segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Transgénicos Selvagens

      Estudo realizado no estado de Dakota do Norte (EUA) revelou que os genes de variedades transgénicas de colza estão disseminados no meio selvagem, ocorrendo em 80% das localizações em que se recolheram amostras daquela planta. Os cientistas sugerem que os transgenes conferem às plantas selvagens resistência aos herbicidas.

      O estabelecimento das plantas transgénicas fora dos campos de cultivo tinha, até à data, sido apenas confirmado no Canadá e no Japão. Agora surgem as primeiras evidências do fenómeno nos Estados Unidos.
      Os cientistas da Universidade do Arkansas percorreram 5000 km tendo recolhido 604 amostras de plantas. Os resultados revelaram a presença de colza (planta a partir da qual se produz óleo), em 46% das localizações, sendo que 80% destas eram plantas que continham um ou mais transgenes.
      A colza cultivada no estado do Dakota do Norte é maioritariamente transgénica, geneticamente modificada para ser resistente a certos herbicidas e produzida e comercializada por duas empresas: a Monsanto e a Bayer.
      A deteção de transgenes em plantas selvagens indica que formas geneticamente modificadas das plantas conseguem estabelecer-se fora dos campos de cultivo. Além do mais, a existência de plantas com os 2 tipos de transgenes que constituem as duas variedades geneticamente modificadas em uso no referido estado, revela que já houve inclusive polinização cruzada.
      Segundo explica Cindy Sagers, que liderou o estudo, “encontrámos as maiores densidade de plantas nas proximidades de campos agrícolas e ao longo das principais auto-estradas. No entanto, também encontrámos plantas no “meio do nada” – e há muito “meio do nada” no Dakota do Norte”.
      Entretanto, na Europa, a União Europeia deu luz verde à importação de milho transgénico, para responder à procura do cereal que, não é produzido em quantidades suficientes no espaço europeu.
      As seis variedades de milho transgénico importadas serão produzidas maioritariamente nos Estados Unidos e destinam-se tanto à alimentação humana como animal e, uma vez que nos Estados Unidos não se faz a distinção entre as diferentes variedade de milho (transgénico e natural), o cereal transgénico chegará misturado com milho não-geneticamente modificado; tudo junto.


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