terça-feira, 15 de março de 2011

A Crise Nuclear

      Hoje mesmo, a crise nuclear do Japão agravou-se ainda mais com a explosão de mais um reator e um novo incêndio na central de Fukushima 1, elevando perigosamente os níveis de radioatividade no arquipélago.
      Hoje mesmo registou-se mais um novo tremor secundário de 6 graus de magnitude, que estremeceu os edifícios de Tóquio. 
      O medo apoderou-se dos japoneses que começaram já a esgotar alimentos e água, esvaziando as prateleiras dos supermercados. 
      O porta-voz do governo, Yukio Edano, informou que os níveis de radioatividade alcançados "podem afetar a saúde dos seres humanos". 
      A radioatividade foi já detetada na área de Tóquio (Tóquio fica a 250 km da central Fukushima).
      Os habitantes da capital, com 35 milhões de habitantes, correm para as lojas comprando máscaras e material para enfrentar qualquer emergência. 
      O raio de exclusão ao redor da central de Fukushima 1 que estava nos 20 Km foi ampliado para 30 Km. Com o raio de 20 Km, foram retiradas 200 mil pessoas da região. 
      Kaoru Hashimoto, uma dona de casa de 36 anos dizia: "Todos querem ir embora, mas não há gasolina para os veículos". 
      O chanceler japonês, Takeaki Matsumoto, afirmou em Paris, onde participou numa reunião do G8, que o nível de radioatividade "pode afetar a saúde da população”. 
      O comissário europeu da Energia, Günther Öttinger afirmou hoje que a situação nuclear no Japão está «fora de controlo», dizendo ainda que «há quem fale em apocalipse e a palavra parece-me muito apropriada. Não excluo o pior para as próximas horas ou dias.»

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