Um representante do Vaticano admitiu ontem (segunda-feira, 06 de fevereiro) que a Igreja Católica recebeu pelo menos 4.000 denúncias de pedofilia relacionadas com padres e bispos, nos últimos 10 anos.
O representante, William Levada, da Congregação para a Doutrina da Fé, admitiu que a Igreja deu uma resposta "insuficiente e inadequada" às acusações de abuso sexual contra crianças e adolescentes.
Nos últimos anos foram denunciados centenas de casos de abusos contra menores nos Estados Unidos, Irlanda, Alemanha, Bélgica, Áustria, Itália, Austrália, Malta e Holanda, entre outros países.
O mencionado representante defendeu a atuação do papa Bento XVI no combate ao abuso de menores, por ter uma postura de "tolerância zero" com a pedofilia, que teria começado quando ele ainda era o cardeal Joseph Ratzinger. De acordo com o mesmo representante, o papa terá sofrido nos últimos anos "duros ataques" por parte da imprensa, "quando deveria ter recebido a gratidão de toda a igreja e de fora dela".
Numa mensagem lida na abertura do congresso, Bento XVI disse que a "cura" das vítimas dos abusos deve ser a prioridade da comunidade cristã, e defendeu ainda uma "profunda renovação da Igreja em todos os níveis".
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
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