terça-feira, 29 de março de 2011

Ação do: "E o Povo, Pá?"

      No dia de ontem, decorreram ações em várias agências do banco BPN, em Portugal, na qual se colaram cartazes com a frase: “O vosso roubo custou 13 milhões de salários mínimos”.
      Abaixo podes ver algumas fotos e um vídeo da afixação, tudo disponível, e mais, no sítio do coletivo que se autodenomina: “E o povo, pá?” a que podes aceder na coluna dos “Sítios a Visitar”, com essa mesma designação.
      No sítio podes ainda encontrar o manifesto do coletivo, que a seguir, sintetizado, se reproduz.
      «Não importa quem somos, mas aquilo que nos junta. Somos gente farta da falta de oportunidades e cansada do discurso mentiroso que afirma que «não há outro caminho». Somos gente que defende o trabalho digno e com direitos, independentemente da idade e habilitações literárias. Somos gente que está farta de ter a vida congelada e o futuro, nosso e dos nossos filhos, adiado. Porque não nos resignamos, protestamos. Exigimos respeito e reclamamos o direito à dignidade e ao futuro.
      Vimos dizer que não nos comem por parvos. Não aceitamos o discurso que nos impõe a precariedade como forma de organização do trabalho. Desconfiamos de quem nos diz que «tem que ser assim» e «este é o único caminho» acenando com a chantagem da falta de patriotismo.
      Este país também é nosso e temos direito a cá viver e trabalhar. Exigimos pluralidade de opiniões porque sabemos que é nesse confronto que se encontram caminhos. Não aceitamos o pensamento único e sabemos que chegámos até aqui porque foram feitas escolhas: decidiram converter as pessoas em clientes e contribuintes. Nós dizemos que essas escolhas são erradas.
      Quase três anos após a falência do BPN, podemos dizer que aquilo que estamos a pagar é a fraude, a promiscuidade entre a política e a finança, a cumplicidade e a troca de favores, os “offshores”, a evasão fiscal. Enfim, estamos a pagar o preço de um crime que não cometemos.
      Quando nos dizem que o tempo é de sacrifícios, sabemos que a sua distribuição não é justa nem democrática. Quem escolhe salvar bancos para salvar amigos legitima a corrupção. Não nos falem de austeridade, falem-nos de justiça.»

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