Comemora-se hoje em Portugal 101 anos da implantação da República, momento que pôs fim a 767 anos de monarquia.
Nestes últimos 100 anos que terá mudado de facto em Portugal, relativamente às ambições dos revolucionários republicanos?
Nada. Regredimos.
A monarquia não acabou; hoje continuamos a ter classes privilegiadas, nobres, com poder a todos os níveis e um povo que suporta o seu peso.
Que aconteceu ao anticlericalismo e às proibições e extinções de ordens religiosas dos primeiros tempos da República?
Nada. Regredimos de novo, não só o clero está aí em força e em todas as manifestações populares, como até aumentamos o número de religiões ou seitas com as crenças mais diversas.
Na monarquia muito se criticava o rotativismo entre os dois partidos: o Partido Regenerador e o Partido Progressista; hoje igualmente se revezam no poder o PS e o PSD.
Criticava-se na monarquia o depauperamento da economia, hoje já nem criticamos, porque já não sabemos criticar, o contínuo depauperamento social e económico.
Substituímos as elites formais monárquicas pelas republicanas mas nada trouxe uma melhoria de facto ao nível das populações, melhorando o seu intelecto e o seu dia-a-dia.
Estamos à beira do precipício com um quadro social negro com um desemprego interminável e com um Estado cada vez menos social.
É um momento explosivo que tem de deflagrar.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
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