No âmbito das comemorações do centenário da CNT-AIT (1910-2010), celebrar-se-ão em Barcelona umas jornadas tituladas “Alternativas ao Capitalismo, A Autogestão em debate”.
Estas jornadas desenvolver-se-ão durante o mês de Abril (de 9 a 24).
Os conteúdos estão estruturados em três blocos de apresentações, um teórico, outro histórico e outro mais amplo, de carácter atual.
No bloco teórico programaram-se apresentações que abordam o funcionamento do sistema capitalista prestando uma atenção especial a um momento de crise económica e social como a actual. Tratar-se-ão desta forma as propostas anarcosindicalistas perante a crise económica. Esta perspectiva teórica completa-se com uma série de apresentações que ofereçam uma visão ampla da literatura económica e social relacionada com modelos de socialismo e comunismo libertário.
O bloco histórico pretende expor dois modelos fortes de alternativa ao sistema capitalista. Por um lado, o das coletivizações anarquistas durante a guerra civil espanhola (1936-1939), no o qual se incluem conferências que expliquem o seu funcionamento nas diferentes zonas onde se implantaram (Catalunha, País Valenciano, Aragão, Castela e Andaluzia). Por outro lado, oferecer-se-á uma explicação do modelo de cogestão jugoslavo (1950-1990) com o objetivo de valorizar esta experiência tanto desde o prisma de um possível modelo de desenvolvimento para países empobrecidos, como a partir dos limites impostos ao socialismo pelo plano, o mercado e o partido único, junto com uma visão estritamente libertária de todo o processo.
Com o bloco atual pretende-se mostrar as diferentes experiências organizativas que lutam contra o capitalismo hoje em dia desde coordenadas autogestionárias. Nesse sentido incluir-se-ão a participação da CNT-AIT (aspecto laboral e socioeconómico) assim como de outras organizações anarquistas específicas (aspeto sociopolítico), alguns modelos de cooperativas com uma perspectiva transformadora (aspeto laboral e socioeconómico de gestão) ou ateneus e centros de estudos (aspeto cultural). Cabem ainda, por fim, as iniciativas vinculadas a âmbitos locais e municipais, como as de ocupações de centros sociais e moradias, o municipalismo ou as assembleias de bairro (aspecto politíco-local). Finalmente, desde um ponto de vista geograficamente (e em alguns casos também tematicamente) mais amplo, tratar-se-ão casos atuais de outros lugares do mundo como são os movimentos sociais na América Latina, Chiapas, Brasil (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, MST), Argentina (empresas recuperadas pelos seus trabalhadores), Venezuela e Grécia.
Consulta mais informação e programa actualizado na seguinte ligação:
http://www.autogestion2010.info/lang/es-es/programa/#portuguese
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