland.
      Na última terça-feira (15NOV), uma ação policial retirou à força manifestantes que estavam acampados há dois meses no Parque Zuccotti, também em Nova Iorque, após uma ordem do presidente da câmara, Michael Bloomberg, que alegou razões sanitárias e de segurança.
      «Somos indestrutíveis, um mundo diferente é possível.» Assim, cantava a multidão sobre a ponte, uma das construções mais emblemáticas de Nova Iorque, enquanto os motoristas buzinavam para mostrar apoio.
      «Isto tem a ver com justiça económica e social e não nos podem tirar isso com 400 polícias de choque.» Assim o afirmava Andy, um jovem estudante acabado de sair da cadeia, antes do início da marcha sobre a ponte.
      Um ponto alto do protesto ocorreu quando a manifestação atingiu o meio da ponte, na altura do arranha-céus da Verizon, considerado o edifício mais feio da cidade. Nessa altura, começou uma projeção gigante sobre as paredes do prédio onde se podia ler: “Somos os 99%”, “Ocupar Wall Street”, “Ninguém nos consegue parar”, “Outro mundo é possível”. Vê estas imagens no vídeo abaixo.
      Na próxima segunda-feira (21NOV), o movimento anuncia oficialmente uma iniciativa de recolha de um milhão de assinaturas de estudantes dispostos a não pagar os empréstimos universitários até que se façam reformas no sistema financeiro. A dívida média de um estudante que se licencia em Nova Iorque é de 25 mil dólares.



quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Viagem a Portugal

      Passa amanhã, dia 18 de novembro, pelas 21:00 horas, na Casa do Brasil de Lisboa, em Portugal, o filme de Sérgio Tréfaut intitulado “Viagem a Portugal”.

      Viagem a Portugal é um filme político sobre os procedimentos de controle de estrangeiros nos aeroportos europeus e sobre o tratamento desumano que é aceite como prática comum nos dias de hoje.
      Maria, uma médica ucraniana, aterra no aeroporto de Faro, em Portugal, com um visto de turismo. Entre todos os passageiros do seu avião, Maria é a única a ser detida e interrogada pela polícia de estrangeiros e fronteiras. A situação transforma-se num pesadelo quando a polícia percebe que o homem que espera Maria no aeroporto é senegalês.
      Imigração ilegal? Tráfico humano? Tudo é possível. Viagem a Portugal é um filme inspirado numa história real.
      O filme conta com a participação de Maria de Medeiros, Isabel Ruth, Makena Diop, foi classificado como Drama para maiores de 12 anos, estreou este ano 2011 e tem a duração de 74 minutos.
      A exibição contará com a presença do realizador.
      A Casa do Brasil de Lisboa está na Rua Luz Soriano, nº. 42, em Lisboa (Telf. 213400000) e tem sítio na Internet em: http://www.casadobrasil.info
      Mais info e “trailer” do filme em: http://www.viagemaportugal.net/  


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Como Bloquear a Economia

      Hoje no espaço RDA69 haverá uma Cicloficina pelas 18H30, seguido de jantar pelas 20H00 e exibição de filme e conversa a partir das 21H30.

      O assunto a abordar pretende estabelecer estratégias para a Greve Geral agendada em Portugal para o próximo dia 24 de novembro e tem como título geral: “Greve Geral, Como Bloquear a Economia”. O filme a visionar denomina-se: “Autonomia Obrera”.
      O espaço RDA69 está na Rua Regueirão dos Anjos, no nº. 69, em Lisboa, e tem ligação permanente na coluna dos Sítios a Visitar com a designação “RDA69”.



terça-feira, 15 de novembro de 2011

Oficina de Vídeo na Es.Col.A

      Termina hoje a Oficina de Vídeo para jovens dos 9 aos 13 anos, oficina esta que começou no passado dia 9, decorrendo todos os dias desde então na “Es.Col.A” sita no Largo da Fontinha, no Porto (Portugal).

      A partir do visionamento comentado de filmes e excertos de filmes, de alguns rudimentos de gramática cinematográfica e dum primeiro contacto com as ferramentas da captação de som e imagem, os participantes são convidados a escrever, filmar, montar e sonorizar um filme coletivo acerca do bairro da Fontinha para a execução do qual todos devem contribuir (cada participante ocupa, alternadamente, todos os postos de uma mini equipa de cinema). No final da oficina haverá uma projeção pública do filme realizado, com apresentação e debate final na Es.Col.A. É orientador o Tiago Afonso.
      A “Es.Col.A” é o espaço coletivo autogestionado situado no Largo da Fontinha; Rua da Fábrica Social, nº. 17, no Porto (Portugal) e tem sítio na Internet sempre aqui com ligação permanente na coluna dos “Sítios a Visitar”, porque é um bom projeto a andar que merece/carece de atenção e apoio permanente.


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Feira do Livro Anarquista

      Terminou hoje a 2ª edição da Feira do Livro Anarquista de Porto Alegre (RS) (Brasil), feira esta quecomeçou no passado dia 11 e durou todo este fim de semana.

      Mais info na ligação permanente a esta Feira a que podes aceder na coluna dos Sítios a Visitar.

domingo, 13 de novembro de 2011

Da Democracia

      «É a democracia, tal como a conhecemos, a melhor possibilidade em matéria de governo?
      Não é possível dar um passo mais em direção ao reconhecimento e à organização dos direitos do homem?
      Nunca poderá haver um Estado realmente livre e iluminado até que não se reconheça o indivíduo como poder superior independente, de quem deriva e a quem lhe cabe a sua própria autoridade, e, em consequência, lhe dê o tratamento correspondente.»
      Henry David Thoreau (1817-1862)
      Autor estadunidense, poeta, naturalista, ativista anti-impostos, crítico da ideia de desenvolvimento, pesquisador, historiador, filósofo, e transcendentalista. Mais conhecido pelo livro “Walden”, uma reflexão sobre a vida simples cercada pela natureza, e pelo ensaio “Desobediência Civil”, uma defesa da desobediência civil individual como forma de oposição legítima frente a um Estado injusto.

sábado, 12 de novembro de 2011

(((A))) Info #2

      Está já disponível para baixar a publicação nº. 2 do A-Info, o órgão de expressão anarquista de Campinas (Brasil) referente ao corrente mês de novembro.

      Neste número podes ler artigos como o “Occupy Campinas 15O”, “Okupa Timothy Leary”, Habitação e Anarquismo”, “Feira Anticonsumo 2011”, Anonymous e Anarquia”, etc.
      Para baixar a publicação em ficheiro PDF segue a seguinte ligação:
      http://anarkio.net/index.php/publi/11-jns/100-a-info-02-novembro


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O Novembro Negro da Terra Livre

      Hoje é dia de filme no âmbito da programação dos eventos do “Novembro Negro” da Terra Viva.

      Como já aqui anunciado, recordo-te que os eventos decorrerão até ao próximo dia 25 de novembro.
      Todas as atividades decorrerão na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (Brasil), no campus Butantã (pegar qualquer ônibus para a USP e descer no 1º ponto da Cidade Universitária).
      Hoje o filme terá início às 18:00 horas, no Centro Académico Professor Paulo Freire e intitula-se: “Patagónia Rebelde”, um filme argentino de 1974.
      A trama começa quando frente a uma situação económica, as sociedades trabalhadoras de Puerto San Julián e Rio Gallegos, afiliadas à chamada "FORA comunista", dominada pelos anarcossindicalistas para distingui-la da "FORA do 9º Congresso", dominada pelos sindicalistas revolucionários, começam uma campanha de sindicalização de peões, esquiladores e outros assalariados, mas a resposta dos estancieros foi extremadamente dura: despedidos, violência, ameaças e a simples elaboração de petições por parte dos peões podia dar lugar a represálias. É esta conduta de intensificação do conflito que traria a rebelião dos trabalhadores contra os patrões e as instituições estatais.
      Mais info no sítio da Biblioteca Terra Livre com ligação permanente na coluna dos “Sítios a Visitar”.


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Casa Viva 12NOV

      Mais um extraordinário cartaz para o próximo Sábado (12 de novembro) na Casa Viva a partir das 17:00 horas.

      A entrada é livre.
      Atuam:
      1- “Artigo 19” www.myspace.com/artigo19
      2- “Steven Seagal”
      3- “The Skrotes” www.myspace.com/skrotespt  
      4- “Destruction Eve” www.myspace.com/destructioneve  
      5- “Knives Out” www.myspace.com/knivesoutptca
      A Casa Viva está no Porto (Portugal), na Praça do Marquês, nº. 167.
      Mais info nas ligações permanentes à “Casa Viva” e “Rádio Casa Viva “ que encontras na coluna aqui ao lado dos “Sítios a Visitar”.