Na noite do passado dia 14 de maio de
2012, forças policiais especiais fortemente armadas e mascaradas do Estado Turco
realizaram uma invasão em várias casas e centros sociais anarquistas em
Istambul.
Sessenta pessoas foram presas, mas este
número pode aumentar. Computadores, discos rígidos, publicações e documentos
também foram apreendidos.
A “razão” aparente para os ataques das
autoridades turcas são as ações promovidas por “insurrecionalistas anarquistas”
durante os protestos do último 1º de maio em Istambul, onde várias lojas de
luxo, redes multinacionais e bancos foram alvejados. No entanto, as pessoas
detidas não fazem parte dos círculos “anarquistas insurrecionais”. Um deles é
anarco-comunista de um grupo chamado “Terra e Liberdade” (Toprak ve Ozgurluk),
outro é da “Atividade Revolucionária Anarquista” (Devrimci Anarsist Faaliyet).
Até agora não foi permitido que nenhum
anarquista encarcerado se pronunciasse. Nem mesmo deixaram que eles falassem
com os seus advogados. Ainda não se sabe os nomes de todos os detidos. Entre eles
encontra-se uma mulher grávida de 8 meses, que nem sequer participou no
protesto do 1º de maio.
O Estado turco vem desenvolvendo nos
últimos tempos uma tática de ataques em massa contra todos os tipos de
correntes de esquerda. Centenas de membros do partido curdo (BDP) e
esquerdistas já foram presos, sem julgamento e até mesmo sem uma denúncia
criminal clara. Esta é a primeira operação maciça contra os anarquistas.
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