sábado, 19 de fevereiro de 2011

Repressão Policial em SP

      A seguir se reproduz (sintetizado e adaptado), o artigo escrito por Sassa Tupinambá no blogue “União Campo Cidade e Floresta”.

      Para ver o artigo completo ou o blogue, usa a ligação permanente na coluna dos Sítios a Visitar aí inserido sob a designação de “União Campo Cidade”.
      «No 6º Ato Contra o Aumento da Tarifa do Transporte Coletivo em São Paulo, não foram só a truculência e estupidez das polícias (PM e GCM) que me chocaram, para além de tudo isso, fiquei impressionado com o aparato tecnológico que as polícias de São Paulo possuem: comunicação e registos, lançadores de bombas, spray pimenta (PM usa um tipo e GCM outro), munição de borracha, que faz estrago onde acerta, etc.
      A polícia está equipada para reprimir as manifestações populares, que muito provavelmente se irão intensificar no próximo período, pois a paciência do povo está se esgotando e não será mais possível manter a passividade.
      Durante toda a manifestação, houve polícias que filmaram e fotografaram os manifestantes, o tenente coronel da PM que comandou a ação policial acompanhava a manifestação de vários ângulos simultaneamente por um monitor e um soldado fazia leitura labial, havia inclusive imagens aéreas, enviadas por um helicóptero da PM, duas câmaras deram conta das imagens mais próximas, uma fixa, no teto de uma viatura do corpo de bombeiros e a outra num link móvel, este equipamento era levado numa mochila por um soldado, que se posicionava em pontos estratégicos para filmar a manifestação.
      Havia ainda, espalhados entre os manifestantes polícias infiltrados (os “P2” vê suas fotos em http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2011/02/486659.shtml), um deles veio falar comigo, perguntando o que estava acontecendo, respondi que não sabia, ele perguntou se havia ainda pessoas acorrentadas dentro da prefeitura e se eu conhecia algum deles, ele disse que estava no início, quando as pessoas entraram e depois saiu (mentira, pois os militantes entraram bem antes da manifestação).
      Vendo a polícia com agentes secretos, fotografando e filmando toda a manifestação lembrei-me do dia que estávamos no AIR e chegou a força policial do DF para reprimir os indígenas e o pajé Kaxalpinia saiu gritando “a ditadura militar continua”, ontem tive a mesma impressão que o parente korubo, é assustador.
      No momento que os PMs iniciaram a agressão contra o Vinicius, todos da GCM que estavam atrás das grades de proteção saíram na sua direção e, conjuntamente com a PM, espancaram, literalmente, o companheiro, resultando em muitos hematomas e nariz quebrado, com hemorragia que não estancava. O local ficou lavado de sangue e quando levaram o Vinicius para um canto, já estava com o rosto inchado. Ele ficou sentado durante muito tempo, acredito que bem mais de uma hora, sem atendimento de primeiros socorros, sentindo as dores provocadas pelos ferimentos da violência.
      O Vinicius é meu colega de trabalho, participamos em reuniões juntos e no momento não o reconheci de tão inchado que estava.»
      Mais fotos em: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2011/02/486579.shtml

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