sábado, 8 de outubro de 2011

A Ocupação de wall Street

      Os protestos em Wall Street (EUA) acabam de ganhar uma nova e maior dimensão, após 3 semanas, devido a uma súbita atenção mediática que despertou o interesse do público sobre este movimento que se auto-denomina “Ocupar Wall Street”.
      Diariamente, no centro de Nova Iorque, os manifestantes ocupam Wall Street, cada vez com maior adesão popular e de diversas organizações. A faísca que engrandeceu o movimento surgiu após a detenção pela polícia no passado fim-de-semana de 700 manifestantes que participaram no bloqueio da ponte de Brooklyn, lançando o movimento para um novo patamar.
      Das poucas dúzias de indivíduos que iniciaram os protestos em 17 de setembro passado, são agora milhares de indivíduos que enchem Wall Street. Nos últimos dias, com o avolumar da mancha humana, surgiram adesões de diversos movimentos e organizações, como o sindicato Amalgamated Transit Union, cujo presidente, Larry Hanley, em entrevista à CNN, dizia: «os jovens de Wall Street estão a dar voz a muitos problemas da classe trabalhadora dos EUA».
      O próprio presidente norteamericano, Barack Obama, veio a público reconhecer o teor representativo dos protestos. Confessando, em discurso na Casa Branca, que os manifestantes em Wall Street espelham «as frustrações do povo norte-americano».
      Outro presidente de uma união sindical, Michael Mulgrew, foi mais além na génese dos protestos, que justifica ao apontar que os EUA «estão de pernas para o ar», e que os manifestantes «estão a lutar pelos seus filhos e famílias».
      Sempre associados aos protestos estão as cargas policiais que também têm aumentado, tendo, no entanto, efeito contrário ao pretendido, pois em vez de refrear os manifestantes, a polícia só tem conseguido aumentar o número de manifestantes e adesões, como por exemplo a que houve também motivada pelo vídeo onde se mostra um polícia a pulverizar com spray pimenta um grupo de mulheres que participava nos protestos. O vídeo ganhou contornos virais e circulou pelas redes sociais, aumentando a indignação e ajudando ao aumento dos números de adesão ao movimento «Ocupar Wall Street».

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