segunda-feira, 30 de abril de 2012

Grupo de Iniciativas Informativas Diárias

      Este artigo que lês está publicado numa das várias iniciativas informativas que compõem o Grupo Info-Dia, um grupo dedicado à informação alternativa, global, não massificada, gratuita e diária.
      Esta iniciativa divulgativa nasceu em Janeiro de 2007 (há 5 anos), inicialmente sob a forma de mensagens curtas (SMS) para um determinado grupo restrito de beneficiários, tendo, ao longo do tempo saltado para um blogue e outro e outro e mais outro, contando hoje com assíduas visitas diárias, em todas as plataformas, vindas de todo o planeta onde haja um falante de Língua Portuguesa, tendo ainda leitores assíduos de falantes da Língua Castelhana (Espanhol).
      Todos os dias são publicados novos artigos em mais do que um blogue e noutras plataformas, como redes sociais, de forma a alcançar um maior número de leitores e poder assim transmitir conhecimento que não está disponível nos normalizados e embrutecedores meios de comunicação social.
      Os artigos não são publicados de forma massiva, isto é, não são publicados em quantidade nem pretendem alcançar o grande público consumidor de estereótipos e estereóestúpidos.
      Todos os dias são selecionados os melhores acontecimentos, as notícias menos divulgadas, aqueles factos que deveras interessam e podem aportar algo mais ao nosso conhecimento geral do Mundo e de nós próprios, enquanto seres divinos que somos e todo-poderosos.
      O Mundo, a Vida e a Liberdade podem ser melhores do que isto. Esforça-te para o conseguires, cada segundo, cada vez que respires. Liberta-te a ti mesmo pelo conhecimento, não acreditando nas mentiras das religiões, dos poderes, dos Estados...
      A sabedoria é o único poder maior. Aprende, para saberes mais do que eles. O conhecimento é a tua arma de guerra mais poderosa e destruidora. Usa-a, ataca, mata, destrói.
      A seguir estão os endereços de todos os sítios do grupo até ao presente:

      1 – INFO-DIA:
      http://info-dia.blog.pt
      (informação diária diversificada no Blog.pt)

      2 – INFODIASMS:
      http://infodiasms.blogspot.com
      (informação diária diversificada no BlogSpot)

      3 – SABEMAIS:
      http://sabemais.wordpress.com
      (informação diária diversificada no Wordpress)

      4 – TWITTER:
      http://twitter.com/sabemais
      (informação diária breve no Twitter)

      5 – FACEBOOK:
      http://www.facebook.com [InfoDia Sms]
      (informação diária diversificada no Facebook)

      6 – ANARQUINFO: (este blogue)
      http://anarquinfo.blogspot.com
      (informação diária específica do mundo anarquista)

      7 – BLAVING (Voz):
      http://pt.blaving.com/infodia
      (a informação em voz para ouvir)

      8 – GOOGLE+:
      https://plus.google.com [Info Dia]
      (informação diária diversificada no Google+)

      9 – ORKUT:
      http://www.orkut.com [Info Dia]
      (informação diária diversificada no Orkut)

   10 – DIASPORA:
      http://diasp.eu [Info Dia]
      (rede social alternativa ao Facebook)
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    11 – SMS:
      (mensagens para os telefones dos operadores portugueses)
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domingo, 29 de abril de 2012

Como Me Tornei Anarquista

      «Só recentemente me tornei anarquista. Não o era até metade de 1891, altura em que me lancei no movimento revolucionário. Antes, vivi nos meios sociais que estavam permeados com a moralidade vigente. Habituei-me a respeitar e mesmo partilhar dos princípios de nação, família, autoridade e propriedade. Mas aqueles que estão educando a geração atual, quase todos se esqueceram de uma coisa: que a vida é indiscreta com suas lutas e conflitos, suas injustiças e desigualdades, vejo que é assim que a venda é removida dos olhos do ignorante (...) A mim, foi-me dito que essa vida era fácil e amplamente aberta às pessoas inteligentes mas a experiência mostrou-me que só os cínicos e os lacaios podem conseguir um bom assento no banquete.»
      Émile Henry (1872-1894)
      Morreu guilhotinado, às 04:14 horas da madrugada, em Paris, com 22 anos de idade.
      Apesar da sua curta vida e breve participação no movimento anarquista, as suas ações causaram grande aflição às elites governamentais da sua época.
      A sua última ação (que lhe custaria a vida) foi o atentado bombista contra os frequentadores do luxuoso Café Terminus, em Paris, frequentado na época pela elite francesa e considerado um símbolo da arrogância e do esbanjamento da burguesia.
      O objetivo do atentado era matar o maior número possível de frequentadores mas o saldo cifrou-se em tão-só 1 morto e 20 feridos.
      Durante o julgamento Émile manteve sempre uma postura desafiante e provocatória, citam-se inúmeras passagens como esta: quando perguntado pelo motivo do ato contra pessoas inocentes, ele respondeu alegando que não havia lá nenhum inocente, porque não há burguesia inocente.

sábado, 28 de abril de 2012

Festival de Cinema


      Nos próximos dias 16 a 19 de maio de 2012, decorrerá o 2º Festival de Cinema Anarquista de Barcelona, nesta cidade de Espanha.
      A programação do evento está praticamente fechada mas ainda há tempo para um filme, curta ou documentário, que possuas e queiras ver projetado no Festival. Se for o caso, envia uma sinopse do filme, indicando a duração e formato (VHS, DVD etc.) para: cineanarquistabcn@gmail.com.
      O filme terá necessariamente que abordar os anarquistas e o anarquismo, ou, pelo menos ter inspiração libertária ou que se debruce sobre lutas antiautoritárias, etc.
      Mais info na ligação permanente “Festival Cinema Barcelona” na coluna dos “Sítios a Visitar”.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Encontro Estudantes Libertários


      O Primeiro Encontro foi no passado dia 12-02-2012.
      O Segundo Encontro começa hoje e vai até ao próximo dia primeiro de maio.
      Este 2º Encontro de Estudantes Libertários, decorrerá Universidade de São Paulo (USP), campus Butantã, em São Paulo (Brasil).
      O Encontro terá como tema central: "Organização Libertária para o Movimento Estudantil".
      O evento contará com uma vasta programação, desde discussões sobre diversos assuntos, oficinas, teatro, exibições de filmes, etc.
      Mais info na ligação permanente “Encontro Estudantes” na coluna dos “Sítios a Visitar”.


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Ocupa, Desocupa, Ocupa

      O Espaço-projeto “Es.Col.A” (Espaço Coletivo Autogestionado), no Porto, que havia sido ocupado há cerca de um ano, foi desocupado há cerca de uma semana (no passado dia 19) e eis que ontem, dia 25 de abril, voltou a ser ocupado.
      Cerca das 17:45 horas, centenas de pessoas rumaram à escola do Alto da Fontinha. Eram centenas de pessoas solidárias com o movimento Es.Col.A, a maioria a fazer uma ocupação pela primeira vez, e ultrapassaram as barreiras impostas pela polícia, cortaram os cadeados e reentraram nas instalações, gritando bem alto: «a Escola é nossa!»
      Para além dos ativistas ocupantes, as centenas de populares que participavam nas comemorações da Revolução do 25 de abril, não hesitaram em mostrarem-se solidários e ocupar a escola, seguindo os ativistas da Es.Col.A.
      Os ocupantes e cidadãos depois de quebrar os cadeados que impediam a entrada, retiraram as placas de metal que impediam o acesso ao espaço e hastearam uma bandeira preta. Entretanto, os populares, já dentro, no pátio, cantam, dançam e batem com testos de panelas.
      Esta reocupação do estabelecimento de ensino neste dia 25 de abril foi uma das medidas decididas num plenário realizado logo no dia seguinte ao do despejo.
      «A resistência não é um objetivo em si, é um meio para conseguir manter o projeto Es.Col.A. O importante é que a resistência foi necessária para garantir um espaço para servir a comunidade e as pessoas de fora», disse Johan Diels, um belga que emigrou para Portugal e participa no projeto do Es.Col.A desde o início da primeira ocupação, há 1 ano, e disse ainda que «Temos provavelmente de alterar o modelo de resistência para conseguirmos dar continuidade ao projeto Es.Col.A». Afirmou ainda que a quantidade de pessoas que compareceram excedeu todas as expetativas: «Acho que alguns dos elementos da organização ficaram assustados de forma positiva com esta gente que apareceu hoje».
      Mais info na ligação permanente da “Es.Col.A” na coluna dos “Sítios a Visitar”.




















quarta-feira, 25 de abril de 2012

A Revolução Pendente

      A última revolução ocorrida em Portugal, foi a Revolução do 25 de abril de 1974, também conhecida como a Revolução dos Cravos, sendo uma original e calma revolução levada a cabo por um grupo de militares que, num só dia, sem resistência de relevo, derrubaram 50 anos de ditadura, trazendo a liberdade para o povo português e para os povos dos países africanos e asiáticos que na altura eram colónias portuguesas.
      O 25 de abril é também chamado de Dia da Liberdade, por ter libertado o povo do peso do regime autoritário fascista.
      A revolução tem início com a passagem de duas canções em duas emissoras de rádio, canções essas que constituíam o sinal para o início das operações.
      Rapidamente os militares revoltosos obtiveram a adesão do povo que espontaneamente saiu à rua apoiando o golpe de estado e comemorando até a libertação, antes mesmo dela estar concluída, chegando mesmo a estorvar os militares que pontualmente tiveram que pedir à população entusiasta que se afastasse para os deixar concluir a revolução.
      Apesar das várias versões para a origem dos cravos na revolução, certo é que, espontaneamente, surgiram cravos na população e nos militares, que os colocaram nos canos das espingardas e nas lapelas dos casacos, assim colorindo de vermelho a revolução sem sangue.
      Este momento de viragem em Portugal pretendia levar ao Povo o poder de decidir sobre a sua vida e bem-estar. Hoje verificamos que tal pretensão ainda não se mostra alcançada, bem pelo contrário, o povo continua a sofrer as decisões especulativas de alguns.
      Comemoremos pois e tão-só o fim daquela ditadura de então mas não a liberdade e o poder do Povo, pois isto ainda não foi alcançado e urge alcançar.
      Hoje é urgente completar a revolução que, naquele abril se iniciou e se encontra pendente de conclusão.
      Recordemos o momento não como algo finito e arrumado nos compêndios de História, mas como um momento inicial que carece de rápida conclusão.
      A Revolução de abril de 1974 ainda não está concluída. O Povo português ainda sofre e, porventura, ainda sofre mais do que sofria com Salazar, assim o dizem muitos por aí.
      Vê o vídeo de reportagem televisiva da revolução em direto nas ruas de Lisboa. O cerco ao Quartel do Carmo.

      O vídeo abaixo tem a canção hino da Revolução, a Grândola Vila Morena, de Zeca Afonso.

      O vídeo abaixo tem o próprio Zeca Afonso cantando “A Morte Saiu à Rua”.

      O vídeo abaixo tem o próprio Zeca Afonso cantando “Os Vampiros”.

      No vídeo abaixo Zeca Afonso canta “Venham mais Cinco”.

      No vídeo abaixo visualizamos curtas entrevistas a Zeca Afonso, Maria de Medeiros, galegos diversos, Otelo Saraiva de Carvalho e, por fim, Vitorino que canta a canção do Zeca: “Traz Outro Amigo Também”, canção que esteve para ser a escolhida como sinal de arranque das tropas em vez da “Grândola”

terça-feira, 24 de abril de 2012

Reunião Especial da Europol

      Desde 2002, a Europol (Serviço Europeu de Polícia), tem seguido os passos de eco-anarquistas e de ativistas da ALF (Frente de Libertação Animal).
      Recentemente, esta agência policial organizou uma conferência com a presença de serviços secretos europeus, exigindo mais recursos para a luta contra o terrorismo libertário: antirracismo, libertação animal e ambiental, antinuclear… O pedido partiu da secção italiana da Europol que quer encontrar os remetentes das cartas-bomba enviadas pela FAI (Federação Anarquista Informal) a diversas entidades europeias nos últimos anos.
      A reunião está marcada para amanhã, dia 25 de abril, num lugar não divulgado, provavelmente na sede da Europol, em Haia, na Holanda, com o objetivo de encontrar formas mais eficientes de lutar contra as redes transnacionais anarquistas europeias e uma maior cooperação internacional entre as agências de inteligência e segurança do continente.
      Além dos insurgentes gregos, três grupos, em especial, estão na mira das autoridades: a FAI (de acordo com a Europol, o maior grupo da rede estaria em Itália), a rede No Border (Sem Fronteiras) e os adversários da construção de uma linha de comboios de alta velocidade entre Lyon e Turim no Vale de Susa (norte da Itália).
      Mais info em: https://www.europol.europa.eu/

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O Massacre de Carandiru


      No dia 2 de outubro de 1992, cerca de 111 homens foram executados pela Polícia Militar, naquele que ficou conhecido como o “Massacre de Carandiru”.
      Passados 20 anos, nenhuma autoridade foi responsabilizada. A População prisional continua crescendo. O sistema carcerário segue degradando-se e continua superlotado. A violência policial ainda está presente no nosso quotidiano.
      O seminário: “20 anos do Massacre do Carandiru: Memória e Presença”, pretende reunir académicos e militantes não só para resgatar a memória do massacre mas também para problematizar as políticas de extermínio e de encarceramento em massa que ainda hoje marcam as ações do poder público.
      O seminário decorrerá entre as 09H00 e as 17H30 do próximo dia 25 de abril de 2012, no auditório “Direito GV”, na Rua Rocha, nº. 233, em São Paulo – SP.

domingo, 22 de abril de 2012

Da Democracia

      «É a democracia, tal como a conhecemos, a melhor possibilidade em matéria de governo?
      Não é possível dar um passo mais em direção ao reconhecimento e à organização dos direitos do homem?
      Nunca poderá haver um Estado realmente livre e iluminado até que não se reconheça o indivíduo como poder superior independente, de quem deriva e a quem lhe cabe a sua própria autoridade, e, em consequência, lhe dê o tratamento correspondente.»
      Henry David Thoreau (1817-1862)
      Autor estadunidense, poeta, naturalista, ativista anti-impostos, crítico da ideia de desenvolvimento, pesquisador, historiador, filósofo, e transcendentalista. Mais conhecido pelo livro “Walden”, uma reflexão sobre a vida simples cercada pela natureza, e pelo ensaio “Desobediência Civil”, uma defesa da desobediência civil individual como forma de oposição legítima frente a um Estado injusto.

sábado, 21 de abril de 2012

A Injustiça dos Símios

      A revolta perante uma desigualdade é sentida por alguns primatas tal e qual se passa connosco, parentes próximos na longa e complexa árvore genealógica da evolução.
      A descoberta foi feita por Frans de Waal, famoso primatólogo holandês que dirige o Laboratório Yerkes de Investigação de Primatas de Atlanta (EUA). Quando expostos a uma situação evidente de injustiça, os Cebus, macacos que povoam a América Central e a América do Sul, deixam de realizar a atividade em que estão envolvidos.
      As experiências neste sentido são várias. Numa delas, de Waal reuniu um grupo de Cebus e ensinou-lhes uma tarefa simples: os macacos deviam recolher pedras e pô-las nas mãos dos investigadores que os acompanhavam em laboratório. A tarefa dos símios era recompensada com um pepino. O prémio era para todos, e o seu tamanho o mesmo, sem diferenças assinaláveis.
      Enquanto o sistema durou – e aqui vem a lição para os congéneres humanos – a “produtividade” foi garantida, com 90% destes “operários” a realizarem as tarefas em paz social.
      O problema começou quando se decidiu diferenciar os salários para a mesma tarefa. Em vez do habitual pepino, a equipa de Waal decidiu premiar alguns dos macacos com um cacho de uvas. Entre os Cebus, isto equivale a um aumento e a razão é óbvia: as uvas são doces, os pepinos quase insípidos.
      O resultado da medida foi óbvio: os “conflitos sociais” surgiram, com a desmotivação e o abandono gradual da tarefa daqueles que continuaram a ser agraciados com pepinos. Pior: esse abandono correspondia à união dos que tinham ficado de fora do aumento salarial.
      Onde é que já vimos isto? Ao longo de toda a história humana e hoje um pouco por todo o Mundo. Os cidadãos sentem-se indignados com os privilégios de uma elite, sentindo o que estes macacos sentem perante uma discriminação injusta. A injustiça nada tem a ver com fórmulas económico-governativas, instigação sindical, etc. Injustiça é injustiça, sem mais e tão simples, e isto parece estar inscrito nas profundezas do nosso mais arcaico ADN.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Pussy Riot


      Três alegados membros da banda feministas punk Pussy Riot: Maria Alekhina, Nadezhda Tolokonnikova e Ekaterina Samucevich, foram acusadas de “holiganismo” enfrentando penas de 7 anos de prisão, por terem participado numa ação de reivindicação de direitos e protesto contra a Igreja Ortodoxa Russa e seu apoio ao presidente russo Vladimir Putin.
      A ação desenvolveu-se na principal catedral moscovita, tendo o grupo efetuado uma “performance” e entoado uma canção de protesto. O protesto das Pussy Riot durou poucos minutos, causou poucos transtornos e não causou danos no templo.
      As manifestações de solidariedade têm vindo a acontecer um pouco por todo o lado, como as do grupo de libertárias que realizou um protesto em frente da Embaixada da Rússia em Berlim, em solidariedade e pela libertação das três integrantes da banda (vê o vídeo abaixo).
      Vídeo da ação em Berlim:
      Mais info em: http://www.freepussyriot.org 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Despejo do Projeto Es.Col.A


      Pelas 10 horas da manhã de hoje, teve início uma intervenção musculada e de grande força policial, sob ordem da Câmara Municipal do Porto e, pese embora a oposição possível, venceu a força, sendo completamente despejado o edifício da escola onde funcionava o projeto Es.Col.A.
      Agentes encapuçados entraram no Es.Col.A, rebentando o gradeamento. Vários outros agentes e 10 carrinhas da força de intervenção e outros tantos carros policiais bloquearam o acesso ao bairro.
      Ainda no exterior foram detidos dois apoiantes do projeto e, posteriormente, um terceiro. Entretanto, os ocupantes do edifício foram levados para o exterior pelas forças policiais, juntando-se às dezenas de pessoas que ali se concentravam. Juntos, num “sitting” de resistência não violenta, tentaram impedir a saída das carrinhas policiais. O momento gerou bastante confusão, com registos de violência por parte das forças de intervenção. As carrinhas acabaram por passar, mantendo-se um cordão policial a bloquear o bairro.
      Entretanto, as cerca de 150 pessoas presentes estiveram reunidas no Largo da Fontinha. A Assembleia improvisada decidiu rumar até à esquadra de polícia do Heroísmo, em solidariedade com os três detidos que ali se encontravam, e que, entretanto, foram deslocados para outra esquadra, a da Bela Vista.
      O pessoal partiu depois até às traseiras da Câmara Municipal do Porto mas o edifício camarário encontra-se gradeado e "protegido" por um cordão de agentes policiais.
      Alegadamente, por razões de segurança, uma vez que um dos apoiantes foi detido pela polícia após se regar com gasolina, a Polícia chamou os bombeiros para "limparem" o local. Os manifestantes rumaram para a frente do edifício da Câmara Municipal.
      Depois do despejo, o recheio do EsColA foi destruído e o edifício emparedado.
      Mais info na ligação permanente da “Es.Col.A” na coluna dos “Sítios a Visitar”.






quarta-feira, 18 de abril de 2012

Não Pagamos

      Decorre no próximo dia 21 de abril o primeiro encontro do movimento “Não Pagamos”. O Encontro decorrerá a partir das 15 horas, no Terreiro do Paço, em Lisboa.
      O movimento apresenta-se assim:
      O Movimento Não Pagamos! é um movimento cívico que resultou do debate de ideias de um grupo de jovens, que decidiu juntar-se e fundar este movimento por entender que é necessário haver uma voz que defenda o não pagamento da dívida pública, recusando qualquer reestruturação ou renegociação da mesma.
      O Movimento Não Pagamos! considera que esta dívida é Injusta, Imoral e Ilegal, uma vez que foi contraída sem aprovação e conhecimento do Povo português, prejudicando as gerações presentes e futuras. Só o não pagamento da dívida permitirá que Portugal restaure a sua autonomia e o seu caminho de Independência.
      O Movimento Não Pagamos! entende que a questão da dívida é o ponto fulcral da situação socioeconómica atual em Portugal, uma vez que é a "desculpa" utilizada para aplicar todas as medidas de austeridade que deixam os portugueses cada vez mais pobres. Contudo, permanecem questões por responder: quanto devemos? a quem devemos? quem tomou as decisões que criaram a dívida? que aconteceu ao dinheiro dos nossos impostos? o que está a ser feito com o dinheiro que estamos a pedir emprestado?
      Com o intuito de fugir às questões mais pertinentes, aos portugueses são impostas algumas ideias todos os dias das mais variadas formas: que andaram a viver acima das suas possibilidades; de que o pagamento da dívida é inevitável; a dívida é de todos; ou que o seu incumprimento trará algo de catastrófico. Este movimento entende que estes preconceitos têm de ser combatidos, pois todos os caminhos que não recusem o pagamento da dívida, esses sim, são catastróficos.
      A dívida tem de ser paga por quem a contraiu! E não foi o povo português!
      O Movimento Não Pagamos! recusa a politica do medo, da resignação e da indiferença, pois foi essa atitude que nos colocou na situação atual. São necessárias alternativas de luta, com objetivos claros, de resposta à crise provocada pelas medidas autoritárias tomadas pelos sucessivos governos e classe politica fantoche que defende os seus próprios interesses e não o interesse do Povo. A resposta aos ataques violentos de que temos sido alvo deve ser vigorosa e corajosa, e ao lado de todos aqueles que se identificam com os objetivos do Movimento Não Pagamos!
      Síntese dos objetivos do Movimento:
      - Defender o não pagamento da divida;
      - Lutar ativamente contra um ciclo vicioso de austeridade/subdesenvolvimento e todas as medidas que são impostas aos portugueses em nome de uma dívida que não é nossa;
      - Esclarecer os portugueses sobre a verdadeira natureza da dívida, e todas as medidas que os estão a empobrecer;
      - Apelar aos portugueses à união em torno da rejeição da dívida, da luta contra as medidas de austeridade, em nome de uma verdadeira Democracia;
      - Apoiar todos os que estão sofrer direta ou indiretamente com a austeridade imposta;
      - Combater as desigualdades sociais;
      - Promover soluções alternativas para o desenvolvimento do país.»
      Mais info na página do movimento cuja ligação permanente está na coluna dos “Sítios a Visitar” sob a designação de “Movimento Não Pagamos”.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Feira do Livro de Zagreb


      Nos passados dias 31 de março e 01 de abril, decorreu em Zagreb (Croácia) a 8ª Feira do Livro Anarquista daquela cidade.
      Do acontecimento relata-se ter sido um bom espaço de encontro de muitas pessoas ativas na região, tal como já aconteceu nos anos anteriores e com alguns debates interessantes e troca de material.
      A Feira contou ainda com a presença de diversas iniciativas, como a da Active Distribution, da editora Sto Citas, e outras vindas de Londres, Sérvia, Estónia, República Checa e Alemanha.
      O relato:
      «No primeiro dia foram realizados debates sobre iniciativas locais e temas históricos, e podemos relaxar no jardim, enquanto que os cartazes que difundiam a Feira eram visíveis em muitas das livrarias da cidade.
      Como todos os anos, as atividades do segundo dia não se realizaram somente em ambientes fechados, pois a Feira mudou-se para o Parque Central da cidade. No mesmo dia houve um protesto no marco das manifestações do dia europeu de ações contra o capitalismo, o 31M, que começou na Universidade de Zagreb e terminou no Parque Central onde havia sido montada a Feira.
      No terceiro dia, um ativista oriundo da Rússia fez uma apresentação sobre a situação atual geral na Rússia: a luta antifascista e as iniciativas anarquistas e, em seguida, o debate centrou-se na situação jurídica, o “departamento contra o extremismo”, a postura que tomam, em geral, as pessoas na Rússia perante a violência Nazi e os tipos de apoio que têm os neonazis por parte da sociedade.
      A Feira foi uma boa oportunidade para entrar em contacto com os anarquistas da região, e passamos um grande momento em Zagreb, na esperança de voltar no próximo ano».
      Mais info em: http://www.ask-zagreb.org/


segunda-feira, 16 de abril de 2012

espaço Compasso


      O Espaço Compasso acabou de mudar o tema das quartas-feiras. Agora acabou o “Sexo” e começa o novo tema “Ecologia”.
      Assim, as próximas quartas-feiras dos próximos meses serão dedicados à Ecologia. A par do Curso de Design de Permacultura, que vai decorrer nos próximos 3 meses, serão abordados temas que vão desde a ecoconstrução, dicas para diminuir a pegada ecológica, novos agricultores, sementes livres, cosmética biológica, o poder curativo das plantas, etc, etc.
      Serão serões de debate, mostra de filmes, conversas e “workshops” relacionados a Ecologia e a Permacultura.
      A “Ecologia às 4ªs” tem o apoio do “Cibio-Div” (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos).
      A entrada é livre.
      Começam às 21h30 e haverá “snacks”, sopa e tapas para aconchegar o estômago e, como sempre o copo de vinho ou xiboquinha para acompanhar.
      O espaço Compasso fica no Porto (Portugal) na Rua da Torrinha, nº. 111 e tem ligação permanente ao seu sítio na Internet na coluna dos “Sítios a Visitar”.

domingo, 15 de abril de 2012

As Escolhas Difíceis

      «Adotámos sub-repticiamente um vocabulário “ético” enganador para reforçar os nossos argumentos económicos, concedendo-nos uma aurazinha de satisfação pessoal a partir de cálculos grosseiramente utilitários.
      Ao impor cortes na segurança social dos pobres, por exemplo, os legisladores, tanto no Reino Unido como nos EUA, sentiram um orgulho singular pelas “escolhas difíceis” que haviam tido de fazer.
      Os pobres votam em número muito menor do que todos os outros. Não há por isso grande risco político em penalizá-los: qual é a “dificuldade” dessas escolhas?
      Hoje em dia ficamos orgulhosos ao ser suficientemente duros para infligir dor nos outros. Se ainda vigorasse um costume mais antigo, pelo qual ser duro consistia em suportar a dor, e não em impô-la, talvez devêssemos pensar duas vezes antes de preferir com tanta insensibilidade a eficiência à compaixão.»
      Tony Judt
      (Londres, 02-01-1948 - Nova Iorque, 06-08-2010)
      Historiador, escritor e professor universitário britânico, tendo nos últimos anos lecionado na Universidade de Nova Iorque, na cadeira de Estudos Europeus. Em 2006 foi finalista do Prémio Pulitzer com o livro "Pós-Guerra", uma análise na Europa de meados da década de 1940 até os primeiros anos do novo milénio.
      Em março de 2008, foi-lhe diagnosticado esclerose lateral amiotrófica. Em outubro de 2009, em consequência das complicações de sua doença, perdeu os movimentos do pescoço para baixo. Veio a falecer em menos de um ano.
      Entre outras, as suas principais obras são:
      - Um Tratado Sobre Os Nossos Atuais Descontentamentos
      - Reflexões sobre um Século Esquecido: 1901-2000
      - Passado Imperfeito
      - Pós-Guerra, Uma História da Europa desde 1945

sábado, 14 de abril de 2012

Manif M31 - Frankfurt

      No passado dia 31 de março, milhares de pessoas realizaram em Frankfurt (capital económica da Alemanha), uma manifestação contra o capitalismo, inserida na Jornada de Ação Europeia Contra o Capitalismo (M31).
      Durante o ato os manifestantes lançaram fogos de artifício, pedras e garrafas contra a polícia que os acossavam, atirando ainda bombas de tinta, quebraram vidros de lojas e escritórios. Foi ainda atacado um hotel de luxo e o Banco Central Europeu.
      Houve sérios confrontos com a polícia e dezenas de pessoas ficaram feridas, manifestantes e polícia, sendo apenas um com gravidade. Cerca de 465 pessoas foram detidas. Os organizadores do M31 denunciaram a violência policial e as detenções massivas.
      Vê fotos nas seguintes ligações:
http://www.flickr.com/photos/agfreiburg/sets/72157629357400050/
      Vê vídeos nas seguintes ligações:
http://www.youtube.com/watch?v=QdxcG9QRZnE

sexta-feira, 13 de abril de 2012

El Surco do Chile


      No Chile (em Santiago) é publicado um jornal mensal anarquista que já vai na sua edição número 34. Chama-se “El Surco” e a sua última edição, deste mês de abril/2012, podes descarregá-la no seguinte endereço:
      Neste número destacam-se os seguintes artigos:
      - Editorial: ¿Qué no toleramos? (a propósito de los “otros”)
      - “Mi rol es generar preguntas, no dar respuestas”. Entrevista al documentalista Pierre Carles
      - La práctica anarquista. Reflexiones dispersas sobre limitaciones y posibilidades.
      - Sobre ciertos ritos (a propósito de semana santa)
      - Siluetas de agitadores: Osvaldo Solís y el anarquismo en Osorno.
      - Documento histórico: Recuerdos (inéditos) de Julio Valiente, 1960. La propaganda anarquista en la Pampa salitrera
      - Ciudad y sobreexposición
      - La Galle, a un paso de las salidas transitorias
      - Reseñas: Walden, o la vida en los bosques, de Thoreau (Libro) yVientos de Agua  de Juan José Campanella (Serie)
      - Breves, poemas, imágenes y algo más
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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Campanha Anti Gay em Londres

      Uma campanha publicitária anti-homossexualidade estava prestes a ser colocada nos autocarros londrinos com as provocadoras palavras de ordem: “Não sou gay! Sou ex-gay, pós-gay e orgulho-me disso. Ultrapassem isso!”.
      Os autores são dois grupos conservadores anglicanos (cujos endereços na Internet estão na imagem abaixo) que pretendiam promover a ideia de que os homossexuais podem ser convertidos à heterossexualidade.
      Poucos dias antes de os posters começarem a ser afixados nos autocarros da capital britânica, o presidente da câmara londrina proibiu a sua divulgação depois de políticos e ativistas da comunidade “gay” terem chamado à atenção para a temática.
      Os grupos religiosos anglicanos são o “Anglican Mainstream” e a fundação “Core Issues Trust”, cujo líder, Mike Davidson, acredita que o “comportamento homoerótico é pecado”, sendo os fundos de caridade da fundação usados em «terapias de reparação» para cristãos homossexuais, para que possam «desenvolver o seu potencial heterossexual».
      O presidente do município de Londres explicou, por fim, que «Londres é uma das cidades mais tolerantes do mundo e a que menos tolera a intolerância», razão pela qual considera ofensiva a sugestão de que «ser gay é uma doença da qual uma pessoa pode recuperar». Esta postura do presidente só foi tomada após a polémica, não só dos ativistas mas, essencialmente, do concorrente político nas eleições locais, o qual afirmou que o presidente nunca deveria ter autorizado tal campanha, desde o momento inicial em que a apresentaram no gabinete dos Transportes de Londres, que é presidido pelo próprio presidente do município e não, tão-só, agora, após a polémica e o medo eleitoral.
      A campanha renderia cerca de 10 mil libras (mais de 12 mil euros) pela circulação dos referidos anúncios em cerca de 20 autocarros da capital britânica.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Encontro Internacional Anarquista


      Decorrerá este ano, de 8 a 12 de agosto de 2012, um encontro, ou melhor, um reencontro internacional de anarquistas, na cidade suiça de St. Imier, nas montanhas do Jura suíço.
      Este encontro internacional terá várias vertentes libertárias, dos diferentes movimentos anarquistas no mundo. Este "Mundial do Anarquismo" é também uma comemoração, relativa à primeira Internacional Antiautoritária, que foi organizada em 1872 em resposta à Internacional Marxista.
      Assim como o mundo, que mudou um pouco (pelo menos em alguns aspetos), as correntes libertárias também têm evoluído ao longo do tempo e este encontro será representativo disso. Uma coisa é certa: o tempo não diminuiu a opressão dos poderosos frente aos mais fracos.
      Esta jornada internacional apresentará distintos meios de resistência, de diversas formas.
      A Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) foi fundada em 1864. De imediato diversas secções foram criadas, como em St. Imier e no resto do Jura suíço. Muitos dos trabalhadores que aderiram eram trabalhadores em suas próprias casas. Então tinham paixão pela leitura e pela independência. Quando Bakunine vai à região em 1869, a visita é impactante. A convergência de ideias que os trabalhadores descobrem irá tornar a Federação do Jura o pólo libertário da AIT, que se opôs à ala marxista.
      Enfurecido por essa oposição, Marx fez todo o possível para eliminar esta corrente e, em 1872, ele acreditava mesmo estar conseguindo. No Congresso de Haia, Marx providenciou um grande número de delegados afectos a ele, dos quais boa parte eram representantes de secções inexistentes. Graças a essa maioria fictícia conseguiu que se votasse a exclusão permanente de Bakunine e James Guillaume (por pouco também Adhemar Schwitzguebel e todos os delegados do Jura).
      Escandalizadas, as secções de tendência antiautoritária da AIT, em especial as de Espanha, Itália, França, Bélgica e Estados Unidos, organizaram um Congresso em St. Imier, onde foram tiradas resoluções claramente libertárias. A AIT antiautoritária sobreviveria ao impacto marxista até ao final do século.
      140 anos após o Congresso de St. Imier, a exploração e a alienação dos trabalhadores são ainda brutais. A ilusão marxista foi dissipada, tendo em conta as ditaduras comunistas dela decorrentes. O capitalismo vive de crise em crise; crise social, crise política, às quais se anexa a atual crise ecológica.
      Este (re)encontro internacional, no próximo mês de agosto de 2012, será uma oportunidade para realizar um balanço histórico do movimento anarquista, suas ideias, suas realizações, suas esperanças, suas derrotas; o que resta hoje; os combates que são seus e aqueles que partilham com outros, como o antimilitarismo, antirracismo, antissexismo, autogestão, desaceleração económica, educação, feminismo, internacionalismo, a não-violência, etc.
      Estão previstas diversas atividades, como: “workshops”, palestras sobre história, conferências temáticas, teatro, concertos, exposições, filmes, feiras de livros, rádio, campismo libertário, feira autogestionária e de produtos orgânicos, oficinas, restaurações, etc.
      Este evento internacional será público e faz-se aberto a todos os movimentos anarquistas internacionais, mas também a toda a população, sem discriminação. Zonas francas e preço livre serão promovidos para permitir que cada pessoa possa participar.
      A comissão organizadora reserva-se, no entanto, o direito de impedir a entrada de algum eventual participante. As decisões serão tomadas com base nas ideias e práticas que nos são próprias e que são aquelas da Internacional Antiautoritária. A expressão e a manifestação de racismo, sexismo, xenofobia, homofobia e todas as formas de violência e discriminação não serão toleradas.
      Mais info em: http://www.anarchisme2012.ch/
      Ligação permanente na coluna dos Sítios a Visitar sob a designação de “Encontro Internacional Ago2012”.