segunda-feira, 4 de julho de 2011

Emídio Santana

      Num dia assim como o de hoje, o mesmo português é motivo de memória: Emídio Santana.

      Emídio nasceu num dia como o de hoje em Lisboa, no ano de 1906 (há 105 anos), tendo vindo a falecer em 1988, e também é motivo de recordação o seu corajoso ato, pese embora haja fracassado, num dia também assim como o de hoje, quando tinha 31 anos de idade, corria então o ano de 1937 (há 74 anos) e tentou assassinar o ditador português António de Oliveira Salazar, falhando no entanto, o que fez com que o país o carregasse por cerca de 40 anos.
      Este saudoso companheiro militou nas Juventudes Sindicalistas e foi membro do Sindicato Nacional dos Metalúrgicos, filiado na antiga Confederação Geral do Trabalho (CGT) portuguesa.
      No seguimento do golpe militar fascista de 28 de Maio de 1926, desenvolveu uma atividade de resistência contra a ditadura e atividade sindical clandestina.
      Em 1936, representou a CGT portuguesa no congresso da Confederación Nacional del Trabajo de Espanha.
      Foi um dos autores do atentado a Salazar quando este se deslocava à capela particular do seu amigo Josué Trocado, na Avenida Barbosa du Bocage, em Lisboa, para assistir a uma missa. Na sequência do atentado, Emídio Santana é procurado pela PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado) e foge para o Reino Unido, onde a polícia inglesa o prende e envia para Portugal, onde é condenado a 16 anos de prisão.
      A partir do fim da ditadura (em 1974), Emídio Santana retoma a vida militante ativa, nomeadamente como director do jornal “A Batalha”.
      Em 1985, Emídio escreveu “Memórias de um militante anarcossindicalista”, livro onde recorda momentos importantes da sua vida de militância política.
      Foi um dos mais importantes militantes portugueses do anarcossindicalismo e autor de inúmeros artigos e ensaios sobre o anarcossindicalismo e o mutualismo.


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