Na passada semana, na terça-feira, um
grupo de 60 índios do grupo Munduruku incendiaram um quartel da Polícia Militar
do município de Jacareacanga, Estado do Pará (Brasil).
O prédio da delegacia policial foi
destruído e incendiado, ficando em ruínas. Os índios tomaram as armas do
quartel: duas metralhadoras e um revolver.
Os índios chegaram pintados com pinturas
de guerra, bloquearam a estrada de acesso à zona urbana e dirigiram-se ao posto
policial onde estavam quatro polícias que não ofereceram qualquer resistência e
puseram-se de imediato em fuga.
A revolta teve início após a decisão de
um juiz que concedeu liberdade a dois dos quatro suspeitos pela morte do índio Leo
Akay Munduruku.
Leo Akay foi encontrado morto com várias
marcas de facadas no corpo. De acordo com a polícia, o índio teria sido morto
por assaltantes durante um roubo. Dois homens foram apontados como suspeitos do
crime.
Testemunhas referem que o índio Aldo
Cardoso Munduruku, líder do grupo, tinha a intenção de fazer refém o sargento Cajado
da Polícia Militar, tendo gritado que os índios iam pegar o sargento Cajado,
tirar a roupa dele e amarrá-lo, porque se o “branco” tinha matado o índio
escondido, os índios iam matar o sargento para todo mundo ver.
Os Munduruku, temidos pelo espírito
guerreiro, têm forte presença na vida social e económica de Jacareacanga, cidade
com 37 mil habitantes. Dos nove vereadores da cidade, quatro são índios. O
vice-prefeito também pertence à etnia. Cerca de seis mil índios vivem na região.
Durante o ataque um polícia ficou
levemente ferido por uma flecha que o atingiu no braço direito.
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