terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O que é ser Glocal ?

      No próximo domingo, dia 5 de fevereiro, por ser o primeiro domingo do mês, decorrerá uma ação, aliás como previsto para todos os primeiros domingos de cada mês, na cidade de Faro (Portugal), ação esta que é Glocal.

      Esta ação é uma iniciativa do coletivo denominado “Glocal Faro” e, em colaboração com outros parceiros, organiza um Mercado de Trocas, denominado: o TrocaAqui.
      Para participar no TrocaAqui não é necessária inscrição prévia, basta aparecer, levando os produtos ou serviços que se queira trocar, como por exemplo, produtos hortícolas e alimentares, sementes, CDs, DVDs, artesanato, livros, brinquedos, etc., ou serviços como os de estética, “babysitting”, pintura, canalização, workshops/formação, animação, ou até apoio à organização do TrocaAqui.
      Este mercado de trocas permite que as pessoas possam trocar entre si bens ou serviços sem utilizar dinheiro, combatendo por esta via as situações de vulnerabilidade social, ao mesmo tempo que se sensibiliza a população para consumos mais sustentáveis.
      Os bens colocados à troca deverão ser, preferencialmente, bens auto-produzidos ou reutilizáveis e os serviços poderão ser prestados quer de forma individual quer coletiva.
      E isto é ser Glocal?
      Glocal é um novo termo resultante da fusão de “Global” e “Local”. Em inglês existe o termo “Glocalisation”, isto é, “Glocalização” e refere-se ao indivíduo, grupo, divisão, unidade, organização ou comunidade que está motivado e capacitado para pensar globalmente e agir localmente.
      A “Glocalização”, por sua vez, tem por objetivo que as pessoas tenham em atenção a saúde do planeta no seu todo e conformem a sua ação em medidas concretas, com esse propósito global, nas suas próprias comunidades e cidades, isto é, que apliquem os objetivos globais a nível local.
      O coletivo Glocal Faro nasceu no passado mês de dezembro, na sequência de uma vigília, a par de muita outras realizadas pelo planeta, na qual se apelava a um acordo “a sério”/”Pra Valer”, para travar de facto as alterações climáticas.
      O facto de os dirigentes mundiais, então reunidos em Copenhaga, terem fracassado no assumir dos compromissos necessários, só tornou ainda mais evidente a urgência do empenhamento dos cidadãos, na exigência das medidas que têm de ser tomadas à escala global mas também no que é já possível ir fazendo à escala de cada localidade, de cada um, no seu dia-a-dia. Assim nasceu o Glocal Faro, um grupo informal de cidadãos que têm tais objetivos e dizem: «A nossa ideia é que, em conjunto, podemos contribuir para que Faro se prepare para lidar com o desafio das alterações climáticas e das alterações energéticas. Para que seja uma cidade mais “sustentável” e “amiga do ambiente”. E também mais “amiga das pessoas”, mais promotora da saúde, do bem-estar e qualidade de vida de todos os aqui habitam. As temáticas possíveis são muitas: dos transportes à alimentação, da energia à reciclagem, da gestão da água ao urbanismo, etc.»
      Mais info na ligação permanente à “Glocal Faro” na coluna dos “Sítios a visitar”.


Sem comentários:

Enviar um comentário