terça-feira, 21 de junho de 2011

Marcha das Vadias

      Este último fim de semana, em várias cidades do Brasil e do Mundo, foram organizadas marchas de mulheres em defesa do direito de se vestirem e agirem da forma que quiserem sem que isso justifique qualquer violência sexual cometida contra elas.
      A “Marcha das Vadias” (ou SlutWalk) surgiu no Canadá no passado mês de abril, como protesto em resposta ao comentário de um polícia que aconselhava as universitárias a “não se vestirem como vadias/putas (sluts)” para reduzirem o risco de serem estupradas. Essa declaração causou revolta não só no Canadá mas um pouco por todo o Mundo.
      No Brasil, a marcha justifica-se porque aproximadamente 15 mil mulheres são estupradas por ano e, mesmo assim, a sociedade acha até graça quando um humorista faz uma piada sobre estupro, chegando ao cúmulo de dizer que homens que estupram mulheres feias não merecem cadeia, mas um abraço.
      Estar no comando da nossa vida sexual não significa que estamos nos abrindo para uma expetativa de violência, e por isso nasce esta solidariedade para com todas as mulheres estupradas em qualquer circunstância, porque tiveram seus corpos invadidos, porque foram agredidas e humilhadas, tiveram a sua dignidade destroçada e muitas vezes, senão quase sempre, foram ela próprias ainda culpadas por isso.

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