sábado, 28 de janeiro de 2012

Ação Policial No Pinheirinho

      No vídeo abaixo podes ver as imagens captadas num dos momentos em que a polícia militar ataca os moradores do Pinheirinho num alojamento provisório cedido pela Prefeitura de São José dos Campos para abrigar os moradores desocupados do Pinheirinho.

      Neste alojamento provisório estavam famílias inteiras, com crianças, idosos e pessoas portadoras de necessidades especiais. Uma criança foi levada para a ambulância, enquanto a polícia continuava a atirar bombas para os moradores.
      Os cerca de 10 mil trabalhadores pobres que ocupam desde 2004 um terreno na cidade de São José dos Campos, São Paulo (Brasil), tentam resistir à ação de reintegração de posse do terreno onde se encontram instalados, terreno este que pertencerá à massa falida da empresa “Selecta SA”, empresa que ficou a dever cerca de 10 milhões à prefeitura de São José dos Campos. Os moradores ergueram barricadas, improvisaram armas e escudos e prometeram enfrentar a polícia caso o despejo forçado fosse, de facto, levado a cabo, o que veio a acontecer.
      No início da manhã do passado dia 22 de janeiro, mais de 2 mil policiais e guardas-civis metropolitanos chegaram ao local com um aparato de guerra. Houve vários feridos e pessoas detidas. Os moradores da ocupação falam em mortos e pessoas desaparecidas. A Guarda Municipal usou balas letais contra a população. O advogado do movimento, António Donizete Ferreira, o Toninho, e o presidente do Sindicato dos Condutores, José Carlos, foram feridos com tiros de bala de borracha e bombas de gás lacrimogéneo, houve até crianças feridas atendidas em Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Os fornecimentos de água, energia elétrica e telefone foram cortados na região.
      A população dos bairros vizinhos está igualmente revoltada com a ação da polícia realizada durante todo o dia. A população vizinha rebelou-se atirando pedras contra os soldados. Revoltada, a população também incendiou veículos.
      Os moradores do Pinheirinho resistiram com bravura e coragem, como disseram que fariam. Mas as pedras e os paus usados pelos manifestantes contra a tropa de choque, que respondeu com tiros de bala de borracha e bombas de gás lacrimogéneo não foram suficientes para os deter. No entanto, a resistência foi uma importante lição de coragem e determinação, constituindo um exemplo para todos os trabalhadores em luta, não só no Brasil, mas em todo o Mundo.


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