O julgamento dos 13 suspeitos gregos anarquistas acusados de terrorismo, começou esta semana mas, logo no início foi interrompido.
Os acusados começaram de imediato por denunciar o controlo das pessoas à entrada da prisão onde está instalado o tribunal antiterrorista de Atenas, abandonando a audiência e protestando contra o controlo policial que inclui a identificação e registo de todos aqueles que querem assistir ao julgamento, muitos deles, familiares e amigos.
Recorde-se que o processo envolve 13 supostos membros do grupo anarquista "A Conspiração das Células de Fogo", que assumiu o envio de pacotes-bomba a dirigentes europeus.
Os acusados têm idades entre os 19 e os 30 anos e como são acusados de "pertencerem a uma organização terrorista", podem vir a ser condenados numa pena de prisão de até 25 anos.
Dos 13 acusados só compareceram 9, encontrando-se 4 ausentes e julgados à revelia.
A juíza do julgamento (Maria Mariellu) foi por diversas vezes interpelada por pessoas que assistiam à audiência, tendo acabado por decidir interromper a sessão. Finalmente, determinou que as mulheres dos acusados se retirassem do tribunal e que os debates fossem gravados para posterior transcrição.
Um dos acusados, Haris Hatzimihelakis, de 22 anos, estudante de engenharia, chegou a pedir que os policias que impediam os familiares e camaradas de assistir ao julgamento saíssem da sala.
Outro acusado, Panayotis Argyru, de 22 anos, preso em novembro em Atenas quando levava uma carta-bomba dirigida ao presidente da França, Nicolas Sarkozy, ameaçou "abandonar a audiência" se a polícia realizasse interrogatórios às pessoas que assistiam ao julgamento.
Prevê-se que este julgamento venha a durar vários meses.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Julgamento das Células de Fogo
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