segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O Desespero de Kadhafi

      Ahmed Elgazir, um ativista de direitos humanos do Libyan News Centre, disse há momentos à estação de televisão do Qatar, Al Jazira, que as forças de segurança líbias estão “a massacrar” os manifestantes em Trípoli, no oitavo dia de protestos na Líbia que já causaram a morte de pelo menos 230 pessoas, segundo a Human Rights Watch.

      Ahmed Elgazir garantiu à Al Jazira que recebeu um telefonema de uma mulher a relatar um massacre sobre os manifestantes, mas o facto das comunicações terem sido cortadas impediu a confirmação imediata dessa informação. Outra testemunha, Adel Mohamed Saleh, que se identificou como ativista político, relatou também uma forte repressão das autoridades: “O que estamos a viver hoje é inimaginável; aviões e helicópteros estão a bombardear indiscriminadamente uma área e outra. Há muitos, muitos mortos.”
      “Isto parece ser um último ato desesperado”, considerou Julien Barnes-Dacey, analista da organização Control Risks Middle East, referindo-se ao regime de Khadafi, “Se estão a bombardear a própria capital, é difícil ver como poderão sobreviver.”
      Ainda hoje o parlamento líbio ardia e desde ontem que se ouvem disparos, não só de armas ligeiras como também de armamento pesado. Muitos dos responsáveis governamentais líbios estão a demitir-se.
      “Lutaremos até ao último homem e até à última mulher”, diz Saif.
      O povo árabe é agora uma espécie de fenómeno atmosférico; uma súbita tempestade que vai limpando os ditadores há muito instalados, o Kadhafi há mais de 40 anos.


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