quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Células de Fogo

      Foi hoje reivindicada a responsabilidade por vários ataques a embaixadas estrangeiras ocorridas no ano passado, bem como a última explosão junto à fachada do tribunal de Atenas, no dia 30 de dezembro, pelo grupo “Conspiração Células de Fogo” que se identifica como sendo anarquista e se mostra solidário com os 12 jovens que vão a julgamento no próximo dia 17 de Janeiro, por alegadamente serem membros de um grupo terrorista e autores de ataques à bomba.

      Por fim, na mesma mensagem, o grupo ameaçou também o coletivo de juízes com novos ataques à bomba.
      Já em novembro passado o mesmo grupo reivindicou o envio de encomendas explosivas a várias embaixadas.
      A ação junto do tribunal de Atenas ocorreu de manhã, à hora de ponta, sendo precedida de um aviso telefónico que deu tempo à evacuação dos edifícios em torno do veículo armadilhado (uma motorizada). Não houve feridos, sendo atingidos dois edifícios que servem de tribunais administrativos, com importantes estragos e uma dezena de carros destruídos.
      Em simultâneo, na mesma manhã, em Buenos Aires (Argentina), um engenho explosivo de pequena dimensão (alguns relatos mencionavam um cocktail molotov) fez alguns estragos em frente à embaixada da Grécia, também sem fazer vítimas.
      Na comunicação de novembro, a Conspiração das Células de Fogo divulgou uma carta onde consta o seguinte: “A nossa voz deve transformar-se em vento e ir ao encontro da rebelião, de Buenos Aires até Atenas e Salónica, do Chile e do México, até França e Bélgica."
      As cartas armadilhadas que explodiram em Roma foram reivindicadas pela “Célula Revolucionária Lambros Fountas” da “Federação Anarquista Informal”, sendo o nome da célula (Lambros Fountas) o nome de um membro grego da Luta Revolucionária, morto em Março durante um confronto com a polícia.
      O grupo Conspiração das Células de Fogo começou a ser conhecido a partir de 2008, com vários atentados incendiários contra agências bancárias.
      Até agora nenhum dos ataques da organização fez vítimas.


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