As revoltas populares no mundo árabe contra os pesados e antigos governos despóticos não param, pois ao povo submisso um dia esgota-se-lhes a paciência e tomam a revolução nas suas mãos que, embora nuas de armas, têm um outro grande e maior poder: o poder da união; o poder do povo unido e determinado. É com essa poderosa arma de destruição maciça que destroem maciçamente governos e mudam a face dos países com ventos de liberdade, vencendo a força bruta dos poderes musculados com a polícia, os exércitos e a religião, apesar do povo simples só ter como arma a sua voz e vontade e, às vezes, uma pedra arrancada do chão.
No Iémen, o presidente Ali Abdullah Saleh acaba de afirmar que deixará a presidência daquele país, presidência que ocupa há 32 anos, devido às manifestações populares que ocorrem há 4 (quatro) meses no país.
Na Síria foi agora revogado o “estado de emergência” que vigorava no país há 48 anos. Atenção que o estado de emergência (ou estado de exceção ou estado de sítio) é um estado excecional decretado pelo governo de um país no qual as liberdades do povo ficam muito reduzidas, com legislação forte que suspende todas as garantias constitucionais dos indivíduos. O estado de emergência perdura por períodos de tempo necessariamente curtos, com vista à proteção do Estado contra alguma concreta agressão do mesmo. Na Síria parece que o Estado estava a ser agredido há 48 anos e que agora, com os protestos do povo na rua, deixou de estar. É o absurdo dos fascistas, pois seria agora que o estado de emergência deveria ser decretado, pois aqueles que o podem decretar estão em risco e estão nesse risco porque o decretaram durante 48 anos, tanto tempo durante o qual cercearam a liberdade daquele povo que tão pacientemente aguentou as bestas fascistas.
As bestas morrem, lenta ou rapidamente, mas morrem!
quinta-feira, 28 de abril de 2011
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