segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Fratura #2 Na Rua


      No seguimento da polémica nacional sobre a recente legislação espanhola que não permite o acesso gratuito aos cuidados de saúde pública para aqueles que sejam considerados “imigrantes ilegais” (sem documentação), o "Grupo de Axitación Social" (Grupo de Agitação Social) da cidade galega de Vigo acaba de sair para a rua com o número 2 do seu jovem boletim denominado "Fractura" (Fratura) o qual é, essencialmente, colado pelas ruas da cidade e, neste número, é dedicado às pessoas migrantes.
      As leis sobre os estrangeiros, as políticas de fronteiras da Europa Fortaleza, etc. têm como única finalidade estigmatizar e excluir as pessoas migrantes dos seus plenos direitos, não pretendendo, de forma alguma, impedir a completa entrada das pessoas sem visto e muito menos expulsá-las todas. Pelo contrário, o que se pretende é que haja sempre uma reserva permanente de pessoas que não tenham segurança e que vivam sob uma permanente ameaça, permitindo assim a sua melhor exploração, sem qualquer reclamação sobre os seus direitos, aproveitando-se ao mesmo tempo tal facto para pressionar os demais trabalhadores com a chantagem de que há sempre alguém disposto a fazer aquele trabalho por menos salário e sem qualquer reclamação.
      Em simultâneo intoxica-se o povo com o discurso de que são as pessoas migrantes os culpados da situação laboral e, bem assim, já agora, de todos os demais males da sociedade em geral, isto é, a mesma coisa que Hitler dizia dos Judeus.
      No entanto, bem sabemos que não são as pessoas migrantes quem nos rouba as poupanças e o produto do nosso trabalho para seu próprio enriquecimento, reduzindo-nos a qualidade de vida a uma situação de escravidão.
      A via para lutar contra esta merda que pretende deixar as pessoas fora da sociedade, assinaladas como culpadas de serem pobres e de consumir a nossa riqueza, só pode passar pelo trabalho sobre a solidariedade em rumo a uma sociedade de cooperação, rompendo com os falsos argumentos que alimentam o racismo e justificam as agressões de qualquer tipo.
      O boletim pode ser encontrado nas ruas e também na seguinte ligação:
 

Sem comentários:

Enviar um comentário