Logo à noite à 1 hora, Portugal Continental e a Madeira adiantarão uma hora os relógios, o mesmo acontecendo nos Açores mas à meia-noite.
É a hora de Verão que passou a ser decidida a nível da União Europeia, ao contrário do horário de Inverno, que continua sob a soberania dos estados.
A Comissão Permanente da Hora é um organismo composto por representantes de diversas áreas e interesses, presidida pelo Observatório Astronómico de Lisboa, que zela pelo cumprimento da sequência do dia e da noite.
"A atividade humana está extremamente dependente desse ciclo", lembrou o diretor do Observatório Astronómico de Lisboa.
A última reunião foi há cerca de dois anos, para elaborar um relatório para a Comissão Europeia sobre se a hora de Verão deveria continuar a vigorar. A resposta foi afirmativa, tanto para o Continente, como para as Ilhas.
Esta comissão existe formalmente desde os anos 40, mas as suas raízes remontam ao início do século XX, quando saber com exatidão a hora ganhou importância crescente na vida em sociedade e em especial nos negócios.
No século XIX, coexistiram a hora astronómica, que começava e acabava ao meio-dia solar para acompanhar o trabalho de observação dos astrónomos, e a hora civil (meia noite).
Atualmente "há interesses sociais na hora", sobretudo em atividades que dependem muito da hora solar, como a agricultura e a construção civil, "para estas pessoas interessa que a hora que o relógio marca efetivamente corresponda o mais possível às horas de sol".
Já quem joga em bolsas internacionais preferia reger-se mais perto dos relógios de Frankfurt ou de Nova Iorque, "apesar do desfasamento da hora solar", tal como quem tem negócios com Espanha, que iria preferir o regresso de Portugal à hora central europeia.
O Diretor do Observatório Astronómico disse ainda que "para já" não têm existido pressões para a redefinição da hora, que segue o meridiano de Greenwich (hora zero) e por isso a comissão não teve necessidade de se reunir ultimamente.
sábado, 27 de março de 2010
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