terça-feira, 12 de abril de 2011

Concentrações na Galiza

      É já para amanhã, dia 13 de abril, que estão convocadas duas concentrações contra a aprovação da reacionária lei de família pelo parlamento galego.

      As mobilizações serão nas cidades de Vigo (convocada pela Plataforma de Organizaçons Feministas) e em Compostela (convocada pela Rede Feminista Galega). A primeira será às 20 horas em frente do MARCO e a segunda, às 20:30 horas na praça do Toural (hora local da Galiza, Espanha).
      A contestada Lei da Família, sinteticamente, pressupõe mais um ataque patriarcal à independência das mulheres e às suas condições de vida. Esta lei contém dois grandes blocos temáticos, disfarçados de “medidas de apoio à família” e outro dedicado à infância e adolescência.
      A dita lei aporta uma visão de família como uma unidade homogénea dividida em duas partes: progenitores e descendência, contendo toda uma panóplia de declarações ideológicas como quando afirma que na Galiza existe um "apreço arraigado às suas tradiçons e valores familiares mas que estamos assistindo a umha crise do modelo tradicional de família".
      Está claro que o modelo ao qual faz referência esta lei como desejável é o modelo tradicional, ou seja, a família nuclear heterossexual, com ampla descendência e apegada aos valores tradicionais que a própria lei define como positivos. Estes valores tradicionais aos que faz referência são, ainda que não o explicitem, a autoridade do homem, o pater famílias, sobre a mulher e as crianças sob o princípio da obediência, e os papéis de género tradicionalmente apreendidos para mulheres e homens; pois são os únicos valores tradicionais que existem de forma maioritária na nossa sociedade nos dias de hoje.
      Em toda a lei nega-se a denominação de família a qualquer outro modelo de convivência que não seja a heterossexual, empregando constantemente a dicotomia entre a instituição familiar e o que denominam eufemísticamente como "grupos de convivência" ou "núcleos de convivência".
      Se quiseres saber mais sobre este assunto vai à “Rede Feminista Galega” que fica no sítio que a seguir se indica: http://redefeministagalega.blogaliza.org e/ou também na ligação permanente na coluna dos “Sítios a Visitar” com a designação de “Feminismos Gz”.

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