quinta-feira, 31 de março de 2011

Ação Bombista em Santiago do Chile

      No início deste mês, uma bomba foi detonada durante a madrugada no bairro residencial de La Reina, em Santiago do Chile, provocando danos em carros e quebrando as janelas de algumas casas.

      Algumas pessoas afirmam ter visto um homem vestido de preto, que estava numa bicicleta, deixar uma mochila entre dois carros estacionados.
      De acordo com o jornal “El Mercúrio”, o grupo anarquista “Sección Clandestina Anticarcelaria José Tarrío” (nome em homenagem ao preso anarquista morto em 2005), reivindicou a autoria da explosão, que aconteceu por volta da uma hora da manhã (hora local).
      A detonação da bomba provocou alarme entre os vizinhos, além de ter danificado a carroçaria e o pára-brisas de dois veículos e os vidros das janelas de três casas.
      Nesta ação, segundo as primeiras versões, foi utilizado um extintor de incêndio como bomba, além de pólvora negra e um sistema de ativação mecânico.
      Os agentes da polícia que chegaram ao local recolheram folhetos com símbolos anarquistas e ambientalistas. "Foram encontrados panfletos no lugar do ocorrido, mas por segurança da investigação não posso dar mais informações", alegou o capitão dos Carabineros (Polícia), Pedro Alvarez.
      Decorrem investigações, designadamente periciais aos restos do artefacto explosivo e aos folhetos encontrados no lugar, investigando-se ainda qual o motivo para que o grupo tenha elegido um setor (aquele) residencial para praticar a detonação da bomba.


quarta-feira, 30 de março de 2011

A Revista Feminina da Al Qaeda

      A organização árabe muçulmana “Al Qaeda” acaba de lançar uma revista feminina, chamada "Al-Shamikha", que se pode traduzir como "a mulher majestosa" e ao mesmo tempo que dá dicas sobre como manter a pele saudável, traz entrevistas com viúvas de "mártires" que morreram pelo Islão.
      As instruções de beleza assemelham-se às das revistas femininas ocidentais. A revista já foi mesmo apelidada de Jihad Cosmo, uma versão jihadista da Cosmopolitan ocidental: "use máscaras de mel com cuidado", "não passe a toalha com força no rosto", "vista o véu islâmico para proteger a pele do sol", pode ler-se entre os títulos. Na mesma coluna, os editores sugerem que as mulheres fiquem dentro de casa, saindo apenas em casos de extrema necessidade e com o rosto coberto para manter a "boa aparência".
      A revista incentiva ainda as leitoras a educar as crianças com o objetivo de serem futuras combatentes da “Jihad” e a casarem com seguidores das mesmas ideologias. "Através do martírio, os fiéis ganham segurança e felicidade", diz o editorial desta primeira edição.
      Estudiosos da história e cultura islâmica, como o diretor do sítio “Jihad Watch”, afirma que "É uma tentativa de tornar a cultura “jihadista” atraente e encorajar novos ataques suicidas. O que a “Al Qaeda” deseja é recrutar também mulheres para as atividades terroristas, já que elas têm mais hipótese de fugir das consequências, como escapar do escrutínio e da detenção pelas forças antiterroristas.»
      Se quiseres ver a revista segue a seguinte ligação: http://www.archive.org/stream/AlshamikhaMagazine/AlshamikhaM#page/n0/mode/2up

terça-feira, 29 de março de 2011

Ação do: "E o Povo, Pá?"

      No dia de ontem, decorreram ações em várias agências do banco BPN, em Portugal, na qual se colaram cartazes com a frase: “O vosso roubo custou 13 milhões de salários mínimos”.
      Abaixo podes ver algumas fotos e um vídeo da afixação, tudo disponível, e mais, no sítio do coletivo que se autodenomina: “E o povo, pá?” a que podes aceder na coluna dos “Sítios a Visitar”, com essa mesma designação.
      No sítio podes ainda encontrar o manifesto do coletivo, que a seguir, sintetizado, se reproduz.
      «Não importa quem somos, mas aquilo que nos junta. Somos gente farta da falta de oportunidades e cansada do discurso mentiroso que afirma que «não há outro caminho». Somos gente que defende o trabalho digno e com direitos, independentemente da idade e habilitações literárias. Somos gente que está farta de ter a vida congelada e o futuro, nosso e dos nossos filhos, adiado. Porque não nos resignamos, protestamos. Exigimos respeito e reclamamos o direito à dignidade e ao futuro.
      Vimos dizer que não nos comem por parvos. Não aceitamos o discurso que nos impõe a precariedade como forma de organização do trabalho. Desconfiamos de quem nos diz que «tem que ser assim» e «este é o único caminho» acenando com a chantagem da falta de patriotismo.
      Este país também é nosso e temos direito a cá viver e trabalhar. Exigimos pluralidade de opiniões porque sabemos que é nesse confronto que se encontram caminhos. Não aceitamos o pensamento único e sabemos que chegámos até aqui porque foram feitas escolhas: decidiram converter as pessoas em clientes e contribuintes. Nós dizemos que essas escolhas são erradas.
      Quase três anos após a falência do BPN, podemos dizer que aquilo que estamos a pagar é a fraude, a promiscuidade entre a política e a finança, a cumplicidade e a troca de favores, os “offshores”, a evasão fiscal. Enfim, estamos a pagar o preço de um crime que não cometemos.
      Quando nos dizem que o tempo é de sacrifícios, sabemos que a sua distribuição não é justa nem democrática. Quem escolhe salvar bancos para salvar amigos legitima a corrupção. Não nos falem de austeridade, falem-nos de justiça.»

segunda-feira, 28 de março de 2011

As Ruas de Londres

      Este fim de semana, no sábado, 26 de março, as ruas de Londres foram tomadas por cerca de meio milhão de pessoas em protesto contra diversos cortes no orçamento britânico até 2015, cortes que vêm na sequência dos cortes realizados nos demais países europeus e que se devem à tão badalada crise financeira.
      Os governos europeus esforçam-se por manter a saúde da moeda única e, bem assim, do sistema financeiro e dos mercados, independentemente dos prejuízos e danos colaterais que possam provocar na vida concreta das pessoas.
      Também no Reino Unido as pessoas estão descontentes com esta preocupação com os mercados financeiros e esta manifestação foi considerada a maior manifestação realizada na capital desde 2003, quando os atos contra a guerra do Iraque chegaram a reunir 1 milhão de manifestantes.
      Os manifestantes procederam de distintos locais de todo o país, por isso as forças policiais colocaram nas ruas de Londres cerca de 5 mil policias, sendo detidas durante os protestos, cerca de 200 pessoas, tendo-se verificado 66 feridos, de entre os quais 31 eram agentes da polícia, dos quais 11 tiveram de ser hospitalizados.
      A ação direta nas ruas do centro da cidade também foi de uma fúria sem precedentes. Os ativistas Anarquistas invadiram e atacaram agências de bancos e lojas de luxo, entre outros símbolos de riqueza e privilégio, lançando ainda bombas de tintas e outros objetos contra os agentes de segurança.
      Vê fotos nas seguintes ligações à Indymedia:
http://london.indymedia.org/articles/8458
http://london.indymedia.org/articles/8506
http://london.indymedia.org/articles/8482
http://london.indymedia.org/articles/8477
http://london.indymedia.org/articles/8267
http://london.indymedia.org/articles/8485
http://london.indymedia.org/articles/8488
      Vê também alguns vídeos breves:
Black Block nas ruas:
http://london.indymedia.org/videos/8425
Símbolos da decadência:
http://london.indymedia.org/videos/8509
Bancos na mira:
http://london.indymedia.org/videos/8508
Veículo da polícia atacado:
http://london.indymedia.org/videos/8523
Lojas corporativas alvejadas:
http://london.indymedia.org/videos/8507



domingo, 27 de março de 2011

A Obrigação

      «A obrigação de um cidadão é nunca se calar.»

      Günther Grass
      Intelectual e escritor alemão, actualmente com 83 anos de idade, que alternou a atividade literária com a escultura, em simultâneo participando ativamente na vida pública do seu país. Recebeu o prémio Nobel da Literatura em 1999.

sábado, 26 de março de 2011

Mais Uma Hora

      Logo à noite à 1 hora, Portugal continental e a Madeira adiantarão uma hora os relógios, o mesmo acontecendo nos Açores mas à meia-noite.

      É a hora de Verão que passou a ser decidida a nível da União Europeia, sendo obrigatória para todos os países da união, ao contrário do horário de Inverno, que continua sob a soberania dos Estados, decidindo estes se optam ou não por ela. Portugal decide qual a hora oficial que pretende ter, se é a do fuso do meridiano de Greenwich, do fuso menos um ou menos dois, mas em relação à hora de verão deixou de ser uma competência nacional e passou a ser uma decisão no âmbito da União Europeia.
      O último domingo do mês de março foi selecionado para concretizar a alteração para a hora de verão e o último domingo de outubro para passar à hora de inverno.
      Esta alteração horária é uma opção meramente política, isto é, não é uma escolha científica, não é uma decisão de carácter astronómico. A maior parte das pessoas adaptam-se com alguma facilidade a esta alteração e reajustam o relógio interno biológico, mas existe uma pequena fração que diz que sente essa mudança da hora de forma terrível.
      A hora que interessa às pessoas, a dita hora civil, é a da rotação do planeta, é a maneira como nós vemos o sol e toda a nossa vida está associada à sucessão do dia e da noite. A atividade humana está extremamente dependente desse ciclo.
      A Comissão Permanente da Hora é um organismo composto por representantes de diversas áreas e interesses, presidida pelo Observatório Astronómico de Lisboa, que zela pelo cumprimento da sequência do dia e da noite. Esta Comissão reunião por última vez há cerca de três anos, para elaborar um relatório para a Comissão Europeia sobre se a hora de Verão deveria continuar a vigorar. A resposta foi afirmativa, tanto para o Continente, como para as Ilhas.
      Esta comissão existe formalmente desde os anos 40 do passado século, mas as suas raízes remontam ao início do século XX, quando saber com exatidão a hora ganhou importância crescente na vida em sociedade e em especial nos negócios.
      No século XIX, coexistiram a hora astronómica, que começava e acabava ao meio-dia solar para acompanhar o trabalho de observação dos astrónomos, e a hora civil (meia noite).
      Atualmente há muitos interesses sociais na hora, sobretudo em atividades que dependem muito da hora solar, como a agricultura e a construção civil, para estas pessoas interessa que a hora que o relógio marca efetivamente corresponda o mais possível às horas de sol.
      Já quem joga em bolsas internacionais preferia reger-se mais perto dos relógios de Frankfurt ou de Nova Iorque, apesar do desfasamento da hora solar, tal como quem tem negócios com Espanha, que iria preferir o regresso de Portugal à hora central europeia.
      O Diretor do Observatório Astronómico disse ainda que para já não têm existido pressões para a redefinição da hora, que segue o meridiano de Greenwich (hora zero) e por isso a Comissão não teve necessidade de se reunir ultimamente.
      O Observatório Astronómico, que comemora este ano 150 anos, está à frente da Comissão Permanente da Hora para «manter a independência científica em relação à hora». A Comissão tem representantes dos ministérios, mas também de setores como comércio, indústria, agricultura, turismo e educação.
      O director do Observatório afirma que «Há que jogar entre ter uma hora matematicamente idêntica àquilo que é a posição do sol ou, por questões de vida social e económica, tentarmos aproximá-la mais do espaço europeu».

sexta-feira, 25 de março de 2011

Comida, Bombas Não!

      O coletivo “Comida, Bombas Não!” realizará amanhã sábado (26 de março) mais uma iniciativa de distribuição de comida vegetariana grátis, no Barreiro (Portugal), a partir das 12H00, no Largo 1º de Maio (Parque Catarina Eufémia), junto à estátua do Alfredo “Veggie” da Silva.

      Este coletivo apresenta-se da seguinte forma:
      «A melhor arma para combater a crise, o desemprego, a pobreza, a fome, a discriminação, a exclusão social é a solidariedade! A solidariedade não se faz com guerras, sangue, inveja, ganância, preconceito, violência, mas sim com palavras, ações, compaixão, paz, conforto, comida.
      Cozinhamos em nome da paz, porque com milhões de pessoas subalimentadas no mundo, não podemos continuar a gastar milhões a fazer a guerra.
      Combatemos a fome criando comunidade, porque num mundo repleto de terra, sol, água e engenho humano ninguém deve passar fome.
      Partilhamos comida grátis porque nenhuma imposição económica, nenhum interesse particular se deve sobrepor às necessidades de milhares de seres humanos.
      Contra a guerra, a pobreza, o desperdício e a destruição do ambiente, porque a comida não é um privilégio mas sim uma necessidade.»
      Mais info nas seguintes ligações:
 http://www.facebook.com/pages/Comida-Nao-Bombas/156817337673298?v=info
 http://foodnotbombsinportugal.blogspot.com
      Na coluna dos “Sítios a Visitar” há uma ligação permanente para este coletivo.


quinta-feira, 24 de março de 2011

A Conspiração de Chicago

      A “Subversive Action Films” (Subversivo Filmes de Ação) realizou um DVD com o documentário “A Conspiração de Chicago” no qual aborda a ditadura militar no Chile e a morte de jovens combatentes assassinados pelo regime de Pinochet como pano de fundo da história da ditadura chilena e o atual conflito social no Chile. Explora-se ainda o movimento estudantil, as povoações que se transformaram em centros de resistência armada contra a ditadura e o conflito indígena Mapuche.

      ASubversive Action Films” em parceria com a “CrimethInc.com” acabam de disponibilizar o documentário do DVD de forma gratuita “online”.
      O documentário em HD dura 94 minutos e está disponível numa versão em língua inglesa e em castelhano nas seguintes ligações:
      http://cwc.im/chicago-espanol
      http://cwc.im/chicago
      Este documentário é o resultado de três anos de realização e gravação no Chile e nas terras indígenas Mapuche del Wallmapu.
      "A Conspiração de Chicago" começa em 29 de março de 1985. Neste dia, dois jovens irmãos e militantes do MIR, Rafael e Eduardo Vergara, foram mortos a tiros pela polícia em Villa Francia, povoado politicamente ativo. Uma pesquisa recente demonstra que foram procurados pela polícia, como tantos jovens antes deles, e foram assassinados por motivos políticos. A sua comunidade, Villa Francia, respondeu criando um dia de memória e de protesto, o Dia do Jovem Combatente, dia em que se recorda todos os combatentes falecidos (já no próximo dia 29 de março).
      "A Conspiração de Chicago" é também sobre o presente. Ao longo do filme, acompanha-se o descontentamento social que existe hoje, explorando-se o legado da ditadura.
      "A Conspiração de Chicago" é também sobre os estudantes que lutam contra uma lei de educação que foi iniciada no último dia do regime militar. Mais de 700.000 estudantes se declararam em greve durante o ano de 2006, para protestar contra o sistema de ensino privatizado. A polícia reprimiu brutalmente as manifestações e ocupações estudantis.
      "A Conspiração de Chicago" aborda ainda a problemática dos bairros da periferia de Santiago. Foram originalmente ocupações de terra, e mais tarde tornaram-se centros de resistência armada contra a ditadura militar. Alguns, como Victoria e Villa Francia, continuam como áreas de confronto e descontentamento até hoje.
      "A Conspiração de Chicago" é também sobre o conflito Mapuche. O povo mapuche bravamente resistiu à ocupação espanhola, e continua a resistir contra as corporações multinacionais e o Estado chileno, que rouba a terra para plantações, minas, barragens e de produção agrícola. O governo tem usado uma lei antiterrorismo do período ditatorial para prender os comuneros Mapuche em luta.
      "A Conspiração de Chicago" é uma resposta a uma conspiração global do neoliberalismo, do militarismo e do autoritarismo.
      Mais info em “CrimethInc” e “Subversive Action Films” ambos com ligações permanentes na coluna dos "Sítios a Visitar".

quarta-feira, 23 de março de 2011

Ressurgimento Xenófobo na Alemanha

      Thilo Sarrazin é o autor do livro que já vendeu mais de 1,2 milhões de cópias na Alemanha. No livro os imigrantes muçulmanos são catalogados como «a causa de todos os problemas» – recorde-se que já antes Hitler tinha concluído o mesmo mas dos judeus.

      Aquele indivíduo foi director do “Bundesbank” e é membro do Partido Social Democrata Alemão (SPD).
      O livro é uma obra recheada de conteúdos xenófobos que já levou a que fosse rotulado como racista, sendo associado ao passado nazi do país. Relativamente às acusações, o indivíduo diz o seguinte: «Acusam-me de ser racista mas as questões que levanto são partilhadas por 60 por cento da população».
      O escrito intitula-se “A Alemanha Destrói-se” (Deutschland schafft sich ab) e nele reúne o autor diversos argumentos sustentados por números e estatísticas, onde são realçadas as dificuldades de integração dos muçulmanos e a sua excessiva dependência em ajudas sociais. Para além desses fatores vai ainda mais longe e refere umas teorias de «inteligência genética», concluindo que os maiores níveis de fertilidade dos imigrantes vão conduzir à redução do nível médio de inteligência na Alemanha e, consequentemente, à sua autodestruição, caso não se altere com urgência as políticas de imigração.


terça-feira, 22 de março de 2011

Boletim Anarco-sindicalista # 37

      Está disponível para ler e/ou descarregar o último Boletim Anarco-sindicalista, o nº. 37, correspondente aos meses de janeiro a março.

      Este boletim é editado pela Secção Portuguesa da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) e está disponível no sítio desta associação cuja ligação está disponível na coluna dos “Sítios a Visitar” sob a designação de “A.I.T. - Sec. Portuguesa” ou diretamente na seguinte ligação ao ficheiro http://www.freewebs.com/aitbas/bas/BAS_37.pdf

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dia Mundial da Poesia

      Hoje, 21 de março, é considerado o dia em que, no hemisfério norte começa a primavera, no entanto, o respetivo equinócio já aconteceu ontem. Mas neste dia comemoram-se outros acontecimentos.
      Na Jordânia, Líbano, Síria e Iémen, hoje é o Dia das Mães.
      No Brasil é hoje comemorado o Dia Nacional da Terra.
      No México é o Dia de Benito Juárez (herói histórico local).
      Na Namíbia é o seu Dia da Independência.
      Para a OMS (Organização Mundial da Saúde/ONU), hoje é o Dia Mundial do Sono.
      Para a UNICEF é o Dia Mundial da Infância. 
      Para a ONU (Organização das Nações Unidas) hoje é o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial e também o Dia Mundial da Floresta e o Dia Mundial da Árvore. 
      Para a UNESCO (ONU) hoje é o Dia Internacional da Síndrome de Down, o Dia Universal do Teatro e, por fim o Dia Mundial da Poesia. 
      De todos estes dias que hoje se comemoram, aqui vamos comemorar apenas um: O Dia Mundial da Poesia e vamos comemorá-lo com a poesia de rua pintada numa parede que a foto abaixo reproduz.

domingo, 20 de março de 2011

Um Mundo Novo

      «Vamos a heredar la tierra. No hay la menor duda sobre eso. La burguesía puede arruinar e incendiar su propio mundo antes de que finalmente concluya esta etapa de la historia. No estamos asustados por la destrucción. Nosotros quienes aramos las praderas y construimos las ciudades podemos construirlas otra vez, sino mejor la próxima vez. Llevamos un mundo nuevo, aquí en nuestros corazones. Ése mundo está creciendo en este minuto.»

      Tradução:
      «Vamos herdar a Terra. Não há a menor dúvida sobre isso. A burguesia pode arruinar e incendiar o seu próprio mundo antes que finalmente conclua esta etapa da história. Não estamos assustados pela destruição. Nós os que lavramos as terras e construímos as cidades, podemos construí-las outra vez, senão até melhor da próxima vez. Transportamos um mundo novo, aqui nos nossos corações. Esse mundo está a crescer a cada momento, neste mesmo minuto.»
      Buenaventura Durruti Domínguez
      (1896-1936)
      Operário mecânico, anarquista, sindicalista e miliciano revolucionário de destaque no movimento libertário antes e durante a Guerra Civil Espanhola. Foi morto com um tiro quando se dirigia para a frente de batalha, em circunstâncias nunca totalmente esclarecidas.

sábado, 19 de março de 2011

Primavera

      Amanhã, dia 20 de março, pelas 23:21 horas UTC (Tempo Universal Coordenado), ocorre o Equinócio da Primavera no Hemisfério Norte.
       Esta estação prolongar-se-á até ao próximo Solstício que ocorrerá no dia 21 de Junho às 17:16 horas UTC.
       Designa-se por equinócio o instante em que o Sol, no seu momento anual aparente, corta o equador celeste. A palavra de origem latina significa “noite igual ao dia”, pois nos dias de equinócio, o dia e a noite têm igual duração.
       Tem-se verificado que a cada ciclo de quatro anos os equinócios tendem a se atrasar. Isto implica que, ao longo do mesmo século, as datas dos equinócios tendem a ocorrer cada vez mais cedo. Assim, no século XXI só houve dois anos em que o equinócio de março aconteceu no dia 21 (2003 e 2007); nos demais, o equinócio tem ocorrido em 20 de março. 
      Prevê-se que, por volta do ano 2040, passe a haver anos em que o equinócio aconteça no dia 19. Esta tendência só irá terminar no fim do século, quando houver uma sequência de sete anos comuns consecutivos (2097 a 2103), em vez dos habituais três.

sexta-feira, 18 de março de 2011

140 Anos da Comuna de Paris

      Comemora-se hoje o 140º aniversário do triunfo da insurreição que deu início em Paris à primeira revolução operária da história mundial.

      A Comuna de Paris durou 72 dias. Saudando os comunardos, Marx disse que ousaram "tomar o céu de assalto".
      A primeira revolução operária da história mundial limitou-se apenas a 72 dias de duração (18 de março a 28 de maio de 1871).
      Na linha de continuidade dos intentos revolucionários de 1830 e 1848 na França, a Comuna de Paris foi, de início, uma revolta popular espontânea contra as medidas sociais antipopulares, a proibição das liberdades políticas e a dura repressão militar impostas pelo Governo de Defesa Nacional, formalmente republicano, instituído em 4 de setembro de 1870, logo após a derrubada do regime imperial de Napoleão III.
      Embora insuficientemente armado, com fome agravada pela falta de alimentos e sofrendo doenças e epidemias, os trabalhadores juntamente com a Guarda Nacional não hesitaram em defender Paris e a França contra o exército invasor da Prússia (governo de Bismarck) e combater ao mesmo tempo o governo de "traição nacional", representado pela política do chefe do executivo (Adolphe Thiers), e da Assembleia Nacional (recentemente eleita e de maioria monarquista). A tomada do governo de Paris (Hotel de Ville) pelos trabalhadores e soldados da Guarda Nacional – precedida por uma heróica insurreição popular nas ruas (18 de março de 1871) contra as tropas leais a Versalhes – representou o ato inaugural da Comuna de Paris; dez dias depois, ela será oficialmente proclamada (28 de março), com a eleição do Conselho da Comuna.
      A Comuna de Paris de 1871 continuará sendo objeto de reflexões e inspiração não apenas pelo significado de suas realizações como também pelo que representam as generosas expectativas sociais e os ideais políticos que suscitou.
      A destemida atuação política de homens e mulheres em Paris, no curto período de 72 dias, não teve precedentes na história mundial.
      Em março de 1871, pela primeira vez na história social e política, trabalhadores e setores populares – para escândalo e ódio das classes dominantes e seus ideólogos –, ousaram lançar as bases de uma sociedade mais justa, igualitária e radicalmente democrática. A curta experiência da Comuna buscou concretizar inestimáveis valores, ideais e consignas das lutas dos trabalhadores de todos os tempos: a democracia política substantiva (não formal), a fraternidade, a solidariedade, a igualdade sexual, o internacionalismo.
      As inovações da Comuna foram além do plano político; ela se concretizou no plano social e económico na medida em que alcançou a propriedade das empresas. Sob a influência dos sindicatos dos trabalhadores e dos comités da "União das mulheres" foram criadas oficinas cooperativas e se propunha que as empresas fossem autogeridas. Os trabalhadores associados, por meio de um decreto, passaram a gerir as empresas abandonadas pelos patrões que fugiram de Paris. Instituiu-se o salário mínimo; proibiu-se o trabalho dos menores; a cobrança das dívidas de alugueres foi protelada; os móveis, utensílios domésticos e instrumentos de trabalho, antes penhorados, foram restituídos aos trabalhadores e pequena burguesia pobre. Esboçava-se, pois, uma viragem da democracia burguesa para a democracia popular e operária.
      Uma "Declaração de Princípios" de 20 distritos de Paris talvez sintetizasse o ideário da Comuna de Paris: "Não haverá mais opressores e oprimidos, fim da distinção de classes entre os cidadãos, fim das barreiras entre os povos. A família é a primeira forma de associação e todas as famílias se unirão em uma maior, a pátria (...) e esta numa personalidade coletiva superior, a humanidade".
      Nas palavras do autor de Os Miseráveis: «O cadáver está enterrado, mas a ideia está de pé" ("Le cadavre est à terre, mais l´idée est debout").
      Os valores, os ideais e os objetivos da Comuna continuarão de pé e vivos enquanto prevalecerem em todo o mundo as estruturas iníquas e opressivas da ordem capitalista e imperialista.
      Extracto adaptado, sintetizado e extraído do sítio:
      http://www.vermelho.org.br/
      Em semanas, a Comuna de Paris introduziu mais reformas do que todos os governos nos dois séculos anteriores combinados:
   1. O trabalho noturno foi abolido;
   2. Oficinas que estavam fechadas foram reabertas para que cooperativas fossem instaladas;
   3. Residências vazias foram desapropriadas e ocupadas;
   4. Em cada residência oficial foi instalado um comité para organizar a ocupação de moradias;
   5. Todos os descontos em salário foram abolidos;
   6. A jornada de trabalho foi reduzida, e chegou-se a propor a jornada de oito horas;
   7. Os sindicatos foram legalizados;
   8. Instituiu-se a igualdade entre os sexos;
   9. Projetou-se a autogestão das fábricas;
  10. O monopólio da lei pelos advogados, o juramento judicial e os honorários foram abolidos;
  11. Testamentos, doações e a contratação de advogados tornaram-se gratuitos;
  12. O casamento tornou-se gratuito e simplificado;
  13. A pena de morte foi abolida;
  14. O cargo de juiz tornou-se eletivo;
  15. O calendário revolucionário foi novamente adotado;
  16. O Estado e a Igreja foram separados; a Igreja deixou de ser subvencionada pelo Estado e os espólios sem herdeiros passaram a ser confiscados pelo Estado;
  17. A educação tornou-se gratuita, secular, e compulsória. Escolas noturnas foram criadas e todas as escolas passaram a ser de sexo misto;
  18. Imagens santas foram derretidas e sociedades de discussão foram adotadas nas Igrejas;
  19. A Igreja de Brea, erguida em memória de um dos homens envolvidos na repressão da Revolução de 1848 foi demolida. O confessionário de Luís XVI e a coluna Vendome também;
  20. A Bandeira Vermelha foi adotada como símbolo da Unidade Federal da Humanidade;
  21. O internacionalismo foi posto em prática: o facto de ser estrangeiro tornou-se irrelevante. Os integrantes da Comuna incluíam belgas, italianos, polacos, húngaros;
  22. Instituiu-se um escritório central de imprensa;
  23. Emitiu-se um apelo à Associação Internacional dos Trabalhadores;
  24. O serviço militar obrigatório e o exército regular foram abolidos;
  25. Todas as finanças foram reorganizadas, incluindo os correios, a assistência pública e os telégrafos;
  26. Havia um plano para a rotação de trabalhadores;
  27. Considerou-se instituir uma Escola Nacional de Serviço Público, da qual a atual ENA francesa é uma cópia;
  28. Os artistas passaram a autogestionar os teatros e editoras;
  29. O salário dos professores foi duplicado.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Ocupação de Casa de Kadafi

      No passado dia 9, um grupo de cerca de 20 companheiros anarquistas ocupou a casa que o tirano líbio Muammar Kadafi tinha em Londres.

      Os membros do grupo informaram que invadiram a casa em estilo neogeorgiano de nove quartos, cinco salas, piscina, jacuzzi e cinema, localizada em Hampstead Garden, norte de Londres, para exigir que a propriedade seja transferida para o povo da Líbia. O imóvel está avaliado em 19 milhões de dólares.
      «Estamos ocupando esta casa em solidariedade com o povo que combate na Líbia e pretendemos mantê-la até que possa ser devolvida ao povo líbio e não desapareça nos bolsos dos governos ou corporações. Quando descobrimos que um dos mais brutais ditadores do mundo possuía uma casa em Londres, pareceu-nos lógico ocupá-la em nome do povo da Líbia». Assim falava um dos companheiros, acrescentando que «Não acreditamos que o governo britânico vá devolver esta casa ao povo líbio porque tem uma longa história de ajuda ao regime de Kadafi».
      Os ativistas penduraram faixas no telhado da mansão com a mensagem de Kadafi fora da Líbia e fora de Londres.
      O grupo que se denomina “Derrubem os Tiranos” passou a dividir a ocupação com manifestantes do coletivo Campanha Líbia-Britânica de Solidariedade (BLSC).
      Mensagens de apoio para:
      topplethetyrants@hotmail.com
      Vê abaixo dois vídeos sobre a ocupação.



quarta-feira, 16 de março de 2011

Panfleto Audiovisual

      O Grupo Anarquista Rosário (do Chile) elaborou um “panfleto audiovisual” intitulado “Porquê Anarquistas?”.

      Este panfleto audiovisual oferece uma breve abordagem, mas eficaz, acerca dos fundamentos centrais do movimento anarquista, com uma visão do Mundo oposta à da burguesia dominante, desafiando os pilares que a sustentam: o governo, o capitalismo e a religião, enfatizando a necessidade de compreender as suas inter-relações como peças em um todo indivisível.
      Hoje, como ontem, é essencial a existência de ferramentas como esta produção que reafirma a denúncia incansável da farsa de que um bom capitalismo é possível, a farsa por trás das diferenças ideológicas dos vários governos e setores políticos, por trás da salvação religiosa, dos meios de comunicação, etc.
      Este vídeo revê as posições críticas básicas sustentadas pelos anarquistas e demonstra o efeito que elas têm na atualidade e continuará mantendo, enquanto esta situação não for revertida de uma vez e para sempre.
      O vídeo (que podes ver abaixo) está na língua castelhana e dura 17 minutos.
      Mais info na ligação do Grupo Rosario:
 http://grupoanarquistasrosario.blogspot.com/
      também na coluna dos Sítios a Visitar sob a denominação de “Grupo Rosario Chile”.
      Podes baixar o vídeo-panfleto em:
 http://www.megaupload.com/?d=4BU9I5MB
      Podes baixar as capa e contra-capa e ainda um panfleto em versão texto em:
 http://www.mediafire.com/?p78d4fc4czv88hl

terça-feira, 15 de março de 2011

A Crise Nuclear

      Hoje mesmo, a crise nuclear do Japão agravou-se ainda mais com a explosão de mais um reator e um novo incêndio na central de Fukushima 1, elevando perigosamente os níveis de radioatividade no arquipélago.
      Hoje mesmo registou-se mais um novo tremor secundário de 6 graus de magnitude, que estremeceu os edifícios de Tóquio. 
      O medo apoderou-se dos japoneses que começaram já a esgotar alimentos e água, esvaziando as prateleiras dos supermercados. 
      O porta-voz do governo, Yukio Edano, informou que os níveis de radioatividade alcançados "podem afetar a saúde dos seres humanos". 
      A radioatividade foi já detetada na área de Tóquio (Tóquio fica a 250 km da central Fukushima).
      Os habitantes da capital, com 35 milhões de habitantes, correm para as lojas comprando máscaras e material para enfrentar qualquer emergência. 
      O raio de exclusão ao redor da central de Fukushima 1 que estava nos 20 Km foi ampliado para 30 Km. Com o raio de 20 Km, foram retiradas 200 mil pessoas da região. 
      Kaoru Hashimoto, uma dona de casa de 36 anos dizia: "Todos querem ir embora, mas não há gasolina para os veículos". 
      O chanceler japonês, Takeaki Matsumoto, afirmou em Paris, onde participou numa reunião do G8, que o nível de radioatividade "pode afetar a saúde da população”. 
      O comissário europeu da Energia, Günther Öttinger afirmou hoje que a situação nuclear no Japão está «fora de controlo», dizendo ainda que «há quem fale em apocalipse e a palavra parece-me muito apropriada. Não excluo o pior para as próximas horas ou dias.»

segunda-feira, 14 de março de 2011

Cápsulas de iodo

      Depois do maremoto, o Japão enfrenta um problema que parece óbvio à maioria das pessoas: a segurança das centrais nucleares.
       A central nuclear de Fukushima tem vindo a registar diversos problemas ao nível da refrigeração dos seus reatores, provocados pelo maremoto da passada sexta-feira 11. Desde então sucedem-se explosões, como a que ocorreu esta manhã, com fugas radioativas.
       O Organismo Internacional de Energia Atómica (OIEA) ordenou ao Japão a distribuição de cápsulas de iodo à população e pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) o envio de uma comissão de peritos para avaliar o estado dos reatores da central nuclear.
       O governo nipónico distribuiu 200 mil doses de iodo nos centros de evacuação, para que possam ser aplicadas às mais de 185 mil pessoas que já foram evacuadas de Fukushima, cidade onde está localizada a central nuclear.
       As cápsulas de iodo serão administradas em caso de emergência, de modo a saturar a tiróide das pessoas expostas a radiação, impedindo, assim, que absorvam o iodo radioativo libertado pela central nuclear.
       O cancro da tiróide foi a principal patologia (não a única) verificada nas pessoas afetadas pela radioatividade libertada na sequência do acidente de Chernobil, na Ucrânia, em 1986.

domingo, 13 de março de 2011

Comité de Gestão

      «O Governo do Estado moderno é apenas um comité para gerir os negócios comuns de toda a burguesia.»

      Karl Marx (1818-1883)

sábado, 12 de março de 2011

Manif Geração "à-rasca"

      De repente, os jovens e os adultos jovens portugueses aperceberam-se que não têm grandes perspectivas de futuro, designadamente, por não conseguirem um trabalho consentâneo com as suas habilitações, normalmente ao nível da licenciatura, continuando a viver na dependência e em casa dos pais.
      Esta constatação começou a fervilhar na Internet, nas redes sociais, resolvendo então aqueles organizar uma manifestação nacional alertando para os seus problemas, especialmente de emprego.
      No dia de hoje, em diversas cidades, saíram à rua não só aquela geração que se sente à-rasca como também todas as gerações. De repente as ruas estavam cheias de pessoas de todas as idades, constatando-se que, afinal, à-rasca estão todos e todos pelos mesmos motivos.
      Os organizadores falam em cerca de 200 mil pessoas em Lisboa e 80 mil no Porto.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Aurora Obreira MAR/ABR/2011

      A revista anarcossindical “Aurora Obreira” que no início deste ano (janeiro) comemorou o seu seu primeiro aniversário de existência, está de novo cá fora, com a sua edição número 8 relativa aos meses de março e abril.

      Esta última edição está disponível na seguinte ligação:
      http://cob-ait.net/pdf/auroracps_08.pdf
      Os temas abordados neste número são os seguintes:
Breve Comentário sobre Acidentes de Trabalho
62% de Reajuste Salarial Já!
Conceito de Liberdade
Boicote o Carrefour
Imagens do Fevereiro Antifascista 2011
Durruti (esperanta teksto)
Repressão contra ASI continua pelo governo sérvio
Religião ética e Ateismo
Ateneu Diego Gimenez: novos lançamentos
Notícias da AIT
Plataforma Reivindicativa
Março: Mês de Luta Feminina
Questão de Salário
Comunicado do Secretariado da AIT
Sindicalismo Revolucionário = Anarcossindicalismo!
      A revista é elaborada e editada pela Secção de Campinas da Federação Operária de São Paulo (FOSP) (Brasil).
      Vê na coluna dos Sítios a Visitar as seguintes ligações:
http://fosp.anarkio.net (Sindivários: Sindicato de Artes e Ofícios Vários)
http://cob-ait.net (Confederação Operária Brasileira)
http://cob-ait.net/fosp/ (Federação Operária de São Paulo)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Den Pliróno

      O que começou como uma pequena iniciativa popular está a tornar-se um grande movimento de desobediência civil em todo Estado Grego, preocupando seriamente o Governo.

      Os gregos que optam por não pagar o transporte público e as portagens rodoviárias são cada vez mais, e os cofres estatais começam a ressentir-se.
      Sob o lema "Den Pliróno" (eu não pago) estão agrupados cidadãos de todos os tipos, com um objetivo comum: "Não pagamos a crise dos outros".
      Este movimento decidiu não pagar pelo transporte público ou pelas portagens nas rodovias. Os ativistas do movimento viajam sem bilhete, sabotam as máquinas de venda automática ou levantam barreiras nas portagens e publicam as fotos nos seus sítios da Internet, incentivando os demais a seguir o exemplo.
      Uma sondagem publicada neste último domingo pela imprensa local disse que mais de 56% dos gregos aprova essa forma de protesto, contra 39% que não apoia.
      O número de passageiros que opta por viajar de graça aumentou para quase 40% em autocarro (ônibus) e em até 15% no resto dos meios de transporte, de acordo com estimativas oficiais recolhidas pelos meios de comunicação locais. As empresas concessionárias estimam que entre 15% e 18% dos motoristas não pagam portagem, em comparação aos 6% que já assim o faziam há menos de um ano atrás. Uma empresa de portagens rodoviárias afirma que "Falamos de cerca de 8000 usuários por dia”; apenas numa das autoestradas do país.
      O encarecimento das tarifas dos transportes urbanos, com aumentos que variam entre os 28% e os 80%, bem como das portagens, aumentou o tom das ações, que culminaram no passado dia 1 de março com uma manifestação que atingiu as portas do Parlamento.
      Isto é assim apesar dos esforços do governo helénico para conter os atos de revolta pública, endurecendo as multas e criticando duramente seus instigadores. "Não é um movimento, são uns aproveitadores", declarou recentemente o porta-voz do governo, Yorgos PetalotÍs.
      O movimento “Não pago” da Grécia é mais uma das muitas iniciativas dos cidadãos, que estão surgindo nos países mais afetados pela crise financeira.
      Mais info em:
      http://sineleusimetafores.wordpress.com
      http://anarxiko-resalto.blogspot.com