Num dia como o de hoje mas de 1894 (há 116 anos), em Paris, ao grito de: "Mort à la société bourgeoise et vive l'anarchie" [Morte à sociedade burguesa e viva a anarquia (anarquismo)!] morria executado o anarquista Auguste Vaillant.
A bomba que colocara cerca de 2 meses antes na Câmara dos Deputados, pese embora não tenha ferido ninguém, deixou aterrorizada a sociedade burguesa francesa que o condenou à morte pela guilhotina.
Vaillant, nasceu em 1861 e desde cedo conheceu a miséria da sociedade. Aos 13 anos teve a sua primeira condenação por andar de comboio sem bilhete. Aos 17 anos esteve preso por comer num restaurante sem pagar. Foi a pé para Paris e começou a frequentar grupos anarquistas, apaixonando-se pela astronomia, filosofia, etc. Casou e teve uma filha. Viveu sempre uma vida miserável tendo emigrado para a Argentina onde não obteve vida melhor, regressando a França após 3 anos, fazendo pequenos trabalhos que não proporcionavam um nível aceitável de subsistência à família. É então que, revoltado, decide colocar uma bomba.
No seu julgamento dirá: «Caros senhores, dentro de alguns minutos me condenarão à morte mas receberei esse veredicto com a satisfação de ter ferido a sociedade actual, esta sociedade maldita onde se pode ver um homem dispensado inutilmente em vez de trabalhar na subsistência de milhares de famílias, sociedade infame que permite a alguns indivíduos obter as riquezas sociais (…) Cansado de levar uma vida de sofrimento e de cobardia, lancei esta bomba contra aqueles que são os primeiros responsáveis dos sofrimentos sociais».
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
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