sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Morreu Um Filho da Puta

      No passado dia 8 de novembro o planeta ficou mais limpo graças à morte de um grande filho da puta que do cimo do monte de merda dos seus 86 anos de vida, finalmente tombou, mas tardiamente, porque ninguém soube dar-lhe um bom tiro nos cornos.

      Este grande filho da puta chamava-se Emílio Eduardo Massera, nascido na Argentina e aí conhecido como o Almirante Negro, entre outros epítetos, graças à sua sangrenta obra durante a mais sangrenta ditadura argentina (1976-1983).
      Durante a ditadura, o filho da puta foi responsável pelo “desaparecimento” de 30 mil indivíduos e ainda por sequestros, torturas, roubo de bebés e os célebres voos da morte.
      No campo de extermínio que o filho da puta montou na Escola de Mecânica da Armada Argentina, aplicavam-se choques elétricos nos órgãos genitais, mamilos, ouvidos e gengivas, também se serravam braços, pernas e dedos. Os que não morriam eram então levados, durante a noite para aviões “Hércules” onde eram sedados, despidos e lançados ao mar e ao rio da Prata.
      O filho da puta nunca confessou tais práticas, apenas admitiu que na sua ação não poderia fazer o mesmo que fazia Franco ou Pinochet (ditadores de Espanha e Chile), com os fuzilamentos dos opositores, porque isso afastaria o Vaticano e os investidores estrangeiros.
      Em 1985, com a argentina em democracia, o filho da puta foi julgado e condenado a prisão perpétua por crimes contra a humanidade. Cinco anos depois, em 1990, o presidente Carlos Menem amnistiou-o!!! e saiu em liberdade. Voltaria no entanto a ser julgado por mais crimes, como o roubo de bebés a mulheres grávidas para as dar ou vender a famílias com ligações ao regime, mas, após um derrame cerebral em 2002, acaba por ser considerado demente e inimputável.
      Comentando a morte do filho da puta, o historiador argentino Osvaldo Bayer disse, em profecia, o seguinte: “Sobre a sua campa cairá o cuspo de um público ultrajado, como se fosse chuva intermitente.”


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