terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A Revolta Alastra

      Depois da Tunísia, do Egito e do Iémen, os protestos na rua das Jordânia, acabam de obter o primeiro resultado, de acordo com o reclamado, isto é, reclamava-se a demissão do primeiro-ministro.

      Os gritos de revolta e cartazes nas ruas contestavam a situação de pobreza e corrupção no país. Diziam: «O nosso governo é uma cambada de ladrões» e «Não à pobreza e à fome».
      O Governo jordano apressou-se a anunciar medidas de cortes de preços em bens essenciais e a criação de empregos, mas os manifestantes consideraram insuficientes tais medidas, tendo em conta a disparidade entre a classe mais abastecida e os pobres.
      Para além do apelo a reformas sociais, outros manifestantes pediram ainda reformas constitucionais, para que os cidadãos possam escolher o governo que os representa.
      A Jordânia tem um rei e este, antes que sobre para ele, decidiu demitir o primeiro-ministro e governo que nomeara, como reclamou o povo, nomeando um outro com a intenção de, disse (e atente-se nas citações): “realizar verdadeiras reformas políticas” e “que tome medidas rápidas e claras para reformas políticas reais que reflitam a nossa visão favorável a reformas gerais modernas em apoio da nossa ação pela democracia" e disse ainda: “Queremos reformas que abram caminho ao nosso povo para grandes oportunidades e a vida decente que merece”.
      Estas fantásticas declarações do rei, agora acordado, são fruto da exigência do povo que o fez temer pelo seu trono e, agarrando-se ao mesmo, vem tomar a posição dos manifestantes, dando-lhes razão, de forma a acalmá-los e a que o regime continue na mesma.
      O principal partido da oposição na Jordânia (FAI, Frente de Ação Islâmica) já criticou a nomeação do novo primeiro-ministro, afirmando que ele “não é um reformista”.


Sem comentários:

Enviar um comentário