Faz precisamente hoje 119 anos que em Montbrison, na França, era executado na guilhotina (com 32 anos) um dos maiores anarquistas de todos os tempos:
François Ravachol (1859-1892).
No seu tempo, Ravachol tornou-se o arquétipo do “anarquista lançador de bombas” e um mito, através das suas ações diretas violentas contra o Estado francês. Foram-lhe dedicadas publicações inteiras, e não só artigos, como o jornal espanhol cuja imagem abaixo se reproduz (El Eco de Ravachol) e até canções, como a popular “La Ravachole”.
Foi um anarquista ilegalista vingador, defensor da propaganda pela ação e da ação direta violenta. Pela perspectiva legalista, Ravachol foi um dos maiores terroristas do século XIX.
Há um telegrama oficial enviado que relata a execução pela guilhotina de Ravachol. Dizia: «A Justiça foi feita esta manhã às 4:05 sem incidentes ou protestos de qualquer tipo. Ele acordou às 3:40. O condenado recusou a presença do capelão e declarou que não tinha nada para confessar. Inicialmente pálido e trémulo logo ele demonstrou um cinismo afetado e exacerbação aos pés do patíbulo momentos antes da execução. Em voz alta cantou rapidamente uma curta canção blasfema e revoltantemente obscena. Ele não pronunciou a palavra “anarquia” e, quando a sua cabeça foi colocada no buraco ele emitiu um último grito de "Longa Vida à Re…" Uma calma completa reinou na cidade. E assim aconteceu como reportado.»
segunda-feira, 11 de julho de 2011
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